Qualidade de Dados - Dataprev

Qualificação de dados de óbitos
Eduardo Bittencourt Fernandes
O quadro até aqui exposto permite algumas conclusões interessadas, sobretudo,
na redução dos problemas identificados, almejando chegar à sua não-ocorrência.
Tais considerações se valem do trabalho com dois indicadores: qualidade de
identificação do falecido e qualidade de identificação do cartório. Fato digno de
nota, nem sempre conseguimos identificar corretamente o cartório que encaminhou
determinada informação. Ao mesmo tempo, estamos criando um sistema de
métricas e avaliação para compor esses indicadores.
Consideramos que os cartórios devem melhorar a qualidade das informações de
óbitos enviadas, a fim de atender à Lei n. 8.212/94. Os programas de crítica e
consistência do próprio Sisobi podem ser aperfeiçoados. O processo de acompanhamento
para acertos de informação de óbitos pode de ser aprimorado, na
medida em que a correção dos dados ainda apresenta falhas básicas, que resultam
em duplicação de registro. As tabelas internas não estão aderentes aos
padrões das tabelas coorporativas da Dataprev. Ao que parece, o Sisobi, em vez de
trabalhar com a tabela de municípios do Instituto Brasileiro de Geografia de
Estatística (IBGE), utiliza a tabela do Sistema Nacional de Previdência Social
(Sinpas). Provavelmente, esteja aí a explicação para tantos municípios inválidos.
Em termos de recomendações, propomos:
1. A padronização e a unificação do cadastro de cartórios – o que parece já está
em estudo entre a SLTI, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o INSS e o
Ministério da Previdência.
2. O aperfeiçoamento do protocolo de troca de informação entre o INSS e os
cartórios, com a extinção do envio por disquete, uma vez que essa modalidade
de envio atualmente indica represamento de informações.
3. A padronização de registro de informações sobre óbito.
4. A retomada do projeto de apoio à informatização dos cartórios pelo Governo
Federal.
5. A adoção do uso de métricas e indicadores de qualidade para medir o grau de
completeza e confiabilidade dos cadastros.
6. O cruzamento de dados do Sisobi com os de outros cadastros do Governo
Federal, a exemplo do CPF.
Em linhas gerais, esses são os atuais resultados alcançados por meio do projeto
piloto para o Sisobi. Estamos gerando um plano de qualificação para esse sistema
de óbitos e, com bases nas informações contidas em relatório recente, já podemos
agendar com a equipe do INSS, nosso cliente, a fim de discutir e priorizar algumas
medidas. Uma vez estreitado o diálogo, daremos continuidade ao nosso trabalho
de contribuir para a qualificação de dados.
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