Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
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etorno <strong>da</strong> população para o Continente. A autora, na sua importante contribuição,<br />
enfatiza que os atuais i<strong>do</strong>sos foram os primeiros substitutos, como habitantes livres,<br />
<strong>da</strong> população carcerária em Noronha.<br />
Também é alto o percentual de viuvez (22,5%) e, para a infelici<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s mais<br />
velhos, a reali<strong>da</strong>de de uniões estáveis não tem si<strong>do</strong> incorpora<strong>da</strong> no cotidiano <strong>da</strong>s<br />
gerações mais jovens, entre as quais, a influência <strong>do</strong> turismo vem modifican<strong>do</strong> o<br />
comportamento social. A respeito <strong>do</strong> assunto, Silva & Melo (2000) comentam:<br />
119<br />
Essa transformação pode ser observa<strong>da</strong> em suas mais diversas dimensões<br />
como a econômica, na formação de uma classe média nativa, volta<strong>da</strong> para<br />
as ativi<strong>da</strong>des turísticas; a social, no surgimento e consoli<strong>da</strong>ção de novos<br />
comportamentos sociais, especialmente na estrutura familiar <strong>do</strong>s ilhéus,<br />
onde são observa<strong>do</strong>s altos índices de solvência <strong>do</strong>s matrimônios; e a<br />
cultural, na promoção de uma cultura muito mais ‘pasteuriza<strong>da</strong>’ que de base<br />
local, pela facili<strong>da</strong>de de importação (troca) de experiências culturais entre a<br />
população nativa, os turistas e os ‘haoles’ (termo pejorativo, utiliza<strong>do</strong> para<br />
designar os não nativos).<br />
Sabe-se <strong>da</strong> importância <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos no âmbito <strong>do</strong>méstico. No Brasil, segun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> IBGE (2000), 84,4% ocupam papel de destaque no modelo de organização <strong>da</strong><br />
família, sen<strong>do</strong> responsáveis pelos <strong>do</strong>micílios. A história, de certa forma, se repete<br />
em Noronha, onde o controle <strong>do</strong> desenvolvimento ambiental limita o número de<br />
construções de casas, além de ser alto o custo de material para construção civil.<br />
Portanto, existe uma tendência no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong>s gerações mais jovens continuarem<br />
moran<strong>do</strong> na casa <strong>do</strong>s pais e/ou avós. Poucos moram sozinhos ou com apenas uma<br />
pessoa, muitos residem com, no mínimo, cinco pessoas. Apesar <strong>da</strong>s famílias<br />
populosas, a maioria não reclama <strong>da</strong> falta de espaço e privaci<strong>da</strong>de, declaran<strong>do</strong><br />
satisfação com as pessoas de casa. To<strong>da</strong>via, deve ser ressalta<strong>do</strong> o fato de 35% <strong>do</strong>s<br />
i<strong>do</strong>sos, mesmo assim, ter referi<strong>do</strong> sentimento de solidão durante o mês que<br />
antecedeu a pesquisa de campo. Então, o que estará acontecen<strong>do</strong> nas relações<br />
familiares entre os mais jovens e os i<strong>do</strong>sos ?