Qualidade de Dados - Dataprev

Qualificação de dados de óbitos
Eduardo Bittencourt Fernandes
Em termos operacionais, iniciamos os trabalhos com a versão 3.4 do GoQuality,
ocupando-nos dos processos de qualificação e duplicação do batimento entre o
Sisobi e o Siape, referente à folha de pagamento do governo. O cruzamento entre
esses sistemas é um serviço de qualificação de dados já disponível na Dataprev.
Interessa-nos, então, ajustar a metodologia de TDQM ao processo de trabalho de
qualificação de dados existente.
Ao mesmo tempo, procuramos
adaptar as possibilidades
abertas pela metodologia às
nossas necessidades e realidade,
não perdendo de vista a
preocupação de se chegar a
uma análise satisfatória a
respeito de como anda a
qualidade de dados no Sisobi.
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Com efeito, é do nosso interesse
que haja a redução na quantidade
de benefícios cessados ou
suspensos indevidamente. No
que compete ao cotidiano
desse serviço, muito embora
tenhamos os 74 critérios de
avaliação, nada garante que,
por definitivo, não ocorram
falhas de procedimento em
caso do óbito de um beneficiário. O sistema pode enviar uma informação incorreta
ao INSS de modo a resultar na cessação ou na suspensão indevida do benefício.
Com a melhora na qualidade das informações de óbitos, acreditamos que o índice
dessas falhas fique muito próximo de zero.
Seguindo nessa perspectiva financeira, se, de um lado, a redução de abusos,
irregularidades e fraudes é o grande objetivo do Sistema de Óbitos; de outro, a
redução do custo operacional, sobretudo com retrabalho, mostra-se uma importante
justificativa para o incremento dessa ferramenta. Reduzir o pagamento de
benefícios ou aumentar a cessação dos benefícios por óbitos, logicamente, terá
impacto financeiro direto na redução de gastos da Previdência Social, o que
permite vislumbrar uma economia ainda maior que os atuais R$ 15 milhões por
mês.
Por sua vez, em termos organizacionais, o aumento na qualidade das bases de
dados sobre óbito tende a reverter em maior confiabilidade e credibilidade da
instituição perante seus parceiros, em geral, e seus usuários, em particular. Isso
porque a base de óbito interfere em outras bases como o Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS) e o Sistema Único de Benefícios (SUB), responsável
pelo pagamento de benefícios. Então, se conseguirmos aumentar a qualidade da
base de óbitos, indiretamente, estaremos contribuindo para a melhoria das bases
desses dois cadastros.
Mas, voltando à análise dos dados de óbito, temos a aplicação da metodologia
TDQM por meio do GoQuality e do Dardo, ferramenta de manipulação e tabulação
de dados - On-line Analytical Processing (Olap) - de uso da Dataprev. Tomamos
como referência os dados do arquivo de movimento de óbito gerado no batimento
do Siape/Sisobi de fevereiro de 2009, que continha 87.670 registros. Esse arquivo
foi denominado de Dataprofile.
Figura 4
Óbitos por modalidade
de envio,
2008
Fonte: Sistema Sisobi.
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