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MICHELE PEREIRA DE SOUZA DA FONSECA INCLUSÃO

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É importante esclarecer que as duas últimas concepções acima citadas (Crítico-<br />

Superadora e Crítico-Emancipatória) se aproximam no sentido da formação de cidadãos<br />

críticos, autônomos, participantes ativos do seu tempo, espaço e sociedade. Porém, para os<br />

fins desse estudo, em que enfocaremos na Cultura Corporal, nos aproximamos mais da<br />

concepção crítico-superadora que trabalha com uma gama de atividades e seus referenciais<br />

culturais (o jogo, o esporte, a ginástica, a dança e a luta); já a concepção crítico-emancipatória<br />

trabalha somente com um dos temas citados acima - o esporte.<br />

Importantes avanços ainda foram conseguidos nos anos 90, como a LDB 9394/96<br />

(BRASIL, 1996) promulgada em 20 de dezembro de 1996. A citada lei afirma a Educação<br />

Física como parte integrante da proposta pedagógica da escola, sendo componente curricular<br />

obrigatório da Educação Básica. Além disso, finalmente em 1º de setembro de 1998, é<br />

assinada a Lei 9696/98 (BRASIL, 1998b) regulamentando a profissão com todos os avanços<br />

sociais, fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados. Ainda em 1998, o<br />

Ministério da Educação e do Desporto, através da Secretaria do Ensino Fundamental,<br />

formulou, com auxílio de pesquisadores e professores, um programa denominado Parâmetros<br />

Curriculares Nacionais (PCN), cuja função seria nortear o trabalho dos professores em todo<br />

país, garantindo a organização de seus conhecimentos; a Educação Física foi contemplada<br />

com uma parte exclusivamente dedicada à área, enfatizando a questão da Cultura Corporal de<br />

Movimento, que exploraremos a seguir.<br />

Os anos 90 trouxeram uma abordagem mais abrangente aos estudos e pesquisas sobre<br />

a Educação Física Escolar e contribuíram para o começo de um novo olhar sobre essa<br />

disciplina, rumo ao reconhecimento da sua importância no meio escolar.<br />

Sabemos, contudo, que a Educação Física na escola ainda é, na maioria das vezes,<br />

enfocada como prática física. Porém, é necessário que tanto a inclusão, a motivação e<br />

socialização, quanto o desenvolvimento das funções da inteligência estejam presentes e<br />

tenham importância nesse trabalho que desenvolve o indivíduo como um todo; buscando<br />

ampliar visões restritas, opondo-se veementemente às vertentes tecnicistas. De acordo com os<br />

PCNs de Educação Física (BRASIL, 1998a):<br />

Atualmente coexistem na área várias concepções, todas elas tendo em comum a<br />

tentativa de romper com o modelo anterior, fruto de uma etapa recente da Educação<br />

Física. Essas abordagens resultam da articulação de diferentes teorias psicológicas,<br />

sociológicas e concepções filosóficas. Todas essas correntes têm ampliado os<br />

campos de ação e reflexão para a área, o que a aproxima das ciências humanas.<br />

Embora contenham enfoques diferenciados entre si, com pontos muitas vezes<br />

divergentes, têm em comum a busca de uma Educação Física que articule as<br />

múltiplas dimensões do ser humano. (p.22)<br />

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