20.04.2013 Views

Jornalismo Ontem e hoje - Portal da Prefeitura da Cidade do Rio de ...

Jornalismo Ontem e hoje - Portal da Prefeitura da Cidade do Rio de ...

Jornalismo Ontem e hoje - Portal da Prefeitura da Cidade do Rio de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

24 Ca<strong>de</strong>rnos <strong>da</strong> Comunicação<br />

Mas, ao mesmo tempo, qualquer interessa<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ter acesso,<br />

com a mesma rapi<strong>de</strong>z, à mesma pilha <strong>de</strong> informações. Por que ele<br />

esperaria o jornal <strong>do</strong> dia seguinte para informar-se? Essa é a pergunta<br />

a que o jornalismo impresso ain<strong>da</strong> não conseguiu respon<strong>de</strong>r.<br />

Eu tenho um palpite – e faço questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar palpite, porque<br />

não passa disso e, pior, po<strong>de</strong> ser até um palpite infeliz: só resta ao<br />

jornalismo impresso valorizar ao extremo o recurso que lhe é inerente,<br />

o texto. Boas histórias, bem escritas, ain<strong>da</strong> que as informações<br />

não sejam propriamente inéditas, parece ser a única saí<strong>da</strong> para<br />

o jornalismo impresso.<br />

O jornalista, <strong>hoje</strong>, está mais valoriza<strong>do</strong>. Costumo até dizer que<br />

se aburguesou. Mas essa observação vale apenas para os gran<strong>de</strong>s<br />

meios <strong>de</strong> comunicação. A reali<strong>da</strong><strong>de</strong> nas pequenas e médias re<strong>da</strong>ções,<br />

e no fundão <strong>do</strong> Brasil é bem outra. Ao mesmo tempo, reduziu-se<br />

brutalmente o número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, o que significa<br />

que os jovens forman<strong>do</strong>s encontrarão mais e mais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para<br />

obter trabalho e, por extensão, a sua própria valorização.<br />

Assim como não há “imprensa brasileira” como um to<strong>do</strong> homogêneo,<br />

tampouco há “imprensa mundial” com essa característica.<br />

Os <strong>de</strong>sníveis nesta última são ain<strong>da</strong> mais impressionantes.<br />

Mas ousaria dizer que o bom jornalista brasileiro compete<br />

em igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> condições com o bom jornalista <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>.<br />

O problema é que no mun<strong>do</strong> rico há um número<br />

bem maior <strong>de</strong> bons jornalistas, bem pagos, pelo maior nível <strong>de</strong><br />

riqueza e <strong>de</strong> educação <strong>do</strong>s países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.<br />

Clóvis Rossi iniciou sua carreira profissional na sucursal <strong>de</strong> São Paulo <strong>do</strong> extinto<br />

Correio <strong>da</strong> Manhã. Trabalhou no jornal O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> S. Paulo durante 12 anos, na<br />

sucursal <strong>de</strong> Brasília <strong>do</strong> Jornal <strong>do</strong> Brasil, na revista IstoÉ e no Jornal <strong>da</strong> República.<br />

Está na Folha <strong>de</strong> S. Paulo há 26 anos, 19 <strong>do</strong>s quais como colunista e sempre como<br />

repórter.<br />

miolo.p65 24<br />

18/5/2006, 14:28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!