XONDARO – UMA ETNOGRAFIA DO MITO E DA DANÇA ... - Unisul
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10/12/2003, perfazendo um total de seis encontros, o que, evidentemente, não me<br />
proporcionou domínio do idioma, mas aproximação com os Mbya e aprofundamento dos<br />
laços de amizade, principalmente com seu Artur, a professora Joana e Marcelo Benite, filho<br />
de Artur Benite e coordenador do grupo de canto e dança Tape Mirim 3 (Apêndice D).<br />
A efetivação deste trabalho deu-se através da pesquisa de campo, com visitas<br />
quinzenais de curta duração, no início, numa forma de aproximação não-invasiva. A coleta de<br />
dados deu-se na forma de registro fotográfico do cotidiano da aldeia e de suas festas,<br />
observação participante, entrevista oral e histórias de vida.<br />
Para a fundamentação teórica, articularam-se as seguintes áreas do conhecimento<br />
<strong>–</strong> a antropologia social, lingüística, etnomusicologia e a etnologia indígena.<br />
Além desta apresentação, a presente Dissertação está constituída pela introdução<br />
onde são delimitados o objeto de pesquisa, os objetivos, a justificativa e os procedimentos<br />
metodológicos; por três partes centrais, e uma quarta parte em que se procede à análise dos<br />
dados obtidos, tecendo-se, no último item, as considerações finais sobre o trabalho realizado.<br />
Seguem-se apêndices e anexos.<br />
No primeiro capítulo, abordam-se as relações entre Antropologia e Linguagem a<br />
partir das contribuições de Lévi-Strauss, focalizando Roman Jakobson e F. de Saussure.<br />
Nesses estudos, Lévi-Strauss buscou as bases estruturais para a análise dos mitos indígenas.<br />
Aborda-se também o estudo realizado por Lévi-Strauss a respeito de um texto inédito de<br />
Ferdinand de Saussure no qual o lingüista suíço focaliza as relações entre língua, história e<br />
religião ao fazer um esboço de interpretação lingüística sobre a origem das divindades. Ainda<br />
nesse capítulo, o diálogo das relações entre Antropologia e Linguagem estende-se à dança,<br />
enquanto linguagem do movimento, considerando-a a partir de inscrições rupestres até os dias<br />
atuais. As considerações estendem-se ainda às reflexões que os filósofos Platão e Nietzche<br />
fizeram sobre dança.<br />
No segundo capítulo, é apresentado o panorama histórico e geográfico do Morro<br />
dos Cavalos como terra indígena; passando pela etnologia das terras baixas da América do<br />
Sul, destacam-se as pesquisas referentes aos Guarani; contextualizam-se os atuais moradores<br />
(que chegaram na aldeia na segunda quinzena de setembro), optamos em trocar essa informação ao invés de<br />
aulas de língua portuguesa.<br />
3 O grupo de canto e dança Tape Mirim/Caminho Sagrado, de Morro dos Cavalos é abordado com detalhes no<br />
capítulo 2, item 2.2.<br />
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