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Ensinar com afecto O segredo do bom professor - Página

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44<br />

a página<br />

da educação<br />

julho 2003<br />

andarilho<br />

EM português<br />

Leonel Cosme<br />

Mudar<br />

o mun<strong>do</strong><br />

é urgente<br />

Ana Alvim_isto é<br />

E lá voltou à Europa o esperançoso presidente brasileiro, Lula da Silva, <strong>com</strong>o<br />

um embaixa<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s países pobres, sen<strong>do</strong> ele presidente de um <strong>do</strong>s países<br />

virtualmente mais ricos e socialmente mais problemáticos da Terra, agora em<br />

Évian, junto <strong>do</strong> G-8, para exortar os países ricos a dispensarem uma migalha<br />

<strong>do</strong>s seus orçamentos militares (780 mil milhões de dólares anuais, segun<strong>do</strong> o<br />

PNUD) que minoraria as carências extremas de um mun<strong>do</strong> onde cerca de 40<br />

milhões de seres humanos morrem anualmente de fome e cerca de 20 milhões<br />

de <strong>do</strong>enças infecciosas <strong>com</strong>o o paludismo, a tuberculose e a sida.<br />

Mas não constou que desta nova reunião <strong>do</strong>s países mais ricos e poderosos<br />

tivesse resulta<strong>do</strong> algo mais <strong>do</strong> que uma pie<strong>do</strong>sa (?) manifestação<br />

de intenções, que, <strong>com</strong>o outras anteriores, não abrirão qualquer brecha<br />

no "statu quo" que um relatório <strong>do</strong> PNUD, já em 1992, representava<br />

<strong>com</strong>o estan<strong>do</strong> 82,7% <strong>do</strong> rendimento disponível a ser usufruí<strong>do</strong> por 20%<br />

<strong>do</strong>s países mais ricos.<br />

Ten<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os participantes deste encontro (que não passou, obviamente,<br />

de mais uma concertação de estratégias de manutenção <strong>do</strong> "statu<br />

quo") a consciência gestionária de que o desenvolvimento <strong>do</strong>s países<br />

tecnicamente mais <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s se faz "fatalmente" à custa da exploração<br />

<strong>do</strong>s recursos naturais <strong>do</strong>s países tecnicamente mais atrasa<strong>do</strong>s (e "técnica",<br />

aqui, quer dizer ciência, tecnologia e força militar), o mais "humanista"<br />

deles to<strong>do</strong>s, se interpela<strong>do</strong>, na intimidade <strong>do</strong>s seus confidentes, sobre<br />

essa "fatalidade" que é uma afronta aos preceitos de qualquer Religião<br />

ou Moral, diria, simplesmente rendi<strong>do</strong>, <strong>com</strong>o aquele Belial <strong>do</strong> "Paraíso<br />

Perdi<strong>do</strong>": "Sou pelo ignóbil bem-estar"... E sen<strong>do</strong>-o, não teria deixa<strong>do</strong><br />

de apoiar a intervenção das forças policiais incumbidas de garantir a segurança<br />

<strong>do</strong> G-8 contra a turba que, nas ruas, bradava, <strong>com</strong>o já o tinha feito<br />

durante outras reuniões ocorridas noutros lugares, que era possível,<br />

necessário e urgente criar alternativas ao egoismo cego <strong>do</strong>s ricos.<br />

Em contraponto aos circunlóquios <strong>do</strong> G-8, vêm-se realizan<strong>do</strong> Fóruns<br />

Sociais, em diversos países e continentes (o último <strong>do</strong>s quais, há pouco,<br />

em Portugal), para debater e propor alternativas a um sistema imposto<br />

por um pequeno, mas poderoso, número de países, que assenta num<br />

aparelho de <strong>do</strong>minação cuja razão objectiva, a "neutralização <strong>do</strong>s contrários",<br />

- no dizer de Marcuse - "religa os diferentes grupos que detêm as<br />

posições-chave <strong>do</strong> aparelho [os grupos económicos, políticos, militares],<br />

estabelecen<strong>do</strong> um conjunto técnico-administrativo que representa o to<strong>do</strong>."<br />

Sabe-se que o "aparelho" é a globalização, as "posições-chave" são<br />

os órgãos que regem os mecanismos financeiros e económicos transnacionais<br />

e os "contrários", tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s que se opõem ao sistema.<br />

Vencer ou convencer os poderosos e os privilegia<strong>do</strong>s de que mudar o<br />

mun<strong>do</strong> é possível e necessário não será tarefa fácil nem pacífica: bastará<br />

imaginar que a turba <strong>do</strong>s protestantes se possa transformar, um dia, em <strong>com</strong>an<strong>do</strong>s<br />

exalta<strong>do</strong>s e que às forças policiais acabem por suceder corpos de<br />

exército para travar os ímpetos <strong>do</strong>s pobres e famintos quan<strong>do</strong>, em esta<strong>do</strong><br />

de desespero, se virem priva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s paliativos que os sistemas de assistência<br />

social ainda dispensam, mas cuja regularidade e permanência nenhuma<br />

contabilidade inspirada em quotas retributivas pode garantir.<br />

Por isso o Mun<strong>do</strong> tem de mudar os padrões <strong>do</strong> desenvolvimento unívoco<br />

e preda<strong>do</strong>r, antes de se extinguirem os poços de petróleo, as matas<br />

florestais, as águas potáveis <strong>do</strong>s rios, a caça nos montes e a pesca nos<br />

oceanos - e, pela gestão parcimoniosa <strong>do</strong>s recursos naturais e a contenção<br />

