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Jornalismo Ontem e hoje - Portal da Prefeitura da Cidade do Rio de ...

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Série Estu<strong>do</strong>s 45<br />

dia, antes <strong>de</strong> sair para a entrevista. O repórter sabia o que perguntar e<br />

como provocar o entrevista<strong>do</strong>.<br />

As primeiras pautas – escritas a lápis -–, <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s e comenta<strong>da</strong>s,<br />

no jornalismo carioca, foram as <strong>de</strong> Pinheiro. Não existiam, naquele<br />

tempo, as reuniões diárias <strong>de</strong> pauta com editores e nem as re<strong>da</strong>ções se<br />

dividiam em editorias. Este padrão <strong>de</strong> estrutura americano só<br />

chegaria às re<strong>da</strong>ções <strong>da</strong>li a pouco. A novi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por enquanto,<br />

era o uso <strong>do</strong> li<strong>de</strong> com a<br />

obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> quem,<br />

como, on<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> e por quê<br />

na cabeça <strong>da</strong> matéria.<br />

De mo<strong>do</strong> geral, a apuração<br />

<strong>do</strong>s repórteres era<br />

criteriosa, <strong>de</strong>termina<strong>da</strong><br />

mais pelo instinto (e por<br />

Pinheiro, se fosse O Globo;<br />

e pela inteligência,<br />

no caso <strong>do</strong> Diário Carioca)<br />

e menos pela técnica.<br />

O aprendiza<strong>do</strong> se fazia<br />

mesmo nas re<strong>da</strong>ções, e<br />

não na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O halo <strong>de</strong> romance envolven<strong>do</strong><br />

as re<strong>da</strong>ções nas<br />

‘No fim <strong>do</strong>s anos 50,<br />

as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> massa<br />

ain<strong>da</strong> não haviam se<br />

organiza<strong>do</strong> e, para o profeta<br />

MacLuhan, a TV era<br />

visão, som e fúria.<br />

Não tinham surgi<strong>do</strong> as<br />

mídias <strong>de</strong> massa, e jornais<br />

e revistas eram os<br />

veículos <strong>de</strong>terminantes’<br />

quais escritores, poetas, funcionários públicos, diletantes, curiosos <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong> espécie – bons e ruins – trabalhavam, começava a se <strong>de</strong>sfazer.<br />

Nesses anos em que havia 20 diários <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s aos 2 milhões <strong>de</strong><br />

cariocas – é bom frisar –, havia a escola ágil <strong>do</strong> jornalismo <strong>do</strong> Diário<br />

Carioca, on<strong>de</strong> nasceram inúmeras estrelas. Havia o jornalismo brilhante<br />

e apaixona<strong>do</strong> <strong>de</strong> Samuel Wainer. O jornalismo “intelectual” <strong>do</strong> Correio<br />

<strong>da</strong> Manhã – segui<strong>do</strong> pelo Diario <strong>de</strong> Noticias – e o trabalho hábil<br />

<strong>da</strong> Tribuna <strong>da</strong> Imprensa, com uma competente carpintaria profissio-<br />

miolo.p65 45<br />

18/5/2006, 14:29

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