Revista do COSEMS/AL | ano III | jan.2013 | venda proibida

ATITUDE . revista do COSEMS/AL . nº3
rápida no atendimento primário dos
PSFs.
Não podemos deixar de prescindir
dos Conselhos de Saúde, das Associações
de diabéticos e do Ministério
Público para cobrar, fiscalizar e ajudar
na execução destes programas, tornando-os
prioritários e, principalmente,
que tenham aporte financeiro suficiente
para sua implementação.
A AMB, junto com o CREMAL realiza
um projeto piloto de treinamento
de médicos da atenção primária dos
municípios com o objetivo de diminuir,
em 50%, as amputações no estado de
Alagoas, para isso, precisamos do apoio
dos gestores das esferas estadual e municipal
para instituir um programa definitivo
de treinamento de todos os médicos
da atenção primária, estabelecer
polos de atenção secundária, com especialistas
nas dez regiões de saúde do estado
e, pelo menos, três serviços de alta
complexidade no estado nas duas macro
regiões de Maceió e Arapiraca, com
o fluxograma definido para os pacientes
que precisam de exames de laboratórios
e de imagem, curativos, cirurgias vasculares
e endovasculares. Com a implementação
desse programa estaremos gastando
apenas 30% da verba destinada
com as atuais internações hospitalares,
amputações e liminares na justiça para
cirurgias de alta complexidade.
66
Temos que treinar todos profissionais
da saúde dos PSF para atender este paciente.
Precisamos implantar programas
de reabilitação para os amputados, com
fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia,
endocrinologia, ortopedia, oftalmologia,
cirurgia vascular e cardiologia,
fabricando e doando próteses e órteses
adequadas para o restabelecimento da
função dos seus membros inferiores.
É uma decisão de governo minimizar
este problema de saúde pública que
temos aqui no nosso estado. Tivemos
várias experiências vitoriosas em municípios
que implantaram este programa,
como no Rio de Janeiro, Brasília,
Natal, Aracaju, Rio Branco e outros,
que diminuíram os índices de amputações.
Em Cuba, com uma população em
torno de 11 milhões de habitantes, temos
apenas 900 amputações por ano,
semelhante aos índices de Alagoas, com
uma população em torno de 2 milhões,
isso acontece porque a atenção primária
tem bom funcionamento e é acompanhada,
mais perto entre os pacientes com
risco de amputação.
Vamos retirar nosso estado da legião
de amputados com maiores índices no
Brasil e torná-lo um estado que respeita
e atende com dignidade o seu cidadão!