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evolução histórica do notário e sua função social - Fadisp

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sanções contra os tabeliães faltosos às <strong>sua</strong>s obrigações delegadas, uma vez que se<br />

tem a esse tempo, a delegação pública para exercício da atividade <strong>do</strong>s <strong>notário</strong>s,<br />

porém, em caráter priva<strong>do</strong>.<br />

É certo afirmar, que na cidade de Constantinopla no ano aproxima<strong>do</strong><br />

de 550 DC, a atividade mercantil era muito desenvolvida, portanto, em qualquer<br />

praça pública onde houvesse um <strong>notário</strong>, dan<strong>do</strong> forma à vontade e aos negócios das<br />

pessoas, o movimento era intenso. Em face <strong>do</strong> volume de serviço, o <strong>notário</strong> se<br />

obrigava a delegar alguns serviços a auxiliares, lembra-se, entretanto, que essa<br />

delegação como nos dias de hoje merecia to<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> quanto às qualificações <strong>do</strong><br />

preposto, para que desta forma, não houvesse prejuízo para as partes que<br />

utilizassem os serviços desses profissionais.<br />

Conta a história que uma mulher analfabeta, encarrega a um <strong>notário</strong><br />

a missão de elaborar um <strong>do</strong>cumento que expresse a <strong>sua</strong> vontade, ocorre que o<br />

<strong>do</strong>cumento não traduz a verdade dita <strong>do</strong>s fatos e ela se queixa a um juiz<br />

encarrega<strong>do</strong> de resolver a questão, o qual, de imediato convoca o <strong>notário</strong> para<br />

prestar esclarecimentos.<br />

Ao se convocar o dito <strong>notário</strong>, este alega desconhecer parte <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>cumento, pois delegou a confecção <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento a outrem, que convoca<strong>do</strong><br />

também foi, porém ao ser indaga<strong>do</strong> sobre a questão, responde que tampouco havia<br />

si<strong>do</strong> de <strong>sua</strong> autoria a elaboração <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, pois encarregara a outro a redação<br />

<strong>do</strong> dito <strong>do</strong>cumento.<br />

O juiz convoca ainda um terceiro envolvi<strong>do</strong>, porém, não fora possível<br />

encontrar quem realmente houvera redigi<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cumento, sen<strong>do</strong> que desta forma e<br />

após exaustiva investigação, o juiz diante <strong>do</strong>s fatos, consegue afinal determinar a<br />

verdade.<br />

Relata-se que tal situação deu origem à elaboração da Constituição<br />

XLV, Novela XLIV, abaixo transcrita:<br />

O Impera<strong>do</strong>r Justiniano, Augusto, por decreto a João, segunda vez<br />

Prefeito <strong>do</strong> Pretório, Ex-cônsul e Patrício, o texto em <strong>sua</strong> íntegra:<br />

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