alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
filósofos e cientistas, educadores e pais, mas só muito recentemente ela <strong>é</strong> concebi<strong>da</strong> como um<br />
fenômeno fluido, plástico e modificável” (FONSECA VITOR, 1995, p. 35).<br />
Enten<strong>de</strong>-se por <strong>inteligência</strong>, a “facul<strong>da</strong><strong>de</strong> ou capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, apreen<strong>de</strong>r,<br />
compreen<strong>de</strong>r ou a<strong>da</strong>ptar-se facilmente, intelecto [...], <strong>de</strong>streza mental, agu<strong>de</strong>za, perspicácia”<br />
(ARÉLIO, 2001, p. 425). Nesse sentido, a <strong>inteligência</strong> <strong>é</strong>, uma disposição <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r o que se<br />
ensina, estu<strong>da</strong> ou pesquisa, <strong>é</strong> tamb<strong>é</strong>m, uma forma <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptar-se as circunstâncias <strong>de</strong> uma <strong>da</strong><strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e, sobretudo, transformá-la.<br />
Contudo, quando se refere ao processo <strong>de</strong> ensinar-apren<strong>de</strong>r a jovens e adultos <strong>é</strong><br />
necessário estimular essa <strong>inteligência</strong>, motivá-la, tanto no educando, quanto no (a)<br />
educador(a). A <strong>prática</strong> alfabetizadora exige habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ultrapassam os conhecimentos<br />
pr<strong>é</strong>-estabelecidos dos livros e dos currículos, impondo ao educador e a educadora usar e<br />
<strong>de</strong>senvolver suas agili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, possibilitando efeitos dinâmicos no processo <strong>de</strong><br />
ensino-aprendizagem. Tais efeitos caracterizam-se na obtenção do apren<strong>de</strong>r do educando por<br />
meio <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> várias <strong>inteligência</strong>s, que po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>s na <strong>prática</strong> educativa.<br />
Ao tratar <strong>da</strong> <strong>inteligência</strong>, Fonseca Vitor (op. cit, p. 31) lembra Gardner, quando sugere<br />
“não há uma única <strong>inteligência</strong>, mas sim <strong>inteligência</strong>s múltiplas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”. Gardner<br />
classifica a <strong>inteligência</strong> em sete modos diferentes <strong>de</strong> conhecer o mundo:<br />
1) Inteligência corporal, (<strong>da</strong>nça e <strong>de</strong>sporto);<br />
2) Inteligência espacial, (arte, engenharia e ciências);<br />
3) Inteligência lingüística, (escrita, poesia, teatro);<br />
4) Inteligência lógico-matemática, (física, química, biologia, filosofia);<br />
5) Inteligência musical, como capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para combinar e compor sons não-verbais<br />
(música);<br />
6) Inteligência intrapessoal, (psicanálise, psiquiatria e pe<strong>da</strong>gogia); E,<br />
7) Inteligência social, (sociologia e antropologia). Estas <strong>inteligência</strong>s, bem como<br />
outras, são capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas, utiliza<strong>da</strong>s singularmente ou em conjunto para<br />
aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminados fins.<br />
Há na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> varia<strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir ou enten<strong>de</strong>r o significado <strong>da</strong> <strong>inteligência</strong>.<br />
Assim, a <strong>inteligência</strong> po<strong>de</strong> ser compreendi<strong>da</strong> como estrat<strong>é</strong>gias usa<strong>da</strong>s para a sobrevivência,<br />
a<strong>da</strong>ptação, realização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humana, vegetal ou animal. Morin (1999, p.195) <strong>de</strong>screve<br />
a <strong>inteligência</strong> como<br />
Uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> anterior e exterior ao pensamento humano, se a <strong>de</strong>finirmos como<br />
aptidão para pensar, tratar, resolver problemas em situações <strong>de</strong> complexibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
[...] Com efeito, constatamos que há <strong>inteligência</strong> não somente nos animais dotados<br />
<strong>de</strong> aparelho neurocerebral, mas tamb<strong>é</strong>m mesmo no reino vegetal. Ain<strong>da</strong> que<br />
<strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> c<strong>é</strong>rebro e <strong>de</strong> sistema nervoso dispõem <strong>de</strong> estrat<strong>é</strong>gias inventivas para<br />
resolver os seus problemas vitais: Aproveitar o sol, expulsar as raízes vizinhas, atrair<br />
os insetos coletores [...].<br />
26