Qualidade de Dados - Dataprev

Visão única do paciente para a gestão pública de sáude
Mônica Aparecida Marcondes Cecílio e Dalvani Lima
se trata de registrar um dado simplesmente por registrar, e saber também que em
alguma instância esse dado será avaliado, vai gerar uma informação valiosa para
alguma decisão. Enfim, é um caminho bastante complicado.
Apresentaremos, então, o que chamamos de Visão Única do Paciente, uma parte
do sistema em que temos trabalhado no sentido de alcançar essa integração, bem
como conseguir identificar o paciente individualmente. Isso porque uma mesma
pessoa pode estar em várias bases. Quando se trata de serviços na área de saúde,
o paciente, por exemplo, passa por uma internação, depois pega um medicamento,
faz um procedimento de diálise... Se for uma mulher, pode aparecer no banco
de dados de nascimentos em razão de um parto e, em seguida, no banco de óbitos.
O fato de estar em várias bases, para nós, nem sempre é um problema, mas
precisamos conhecer sobre essa multiplicidade de entradas. Antes desse sistema,
quando tínhamos as bases separadas, não podíamos nem mesmo responder a
perguntas simples, como: Quantos pacientes passaram pelo sistema nesse ano?
Passo, então, a palavra ao Dalvani Lima, que vai apresentar detalhadamente e dar
os exemplos para vocês compreenderem os benefícios dessa ferramenta.
Dalvani Lima – Logo de início, o objetivo desse projeto era aumentar o controle e a
precisão na gestão pública de saúde, tendo em vista três dimensões: 1) a população,
pela melhoria das políticas preventivas de saúde, apoiadas, por exemplo, pela
identificação de regiões onde a atenção básica de saúde precisa ser aprimorada
ou onde devem incidir investimentos de prevenção de endemias, vacinação, etc; 2)
o paciente, a fim de melhorar a rapidez do atendimento ao paciente, o seu acesso
ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a qualidade do atendimento – identificando,
por meio da informação de qualidade disponível, onde há um problema de qualidade
de atendimento; 3) os estabelecimentos, de modo a implementar as ações de
melhoria de atendimento e
reconhecer os estabelecimentos
que já prestam um
ótimo serviço em cada
uma de suas áreas de
saúde.
Como fizemos isso?
Primeiramente, era preciso
ter informação disponível
- o que dá a medida
da importância de um
sistema integrado de
informação. Estabelecemos
também uma pesquisa
de satisfação para
fechar um gap que prevíamos
encontrar. As bases
de dados atualmente
disponíveis sobre os acessos
dos pacientes ao sistema de saúde não dão conta da percepção que esse
público tem acerca do serviço que recebe. Para completar essa síntese das
informações necessárias à gestão pública de saúde, desenvolvemos uma pesquisa
de avaliação da qualidade percebida pelo usuário final do sistema. Utilizamos
para o trabalho as bases do CNES, do SIH, do Sinasc, do SIM e do Sistema de
Informações Ambulatoriais e Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta
Complexidade/Custo (SIA/Apac) (Figura 1).
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Figura 1
Visão Geral do Projeto
Fonte: Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo.
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