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Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...

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Seguin<strong>do</strong> a lógica <strong>do</strong> capital, a velhice é uma fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em que as per<strong>da</strong>s são<br />

acentua<strong>da</strong>s, principalmente pelas relações sociais desenvolvi<strong>da</strong>s nas socie<strong>da</strong>des<br />

capitalistas, onde o i<strong>do</strong>so é praticamente descarta<strong>do</strong>, não só <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho<br />

como também <strong>do</strong> foco de intervenção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

A ênfase na competição nega a capaci<strong>da</strong>de de produzir e o saber acumula<strong>do</strong> <strong>da</strong>s<br />

pessoas mais velhas. Sem abor<strong>da</strong>r as condições ambientais, as quais, muitas vezes,<br />

são os ver<strong>da</strong>deiros impedimentos e barreiras à capaci<strong>da</strong>de de produzir <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so,<br />

elabora-se um discurso ideologicamente preconceituoso a respeito <strong>do</strong><br />

envelhecimento. Portanto, a questão não seria de falta de habili<strong>da</strong>de ou<br />

incompetência, na ver<strong>da</strong>de, tais barreiras poderiam ser venci<strong>da</strong>s mediante<br />

cooperação e a<strong>da</strong>ptação, desde que houvesse real interesse <strong>da</strong> família,<br />

comuni<strong>da</strong>de, socie<strong>da</strong>de e poder público. Aludin<strong>do</strong> ao biólogo Humberto Maturana<br />

(apud BOFF, 1999), pode ser dito que “a socie<strong>da</strong>de moderna neoliberal,<br />

especialmente o merca<strong>do</strong>, se assenta na competição. Por isso é excludente,<br />

inumana e faz tantas vítimas”.<br />

A partir <strong>do</strong> momento em que o processo de envelhecimento é entendi<strong>do</strong> enquanto<br />

fenômeno biopsicossocial, consideran<strong>do</strong> seus determinantes e diferenças, tanto na<br />

dimensão individual quanto populacional, o princípio <strong>da</strong> eqüi<strong>da</strong>de torna-se essencial<br />

na abor<strong>da</strong>gem conceitual <strong>da</strong> questão, bem como, no conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong>s políticas públicas<br />

direciona<strong>da</strong>s à população que envelhece.<br />

Independentemente <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de que se utilize nos diferentes contextos, é<br />

importante reconhecer que a i<strong>da</strong>de cronológica não é um indica<strong>do</strong>r exato<br />

<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças que acompanham o envelhecimento. Existem variações<br />

consideráveis no esta<strong>do</strong> de saúde, na participação e nos níveis de<br />

independência entre as pessoas <strong>i<strong>do</strong>sa</strong>s <strong>da</strong> mesma i<strong>da</strong>de. Os responsáveis<br />

políticos devem ter isso em conta, ao traçarem políticas e programas para<br />

suas populações de i<strong>do</strong>sos. Promulgar amplas políticas sociais basea<strong>da</strong>s<br />

unicamente na i<strong>da</strong>de cronológica pode ser discriminatório e<br />

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