Qualidade de Dados - Dataprev

Visão única do paciente para a gestão pública de sáude
Mônica Aparecida Marcondes Cecílio e Dalvani Lima
A maioria dos sistemas parte dessa definição do problema, da necessidade de um
sistema integrado de informações a partir de bases de origem. Sabemos, entretanto,
que isso não é o suficiente. Ao colocarmos simplesmente todas essas bases no
mesmo lugar - para com isso alimentar a necessidade de quem quer ter acesso a
essa informação –, incorremos no risco óbvio de nos colocar diante uma barreira
que é a qualidade de dados. No nosso caso, isso não nos permitiria dar respostas
básicas como: Existe algum medicamento de alto custo sendo entregue a um
paciente que consta
como morto? Há
casos de pacientes
que fizeram transplante
de rim, mas
para os quais ainda
existem cobranças
relativas à hemodiálise?
Questões dess
a n a t u r e z a s ó
podem ser sanadas
se contarmos com
uma visão unificada
dos pacientes. Para
resolver esse tipo de
problema, criamos a
V i s ã o Ú n i c a d o
Paciente (Figura 2).
A Visão Única do
P a c i e n t e b u s c a
eliminar as inconsistências
dos dados. O
ideal era que tivéssemos
iniciado a
qualificação muito antes de os dados estarem nessas bases de dados, ou seja, que
o processo começasse lá na ponta. Uma grande dificuldade que enfrentamos
advém do fato de a Secretaria de Saúde não ter gerência, não ter controle sobre o
processo de alimentação dessas bases de dados. Esse problema de qualidade na
ponta não se resolve apenas com o treinamento de pessoal. Há metodologia e
tecnologia para fazer tratamento preventivo de dados na ponta, de modo que as
informações sobre cada um dos benefícios cadastrados sejam qualificadas na
hora e entrem na base de dados com consistência. A instalação de um sistema de
qualificação preventiva de dados no hospital reduziria em muito o custo de tratamento
de dados - é mais barato prevenir do que corrigir - , bem como o risco de
que as inconsistências não sejam identificadas a tempo de evitar perdas.
O sistema permite saber sobre todos os hospitais e estabelecimentos de saúde por
onde o paciente passou, todas as ocorrências registradas ao longo da vida, os
procedimentos realizados, o nível de satisfação perante esses serviços... Em
outras palavras, permite traçar o perfil do paciente. As informações sobre o
endereço do paciente assumem aqui papel de destaque. A partir da localização
geográfica, bem como nos valendo de informações públicas disponíveis em várias
fontes secundárias - entre elas, as do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) - , é possível apontar a classe social do paciente, o tamanho médio de sua
família, o seu nível de escolaridade, renda... Enfim, é possível trazer várias informações
que vão enriquecer o nosso sistema e permitir melhorar ainda mais as
tomadas de decisão.
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Figura 2
Fontes de Dados
Utilizadas na Obtenção
da Visão Única do
Paciente
Fonte: Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo.
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