Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
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Em relação ao serviço o<strong>do</strong>ntológico, também ofereci<strong>do</strong> no Hospital São Lucas,<br />
diferente <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> pelo atendimento médico, é maior o número de i<strong>do</strong>sos que<br />
não buscam esse tipo de tratamento em relação aos que buscam. Na maioria <strong>da</strong>s<br />
vezes, a resposta obti<strong>da</strong> para este comportamento está relaciona<strong>da</strong> ao fato <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so<br />
ter perdi<strong>do</strong> a maioria ou to<strong>do</strong>s os dentes e acreditar que saúde bucal não se<br />
direciona aos ‘desdenta<strong>do</strong>s’. Outras vezes ocorrem relatos de sentimento de me<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ‘dentista’. O nível de saúde bucal <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so ilhéu oscila <strong>do</strong> ruim ao péssimo<br />
(83,7%), segun<strong>do</strong> auto-avaliação, com poucas exceções (15%). Diante <strong>do</strong> quadro<br />
apresenta<strong>do</strong>, não é novi<strong>da</strong>de o fato de ser eleva<strong>do</strong> o uso de dentes postiços e<br />
dentaduras, no entanto, o relato de uso é inferior ao de necessi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong><strong>do</strong><br />
merece<strong>do</strong>r de maior investigação, por parte <strong>do</strong>s profissionais de saúde locais, ten<strong>do</strong><br />
em vista a importância <strong>da</strong> saúde bucal para a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> indivíduo.<br />
Uma observação pertinente a respeito <strong>do</strong> transla<strong>do</strong> para Recife, são as dificul<strong>da</strong>des<br />
enfrenta<strong>da</strong>s pela população insular, diante <strong>da</strong> falta de apoio para percorrer os<br />
caminhos necessários, visan<strong>do</strong> a recuperação <strong>da</strong> saúde, principalmente, aqueles<br />
que não têm família na capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Não existe um local destina<strong>do</strong> ao<br />
acolhimento <strong>do</strong>s ilhéus no Continente. No caso <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, diante <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong>des<br />
<strong>da</strong> velhice, este se depara com uma reali<strong>da</strong>de completamente diferente <strong>da</strong><br />
vivencia<strong>da</strong> na Ilha. O impacto desta mu<strong>da</strong>nça chega a ser altamente negativo<br />
inclusive, se o caso deman<strong>da</strong> internação hospitalar.<br />
Nas palavras de Veras (2002),<br />
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É sabi<strong>do</strong> que os i<strong>do</strong>sos consomem mais <strong>do</strong>s serviços de saúde, as suas<br />
taxas de internação são bem mais eleva<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong>s a qualquer<br />
outro grupo etário e o tempo médio de ocupação <strong>do</strong> leito é três vezes maior.<br />
A falta de serviços <strong>do</strong>miciliares e/ou ambulatoriais faz com que o primeiro