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Il<br />
Pág. 54 Setembro/Outubro de 1984<br />
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tias do tempo de comf3rcialização que ela<br />
oferecia.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
1 - Material de ultrafiltração:<br />
Os ensaios de ultrafiltração foram realizados<br />
em um equipamento S.F.E.C. (Societé<br />
de Fabrication des Eléments Catalytiques<br />
- 84.500 BolJéne - França) constituído<br />
de dois estágios em série. O pri<br />
meiro estágio era composto de dois módulos<br />
S 150 de superfície unitária de 3,4m<br />
formando um anel; a recirculação dentro<br />
deste anel era assegurada por uma bomba<br />
centrífuga. O segundo estágio era composto<br />
de dois módulos S 37 de superfície<br />
unitária de 0,8 m .também formando um<br />
anel; a recirculação nesse segundo estágio<br />
era feita pOf uma bomba volumétrica<br />
de capacidade variável. O conjunto do<br />
equipamento era alimentado Dor uma bomba<br />
volumétrica de capacidade variável.<br />
As membranas utilizadas eram membranas<br />
Carbosep à base de zircone com<br />
suporte de carbono-grafite. Seu poder de<br />
corte se situava entre 60.000 - 70.000 A.<br />
2 - Condições de Fabricação:<br />
, - Leite Utilizado:<br />
Leite de alta mistura com um teor de<br />
gordura ajustado para 3,4 ...:-. 3,51; aquecido<br />
a 80°C; por quinze segundos. O leite<br />
era mantido, antes do ensaio, a 4°C por<br />
uma noite. As quantidades utilizadas variavam<br />
de 470 - 500 litros. .<br />
- Ultrafiltração:<br />
O leite foi aquecido a 50°C e colocado<br />
em contacto com as membranas. Quando<br />
o fator de concentração, volume inicial do<br />
leite/volume do retentado) atingia o valor<br />
três (FC = 3), realizava-se a diafiltração,<br />
pela adição de água à 50°C do retentado. O<br />
volume de água adicionada era de 1,1 vezes<br />
.ó volume do retentado com FC = 3.<br />
Após a adição da água a ultrafiltração<br />
prosseguia até a obtenção dos fatores de<br />
concentração procurados (FC = 5 a 6).<br />
A limpeza do equipamento era real.izada<br />
como indicado por GOUDEDRANCHE<br />
et aI (1980).<br />
- Transformação dos Prequeijos Líquidos:<br />
O retentado obtido no final da ultr'afil- .<br />
tração foi resfriado a 32°C, adicionado de<br />
Revista do ILCT<br />
2% (p/p) de fermento lático mesofílico' e<br />
mantido a essa temperatura durante noventa<br />
a centoe vinte minutos. De acordo<br />
com o teor de sal procurado adicionou-se<br />
1,6 a 2,00% (p/p) de sal seoo. Após uma<br />
enérgica agitação, a fim de repartir. todo o<br />
sal, adicionou-se o coalho na razão de<br />
20 ml para cada 100 kg de prequeijo.<br />
O prequeijo cuidadosamente agitado<br />
, foi colocado em copos de plástico (copos<br />
comerciais utilizados para queijos de mas<br />
sa fresca) de capacidade de 250 gramas.<br />
Em seguida, foram resfriados a 22°C e<br />
mantidos a esta temperatura por 14 horas.<br />
Findo este período os queijos foram para<br />
uma câmara fria 7 t 2°C. .<br />
3 - Métodos de Análises:<br />
O teor em matéria seca (MS) do leite,<br />
do prequeijo e do queijo foi determinado<br />
por dessecação a.102°C durante sete ho<br />
ras. O teor em proteínas (X x 6,38) foi de<br />
terminado através de um aparelho "Auto<br />
-analisador Technicon 11". O pH foi medido<br />
a 0,02 unidades de pH através de um apa<br />
relho "Tacussel Minisis 5000". O teor em<br />
matéria gorda (MG) do leite, do prequeijo e<br />
do queijo foi determinado pelos métodos<br />
ácido-bitirométrico de Gerber e Van Gulic. ,<br />
Os teores em matérias minerais (cin<br />
zas) foram déterminados de acordo com o<br />
método A.O.A.C. (1945). A determi,nação<br />
dos teores de cálcio foi realizada por ab<br />
sorção atômica em um aparelho Techtron<br />
AA 1200 de acordo com BRULE et alii<br />
1974) : A aC!dez dos retentados e dos.qu,ei<br />
JOS fOI medida sobre uma mistura obtida<br />
após dispersão (omnimixer Sorvall) de dez<br />
