18.04.2013 Views

MICHELE PEREIRA DE SOUZA DA FONSECA INCLUSÃO

MICHELE PEREIRA DE SOUZA DA FONSECA INCLUSÃO

MICHELE PEREIRA DE SOUZA DA FONSECA INCLUSÃO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

parte a construção, criação, instalação e funcionamento da ENEFD e do Instituto Nacional de<br />

Educação Física, que funcionaria anexo à Escola. É nesse contexto que a ENEFD,<br />

considerada escola padrão, é finalmente criada graças ao empenho do <strong>DE</strong>F, através de seu<br />

diretor João Barbosa Leite e de Gustavo Capanema, Ministro da Educação (MELO, 1996).<br />

Marinho (1952) apresenta os motivos para a criação da ENEFD colocados por<br />

Gustavo Capanema, em 1939, ao então Presidente Getúlio Vargas. O Ministro expõe<br />

claramente a contribuição da Escola para o projeto educacional do Estado Novo, sendo crucial<br />

para seu desenvolvimento:<br />

Ela será, antes do mais, um centro de preparação de todas as modalidades de<br />

técnicos ora reclamados pela educação física e pelos desportos. Funcionará, além<br />

disso, como um padrão para as demais escolas do país, e, finalmente, como um<br />

estabelecimento destinado a realizar pesquisa sobre o problema da educação física e<br />

dos desportos e a fazer permanente divulgação dos conhecimentos relativos a tais<br />

assuntos. (p.51)<br />

Depois da criação, foram estabelecidas as principais funções da ENEFD, que, de<br />

acordo com Melo (2000) eram: formar profissionais para área de Educação Física, imprimir<br />

unidade teórica e prática no ensino na área do país, difundir conhecimentos ligados à área e<br />

realizar pesquisas que apontem os caminhos mais adequados para a Educação Física<br />

brasileira.<br />

O primeiro currículo de ensino da Educação Física universitária surgiu, segundo Costa<br />

(1998), apenas na década de 30, no entanto, o primeiro currículo reconhecido e divulgado,<br />

como de modelo nacional, foi o do curso superior da ENEFD, mais especificamente, em<br />

1939. A partir desta data, muitas foram as críticas e comentários sobre as diretrizes<br />

curriculares da Escola. A ENEFD recebeu a incumbência na formação de equipes de<br />

especialistas em Educação Física para o meio civil, que primeiramente, foi dirigida por<br />

militares ligados a docência de exercícios físicos. Melo (1999, p.11), chegou a descrever a<br />

ENEFD como "[...] uma escola civil extremamente militarizada, sendo, no início, uma<br />

continuação do projeto militar, dentro da Universidade do Brasil".<br />

A partir de 1946, a Escola ganhou um novo status com a chegada dos médicos à<br />

direção, onde atingiu grande prestígio e influente inserção na Educação Física brasileira,<br />

aumentando assim o desenvolvimento e o alcance da Escola em nível nacional. Foram<br />

implementadas alterações curriculares criando novas disciplinas, oferecendo ou co-<br />

patrocinando cursos de especialização, extensão, estágios, além de congressos científicos com<br />

a presença de professores de todo o país. (MELO, 1996).<br />

A ENEFD não tinha sede própria, dividindo suas atividades entre salas emprestadas no<br />

Instituto Nacional de Surdos e as dependências do Fluminense Futebol Clube. Esta situação<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!