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O que é o desenvolvimento sustentável? O desenvolvimento sustentável significa assegurar que todos têm uma qualidade de vida digna no presente sem gastar os recursos que as futuras gerações irão precisar para a sua própria prosperidade. Há muitos obstáculos a ultrapassar antes de podermos afirmar que estamos a alcançar um desenvolvimento sustentável. Temos de mudar a forma como consumimos os recursos naturais. No mundo industrializado, as pessoas têm geralmente estilos de vida confortáveis, mas gastam grandes quantidades de recursos naturais e matérias-primas. Também produzem uma grande quantidade de resíduos. Para atingir o desenvolvimento sustentável, temos de modificar os nossos padrões insustentáveis de consumo – não apenas na UE mas também no resto do mundo, incluindo países em rápido desenvolvimento como a China e a Índia, em que as questões ambientais constituem uma preocupação crescente. Os desafios do futuro A UE identificou sete grandes áreas em que é preciso actuar para promover o desenvolvimento sustentável: • Combater as alterações climáticas e desenvolver energias limpas. • Desenvolver sistemas de transporte sustentáveis. • Tornar a produção e o consumo sustentáveis – ou seja, produzir mais utilizando menos recursos. • Melhorar a conservação e gestão dos nossos recursos naturais, como a água. • Combater ameaças à saúde pública como as doenças infecciosas, a poluição química e os alimentos inseguros. • Enfrentar as pressões sociais e económicas causadas pelo envelhecimento demográfico e pela migração. • Lutar contra a pobreza mundial – mais de mil milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia. Sabias que... Uma pessoa que viva na Europa usa cerca de 10 vezes mais combustíveis fósseis e energia eléctrica do que uma pessoa que viva num país em vias de desenvolvimento. Também produzimos duas a três vezes mais lixo. Em resposta a estes desafios, a UE está a assumir uma abordagem mais abrangente na elaboração de políticas, de forma a assegurar que as várias políticas e acções desenvolvidas se articulam de forma coerente. Mas a UE não pode enfrentar estes desafios isoladamente, por isso está a trabalhar com outros países de todo o mundo – incluindo os países em rápido desenvolvimento, que também estão a explorar de forma insustentável os recursos naturais do planeta. Além disso, a UE está empenhada em melhorar o acesso das pessoas mais pobres do mundo a fontes de energia limpas e seguras. A Facilidade ACP-UE para a Energia é uma iniciativa que disponibiliza fundos para projectos de energias renováveis que irão oferecer às pessoas da África Subsariana, Caraíbas e Pacífico a energia de que precisam para viver, de forma sustentável. Um problema demasiado grande? O desenvolvimento sustentável pode parecer uma questão de enormes proporções – e é, mas quer seja na escola ou em casa, todos nós temos um papel a desempenhar. Não apenas porque é a atitude certa, mas também porque é do nosso próprio interesse a longo prazo. Se seguirmos alguns dos conselhos e dicas desta agenda, tais como poupar água e energia, reduzir a produção de resíduos, reutilizar e reciclar os produtos e fazer compras sem nos esquecermos do ambiente, as nossas pequenas acções quotidianas podem fazer uma grande diferença. “Separo o lixo, e fecho a torneira enquanto escovo os dentes. Sempre que me desloco a uma distância pequena vou a pé, nos outros casos utilizo os transportes públicos.” - Marine, 20 anos “Honestamente, não faço muito para ajudar o ambiente. Devia dar mais atenção à reciclagem, mas em minha casa não tenho espaço suficiente para ter vários caixotes do lixo. Mas desligo as luzes e a televisão quando saio de uma divisão.” - Julien, 22 anos Para mais informações, consulta: http://ec.europa.eu/sustainable http://www.deco.proteste.pt http://www.quercus.pt http://www.desenvolvimentosustentavel.pt Ambiente 6 6