gramas do retentado ou queijo em 90 gra<br />
mas de água destilada, pela Viragem da<br />
fenolftaleína em presença de hidróxido de<br />
sódio N/9.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Desempenho da Ultrafiltração:<br />
O Quaqro 1 indica a vazão média de<br />
permeação observada durante as duas fa<br />
ses de ultrafiltração.<br />
Os resultados obtidos são bastante<br />
próximos dos obtidos anteriormente com<br />
equipamento de um só anel (GOUDE<br />
DRANCHE et alii, 1980). Para tratar 470 e<br />
500 litros de leite requer 75' a 83 mínutos'<br />
a vazão média do ultrafiltrado foi de ,43 4<br />
litros de leite tratados por hora'e p'or met;o<br />
quadrado de superfície da membrana.<br />
• Cultras láticas colocadas graciosamente a nossa disposição pelos laboratórios G. Roger _ B.P. 20 _ n260 la<br />
Ferte-sous-Jouarre - França.<br />
.<br />
Revista do ILCT Setembro/Outubro de 1984 Pág. 55<br />
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Composição dos Produtos Durante a<br />
Ultrafiltração:<br />
No Quadro 2 são colocadas as carac<br />
terísticas analíticas dos leites submetidos<br />
à ultrafiltração e dos produtOS obtidos. Os<br />
teores em matéria seca (MS) e proteínas<br />
totais (N x 6,38) variam respectivamente<br />
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ara os retentados que tenham uma rela<br />
ão gordura/ extrato seco proxima ' de<br />
50. Os teores em 'matéria seca dos pereados<br />
médios, ficaram próximo de 42<br />
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c álcio dos permeados ficaram entre 0,20 e<br />
0, 22 g/kg, o que corresponde aos resultad<br />
/kg, em razão da diafiltr . ação realizada no<br />
ator de concentração tres. Os teores em<br />
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os obtidos por BRULE et ai (1974), le<br />
vando em conta a diluição durante a dia<br />
Itração (relação cálcio do permeado não<br />
iluído/cálcio do leite = 0,26). Durante os<br />
nsaios preliminares realizados sem diafi!<br />
ração verificou-se igualmente que a adl<br />
ão d 0,5% (p/p) de cloret de_sódio ão<br />
provocava uma desminerallzaçao notvel<br />
d<br />
os retentados obtidos ao pH 6,7 do leite.<br />
O cálcio solubilizado, do permeado obtido<br />
urante os ensaios, representava 26 a 27%<br />
d<br />
do cálcio do leite.<br />
Parâmetros de Transformação do Pre<br />
queiJo:<br />
- Salga do Retentado:<br />
Diferentes énsaios demonstraram que<br />
o gosto ligeiramente salgado; era obtido<br />
pela adição do retentado, de 1,6% de sal<br />
(<br />
f<br />
p/p). Nos ensaios o sal foi adicionado<br />
sob a forma de sal. seco. Industrialmente,<br />
seria mais conveniente adicioná-lo sob a<br />
o'rmá· de uma salmoura saturada, o, que<br />
facilitaria a mistura e permitiria a dosa<br />
gem continua. Neste caso, a diluição cau<br />
sada pela adição. da salmoura deverá ser<br />
compensada pela obtenção de um retentado<br />
ligeiramente mais concentrado porul<br />
trafiltr'ação. Por exemplo, a adição de uma<br />
salmoura a 25% nec.essitaria a obtenção<br />
de um retentado a 39,4% da matéria'seca<br />
para que a misturél tenha um tec:í em subs-<br />
tância seca iaual a.38%.<br />
- Acidificação do Prequeijo:<br />
A salga utilizada diminuia fórtementé a<br />
atividade acidificante das culturas láticas,<br />
os valores desejados do pH não eramatin<br />
gidos no momento de refrigeração dos<br />
queijos, quando o sal; culturas láticas, e<br />
coalho eram adicionados ao retentado, ao<br />
mesmo tempo. Por isto,' uma primeira fase<br />
de,acidificação durante 2 horas a 30oq foi<br />
utilizada sem a presença de sal para obter<br />
uma velocidade de abaixamento de pH sa<br />
tisfatória. Esta maneira de operar não deverá<br />
acarretar problemas particulares nas<br />
condições industriais; com efeito, uma<br />
descontinuidade do processo de transfor<br />
mação do leite em queijo Minas Frescal<br />
será i nevjtável entre as operações de ultra-<br />
'<br />
arvoredoleite.org<br />
filtração e de enformagem.<br />
.<br />
.