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Envelhecimento e velhice Tese de Doutoramento 2007

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O envelhecimento humano como realida<strong>de</strong> biológica e psíquica<br />

que as ‘pessoas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>’ evocam como básicas na sua motivação para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> certas activida<strong>de</strong>s tornam-se mais importantes do que<br />

a ocupação em si mesma Os dados do estudo contrariam as noções da<br />

teoria da activida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o bem estar dos indivíduos é tanto<br />

maior quanto mais activida<strong>de</strong>s tiverem:<br />

O envolvimento em mais activida<strong>de</strong>s não é mais benéfico para<br />

o bem estar do que o envolvimento em menos activida<strong>de</strong>s<br />

quando as razões para essas activida<strong>de</strong>s são tidas em conta<br />

(Everard, 1999: 335).<br />

Esta rápida revisão dos estudos sobre o envelhecimento bio-psíquico<br />

coloca-nos perante o essencial da compreensão do envelhecimento<br />

humano enquanto consequência material inevitável do percurso <strong>de</strong> vida,<br />

condicionada pelas condições - on<strong>de</strong> se incluem as estratégias pessoais -<br />

<strong>de</strong>sse mesmo percurso. O envelhecimento é uma consequência da base<br />

filogenética, da hereditarieda<strong>de</strong> única <strong>de</strong> cada pessoa, do meio físico e<br />

social em que as predisposições genéticas se exprimem, e é o efeito do<br />

pensamento e da escolha (Birren e Cunningham, 1985 citados por Paúl,<br />

1991). Também Binney (1989), citado por Paúl (1991), critica a<br />

“biomedicalização” do envelhecimento, propondo uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

integração dos problemas psico-sociais que coexistem com o processo <strong>de</strong><br />

envelhecimento.<br />

Groisman (2002) suporta-se nos estudos <strong>de</strong> Cohen (1998) para, através do<br />

exemplo da doença <strong>de</strong> Alzheimer, mostrar a diferença cultural das noções<br />

médicas sobre a <strong>velhice</strong> o que apelida <strong>de</strong> “conflito <strong>de</strong> mundos morais”. Na<br />

cultura oci<strong>de</strong>ntal ela é encarada como um mal biológico e universal<br />

Ester Vaz 36

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