Alterações climáticas Conversar sobre o tempo Achas que os Verões estão a ficar mais quentes? Que há menos neve no Inverno e que a Primavera chega um pouco mais cedo todos os anos? Ou talvez te tenhas apercebido, através das notícias, que as tempestades e as inundações se estão a tornar mais frequentes? As alterações climáticas constituem uma das ameaças mais graves que a Humanidade enfrenta. Além disso, já estão a ocorrer, e estão a ter um impacto cada vez maior nas nossas vidas. Desde o início do século XX, a temperatura da Terra tem vindo a subir rapidamente. Na Europa, o número médio de catástrofes naturais relacionadas com o clima, tais como inundações e tempestades, duplicou nos anos 90 relativamente aos 10 anos anteriores. O nível do mar está a aumentar – o que é muito grave para as zonas baixas do litoral – e as áreas cobertas de neve diminuíram 10% desde meados dos anos 60. A longo prazo, as alterações climáticas poderão desencadear grandes catástrofes, tais como falta de alimentos e água, que levem a conflitos e à extinção de muitas espécies, que não conseguem sobreviver num mundo mais quente. Se não tomarmos medidas para controlar as alterações climáticas, também conhecidas como “mudança do clima” ou “aquecimento global”, o mundo que nos rodeia irá sofrer grandes transformações e a vida pode tornar-se muito mais difícil para todos os seres vivos do planeta. Sabias que... Prevê-se que o nível do mar suba 88 cm até 2100, o que inundaria ilhas baixas e zonas costeiras, colocando em risco cerca de 70 milhões de pessoas na Europa. Vários destinos de férias ficariam submersos. Além disso, três quartos dos glaciares dos Alpes suíços deverão desaparecer até 2050. A temperatura do mar do Norte aumentou cerca de 1,1°C nos últimos 30 anos, o que está a ter um grande impacto nas espécies de peixes – 36 tipos de peixe deslocaram-se entre 50 km a 400 km para norte. Em terra, 16 espécies de borboletas espanholas mudaram o seu habitat para uma maior altitude, nas montanhas, em busca de temperaturas mais frescas. Por que motivo está o clima a mudar? Tudo se resume ao nosso estilo de vida actual, em especial nas sociedades mais ricas e desenvolvidas do mundo, como é o caso da União Europeia. Os sistemas de transportes que utilizamos, as centrais eléctricas que fornecem electricidade às nossas casas, as fábricas que produzem os artigos que consumimos, a agricultura que produz os nossos alimentos... Tudo isto emite enormes quantidades de gases com efeito de estufa que estão a alterar o clima global. Temos de encontrar formas de reduzir drasticamente estas emissões. O papel dos gases com efeito de estufa Os gases com efeito de estufa são um fenómeno natural que ajuda o nosso planeta a manter-se quente. Sem eles, a temperatura média da Terra diminuiria cerca de 30°C e tudo congelava. Mas o Homem, com centrais eléctricas, agricultura, etc., tem produzido gases com efeito de estufa em quantidades cada vez maiores, o que provocou um aumento das temperaturas globais. O dióxido de carbono (CO 2 ) é o principal gás com efeito de estufa produzido pelas actividades humanas. É emitido principalmente quando os combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural, são queimados. As plantas e as árvores absorvem algum CO 2 em excesso, motivo pelo qual as florestas mundiais são tão importantes, mas a desflorestação – abate de árvores e queima de florestas – liberta CO 2 para a atmosfera, agravando a situação. Outros gases com efeito de estufa: • Metano e óxido nitroso – gases invisíveis provenientes de aterros sanitários, criação de gado, cultura do arroz e alguns fertilizantes. • Gases fluorados – estes gases são produzidos pela indústria. São utilizados na refrigeração, no ar condicionado e até em ténis com amortecimento através de “bolsas de ar”. Vão parar à atmosfera através de fugas, ou quando o produto é eliminado de forma indevida. As alterações climáticas podem parecer um problema gigantesco sobre o qual nada podes fazer, mas até as pequenas medidas ajudam. Porque não plantar uma árvore no teu jardim, na tua escola ou no teu bairro? Cinco árvores absorvem uma tonelada de CO 2 ao longo das suas vidas. Fontes de emissões de gases com efeito de estufa na UE Agregados familiares e PMEs 17% Sector eléctrico 28% 6 6 Agricultura 10% Indústria 20% Outras 4% Transportes 21%
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