<strong>do</strong> excesso, <strong>do</strong> desperdício e <strong>do</strong> supérfluo, antes que o "ignóbil bemestar"<br />

<strong>do</strong>s ricos não tenha de se confrontar, num futuro imprevisível, <strong>com</strong><br />

o "terrífico mal-estar" <strong>do</strong>s pobres.<br />

Imaginação em Paul Ricoeur<br />

Maria Gabriela Azeve<strong>do</strong> e Castro<br />

Instituto Piaget<br />

pp. 321<br />

A imaginação é a noção funcional e justificativa da unidade da<br />

obra de Paul Ricoeur, tantas vezes acusada de dispersa pelas<br />

diferentes áreas <strong>do</strong> saber filosófico. Ricoeur demonstra saber,<br />

desde Le Volontaire et L'involontaire, a importãncia da imaginação<br />

não desenvolven<strong>do</strong>, no entanto, uma filosofia da imaginação<br />

por inoportunidade contextual <strong>do</strong> seu percurso reflexivo. A<br />

Imaginação em Paul Ricoeur estuda os momentos mais significativos<br />

de to<strong>do</strong> o processo que a noção de imaginação conhece<br />

ao longo da obra <strong>do</strong> filósofo, desde a imaginação volitiva à<br />

imaginação cria<strong>do</strong>ra, passan<strong>do</strong> pela imaginação social, transcendental,<br />

ilusória e hermenêutica.<br />

Introdução aos Méto<strong>do</strong>s Quantitativos<br />

em Ciências Humanas e Sociais<br />

Claude Rosental<br />

Camille Frémontier-Murphy<br />

Instituto Piaget<br />

pp. 174<br />

Esta obra propõe uma introdução clara e rigorosa aos méto<strong>do</strong>s<br />

quantitativos em ciências humanas e sociais. As fórmulas estatísticas<br />

usuais aqui introduzidas <strong>com</strong> a ajuda de exemplos concretos<br />

e familiares, amplamente basea<strong>do</strong>s em da<strong>do</strong>s sociais recentes.<br />

Destina<strong>do</strong> em primeiro lugar aos estudantes de Psicologia<br />

ou de sociologia, esta obra dirige-se igualmente a to<strong>do</strong>s os<br />

que procuram adquirir as bases <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s estatísticos (estudantes<br />

de História, Ciências Económicas, Ciências de Gestão,<br />

etc.), e que experimentam dificuldades <strong>com</strong> a sua formulação<br />

matemática.<br />

Outros llivros desta editora:<br />

O Homem, o Símio e a Ave<br />

Rémy Chauvin<br />

Editora Piaget<br />

pp. 157<br />

Três Ensaios sobre o Cancioneiro Infanto-Juvenil<br />

Alexandre Castanheira<br />

Editora Piaget<br />

pp. 99<br />

Ética Profissional para Professores e Educa<strong>do</strong>res<br />

Manuel Reis<br />

Ideal Editora<br />

pp. 319<br />

Os universos ideológico-filosóficos e sistemo-axiológico da Modernidade<br />

entraram expressamente em colapso há cerca de um<br />

quarto de século, precisamente através da crise aberta <strong>do</strong> que<br />

se chamou a Modernidade, a<strong>com</strong>panhada pela concepção linear<br />

<strong>do</strong> Progresso. Os serviços oficiais providenciaram as indispensáveis<br />

liturgias <strong>com</strong>emorativas <strong>do</strong> advento de uma nova idade:<br />

a "pós-modernidade".<br />

O Aluno na Sala de Aula<br />

Marina Serra de lemos<br />

Teresa Rio Carvalho<br />

Porto Editora<br />

pp. 220<br />

Este é um livro sobre alunos para <strong>professor</strong>es. certos processos<br />

relativos ao funcionamento <strong>do</strong>s alunos nas salas de aula são de<br />

difícil apreensão pelo <strong>professor</strong>, assoberba<strong>do</strong> que está <strong>com</strong> a<br />

tarefa de ensinar e estimular a aprendizagem. Este livro centrase<br />

deliberadamente no aluno, ao nível das suas experiências,<br />

pensamentos, <strong>com</strong>portamentos, emoções e motivações, o que,<br />

cremos, é pouco usual na literatura educacional.<br />

Falar Disso<br />

A educação sexual nas famílias <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes<br />

Duarte Vilar<br />

Edições Afrontamento<br />

pp. 382<br />

A educação sexual <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes e a questão das políticas<br />

estatais acerca desta maatéria têm si<strong>do</strong> objecto de recentes polémicas<br />

na sociedade portuguesa. Partin<strong>do</strong> da análise das mudanças<br />

ocorridas nas últimas décadas no plano das relações intrafamiliares<br />

e das atitudes e <strong>com</strong>portamentos perante a sexualidade,<br />

nomeadamente a juvenil, esta investigação procurou<br />

perceber a forma <strong>com</strong>o essas mudanças se expressam na <strong>com</strong>unicaçãao<br />

quotidiana entre progenitores e a<strong>do</strong>lescentes.<br />

Outros livros desta editora:<br />

Tradição e Modernidade<br />

na (Re)Construção de Angola<br />

António Custódio Gonçalves<br />

Edições Afrontamento<br />

pp. 136<br />

A Geração Silenciada<br />

A Liga Nacional Africana e a representação<br />

<strong>do</strong> branco em Angola na década de 30<br />

Eugénia Rodrigues<br />

Edições Afrontamento<br />

pp. 240

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