Lannoo Printers, Bélgica. - Eurocid

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Investigação
Para muitos, a palavra “investigação” evoca a imagem de cientistas
loucos vestidos com batas brancas, a fazer experiências nos laboratórios
sem qualquer ligação com o mundo exterior. No caso dos programas de
investigação e desenvolvimento financiados pela União Europeia, nada
poderia estar mais longe da verdade.
Como poderás verificar nas páginas seguintes, a investigação financiada pela
UE tem um impacto imediato e prático. Os projectos que a seguir se descrevem
conduziram à criação de melhores produtos para o consumidor e à elaboração
de melhores práticas e regulamentos para as empresas. Têm também um
impacto a longo prazo – ao aprofundar a nossa compreensão relativamente a
determinadas questões, constituem a base para melhorias futuras em termos de
segurança, produtividade, protecção ambiental e saúde.
Estes projectos foram seleccionados para beneficiarem do financiamento da UE
porque prometem ser verdadeiramente vantajosos para toda a Europa.
Janez Potočnik
Comissário Europeu responsável pela Ciência
e Investigação
Qual foi o maior objectivo alcançado pela
sua Direcção-Geral nos últimos 20 anos?
A investigação abrange áreas tão vastas que seria
impossível escolher apenas uma história de sucesso.
Os projectos financiados pela UE contribuíram para o
desenvolvimento dos telemóveis, para que a energia seja
mais segura, mais limpa e mais eficiente, e para a criação de ferramentas que aumentam
a qualidade de vida de doentes, idosos e pessoas com deficiência. Em todas as áreas, a
investigação ajuda a melhorar a nossa vida quotidiana. Por isso, se tivesse de escolher
uma história de sucesso, diria que o maior objectivo alcançado foi pôr as pessoas a
trabalhar em conjunto. Há mais de 20 anos que reunimos pessoas de toda a Europa – e
de países terceiros – permitindo-lhes partilhar ideias e competências.
Quais são os desafios mais importantes para os próximos 10 anos?
Certamente já ouviram falar na palavra “globalização”. Significa que tudo está interligado; o
mundo está mais pequeno e tudo se move mais depressa. Objectivos como o crescimento
económico, a redução do desemprego, a luta contra as alterações climáticas ou oferecer a
todos (jovens ou idosos) um lugar na nossa sociedade têm de ser, todos eles, prioridades.
Todos devemos lutar por melhorar a nossa qualidade de vida, no sentido mais lato da
palavra. A Europa não pode, nem quer, pagar menos às pessoas e ser competitiva à custa
de salários baixos ou do ambiente. Por isso, na minha opinião, o desafio mais importante
para os próximos anos consiste em adquirirmos mais conhecimentos e sermos ainda
melhores. Vamos ser criativos e utilizar os nossos cérebros! A mente humana tem um
grande potencial e nós podemos libertá-lo.
Investigação e Desenvolvimento (I&D)
Uma rede para a segurança rodoviária
Taxa de mortalidade
por meio de transporte
Tornar os automóveis mais seguros
Em 2004, os acidentes rodoviários mataram mais
de 40,000 pessoas na União Europeia e mais de 1.7
milhões de pessoas necessitaram de tratamento
hospitalar. Estes números negros impulsionaram
a indústria automóvel a criar a Rede Europeia de
Segurança Passiva dos Veículos (EVPSN), uma
associação de mais de 50 fabricantes, fornecedores,
centros de investigação e universidades que
procuram soluções comuns para os problemas de
segurança rodoviária.
0,04
0,07
0,10
1,00
20,00
Por quilómetro, o
transporte rodoviário
é o meio de transporte
menos seguro da
União Europeia.
Parte da solução consiste em conceber automóveis de forma que os passageiros
estejam protegidos quando ocorrem acidentes, um princípio conhecido como
segurança passiva. Por exemplo, os cintos de segurança e os air bags protegem
os passageiros, enquanto uma concepção cuidada da dianteira do automóvel
pode reduzir os danos causados a peões em caso de acidente (segurança
activa). Mas a investigação em matéria de segurança é dispendiosa, e não
faz sentido que fabricantes concorrentes dupliquem o trabalho para resolver
problemas semelhantes.
Por este motivo, diversas organizações da indústria automóvel criaram a
Rede Europeia de Segurança Passiva dos Veículos, que actualmente inclui
mais de 50 membros oriundos de 15 países, incluindo vários de países fora
da UE. Actualmente, para além de centros de investigação, universidades e
fornecedores, os parceiros incluem importantes fabricantes de automóveis, tais
como DaimlerChrysler, Fiat, Ford, Peugeot, Renault, Skoda e Volkswagen.
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