Qualidade de Dados - Dataprev

Qualidade de dados: muito mais do que um problema técnico
Nicolau Reinhard
Se formos capazes de utilizar essas três formas de Capital Social em benefício de
nossos sistemas, obviamente teremos um desempenho muito melhor, porque as
pessoas neles envolvidas têm muito conhecimento tácito para ser utilizado.
Um exemplo bastante recente, que marcou história, foi o da campanha eleitoral do
atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O comitê de campanha
alavancou de maneira extremamente efetiva, através da internet, o Capital Social
na sociedade norte-americana em prol do candidato. Isso necessariamente não
aumentou o número de adeptos de Obama, mas tornou ativos os que já eram seus
partidários. O site fornecia informações importantes para que as pessoas
pudessem se conectar com outros simpatizantes na sua comunidade, receber
material de campanha, atuar em comitês etc. Certamente, daqui para diante,
outras campanhas políticas irão se espelhar nesse sucesso, ampliando inclusive o
leque de ofertas.
COMUNIDADE DE PRÁTICA E SEUS ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO
Uma Comunidade de Prática designa um grupo de pessoas que se unem em torno
de um tópico ou interesse comum. Essas pessoas estabelecem intercâmbio
regular, através de correio eletrônico, informativos, reuniões, debates, para
trabalhar juntas e achar meios de melhorar o que fazem, solucionar problemas da
comunidade (empresa, associações, escolas etc.), ampliar o aprendizado de algo
etc.
Há estreita relação entre Comunidades de Prática e Capital Social, por facilitar a
movimentação horizontal de informações numa organização, através de redes de
relações em que as pessoas são encorajadas a se conhecerem.
Há cinco estágios na evolução de uma Comunidade de Prática. São eles:
Estágio potencial: forma-se a partir de um núcleo composto de pessoas
com alguma característica em comum relacionada ao seu trabalho ou
interesse.
Estágio de construção: quando se definem a estrutura e os processos, a
forma de operação e integração. Emergem deste estágio o entendimento
comum e a razão de existência da comunidade.
Estágio de engajamento: quando a comunidade está em plena operação;
as estruturas criadas no estágio são utilizadas, e a comunidade começa
realmente a construir a capacidade de alavancar o conhecimento tácito e
explícito de seus membros, com trabalho em conjunto para resolver
problemas e explorar oportunidades de negócio.
Estágio ativo: caracteriza-se pela reflexão e análise conjunta da comunidade,
que começa a entender, definir e avaliar o valor da contribuição dos
membros para a construção do conhecimento.
Estágio adaptativo: caracteriza-se pela grande autonomia que a comunidade
alcança, quando ela passa a definir padrões, criar tendências,
influenciar e inovar, criando novos métodos ou soluções.
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