Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
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O Arquipélago de Fernan<strong>do</strong> de Noronha, descoberto oficialmente no ano de 1503,<br />
por Américo Vespúcio, numa expedição patrocina<strong>da</strong> pelo fi<strong>da</strong>lgo Fernan de Loronha,<br />
só foi ocupa<strong>do</strong> pelos portugueses a partir de 1737, ao ser incorpora<strong>do</strong> à Capitania<br />
de Pernambuco, quan<strong>do</strong> foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> a Vila <strong>do</strong>s Remédios. Segun<strong>do</strong> relato histórico<br />
<strong>do</strong>s autores Silva & Melo (2000),<br />
Ain<strong>da</strong> no século XVI muitos a visitariam. Muitos navega<strong>do</strong>res descansariam<br />
ali <strong>da</strong>s jorna<strong>da</strong>s pelo mar. Dali levariam madeira para suas embarcações.<br />
Dali tirariam alimentos - frutos e raízes, ovos, aves, tartarugas para sua<br />
alimentação. [...] Até que, no século XVII, o homem veio para ficar. [...]<br />
Inicialmente, por 25 anos: os holandeses (1629 a 1654), chegam, erguem<br />
um reduto no alto de um morro. Arren<strong>da</strong>m a terra a gente de nobreza. [...] O<br />
século XVIII seria decisivo. A presença <strong>do</strong>s franceses (1736 a 1737)<br />
despertaria a atenção de Portugal pelo aban<strong>do</strong>no a que havia relega<strong>do</strong> sua<br />
primeira Capitania no Brasil, jamais ocupa<strong>da</strong> pelo seu <strong>do</strong>natário. Nas rotas<br />
<strong>da</strong>s grandes navegações, aquele espaço aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> significava perigo. E<br />
uma estratégia de ocupação e defesa surgiria, traçan<strong>do</strong>-se espaços para<br />
vilas, onde viveriam prisioneiros comuns de Pernambuco e, eventualmente,<br />
presos políticos ou por razões políticas, de muitos lugares <strong>do</strong> Brasil.<br />
Desde o início <strong>do</strong> processo de desenvolvimento <strong>do</strong> Arquipélago, a população de<br />
Fernan<strong>do</strong> de Noronha passou a sofrer as conseqüências de várias administrações<br />
públicas autoritárias, sem participação popular. Tal situação pode ser analisa<strong>da</strong><br />
considera<strong>da</strong>s as finali<strong>da</strong>des para ocupação <strong>do</strong> Arquipélago, quase sempre<br />
associa<strong>da</strong>s à vigilância e punição de presos comuns e políticos, bem como,<br />
segurança nacional.<br />
A Vila <strong>do</strong>s Remédios (sede <strong>da</strong> Colônia Correcional), teve seu traça<strong>do</strong><br />
urbano delimita<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is largos, que se uniriam em um <strong>do</strong>s ângulos, um –<br />
o poder civil – diante <strong>da</strong> edificação de coman<strong>do</strong>; o outro – o poder religioso<br />
– diante <strong>da</strong> Igreja de N.Sª <strong>do</strong>s Remédios. [...] Dez fortificações nasceram <strong>da</strong><br />
estratégia militar implanta<strong>da</strong>, para defender to<strong>da</strong>s as praias onde fosse<br />
possível o desembarque, sen<strong>do</strong> nove espalha<strong>da</strong>s pelos 17Km 2 <strong>da</strong> ilha<br />
principal e uma isola<strong>da</strong>, sobre um morro, em frente ao porto natural, de<br />
Santo Antônio. [...] Obriga<strong>do</strong>s a trabalhar até a exaustão, foi a mão de obra<br />
carcerária que construiu tu<strong>do</strong>. Pedras foram sen<strong>do</strong> leva<strong>da</strong>s para os pontos<br />
escolhi<strong>do</strong>s. Áreas foram devasta<strong>da</strong>s na sua vegetação, para <strong>da</strong>rem lugar<br />
aos conjuntos arquitetônicos ou prédios isola<strong>do</strong>s que se instalavam (SILVA<br />
& MELO, 2000).<br />
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