Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
Perfil socioecon{mico e epidemiolygico da populaomo idosa do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A respeito <strong>do</strong> assunto, Milton Santos (2003) manifestou sua preocupação:<br />
A grande mo<strong>da</strong> agora é pedir às universi<strong>da</strong>des que perguntem às empresas<br />
que digam o que elas devem fazer. É considera<strong>do</strong> chique e permite ao<br />
CNPq se retirar <strong>do</strong> processo de financiamento. Só que, na produção de<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s que têm relação com a vi<strong>da</strong>, o resulta<strong>do</strong> pode ser a corrupção <strong>da</strong><br />
pesquisa e a desconfiança justifica<strong>da</strong> em relação aos homens de ciência [...]<br />
Uma meia ver<strong>da</strong>de serve a objetivos pragmáticos, mas uma meia ver<strong>da</strong>de<br />
não é a ver<strong>da</strong>de. E to<strong>da</strong>s as meias ver<strong>da</strong>des possíveis reuni<strong>da</strong>s não<br />
produzem a ver<strong>da</strong>de. As ver<strong>da</strong>des parciais podem ser eficazes no interesse<br />
<strong>da</strong>queles a quem interessem, mas não conduzem à ver<strong>da</strong>de, e ce<strong>do</strong> ou<br />
tarde conduzirão a desastres.<br />
Dan<strong>do</strong> continui<strong>da</strong>de à pauta <strong>do</strong>s desafios que se impõem para a (SLGHPLRORJLD,<br />
enquanto &LrQFLD GD VD~GH GR 6HU 6RFLDO, relaciona<strong>do</strong> às questões epistemológicas<br />
e à formação profissional, outro desafio diz respeito ao fato de que as Ciências<br />
Sociais e Humanas devem compor o conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> Saúde Coletiva numa perspectiva<br />
interdisciplinar, não somente como uma externali<strong>da</strong>de, ou seja, como um acréscimo<br />
ao biológico. Qualquer discussão que queira ultrapassar o nível <strong>da</strong> implementação<br />
imediata e superficial deve atentar que a interdisciplinari<strong>da</strong>de supõe entender o<br />
universo como estan<strong>do</strong> em fluxo contínuo (NUNES, 1995).<br />
Ao afirmar ser mais importante conhecer como vive uma determina<strong>da</strong> população,<br />
que saber como morre, Castellanos (1997), reforça a idéia <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de<br />
estabelecer contato com as dimensões <strong>do</strong> cotidiano <strong>do</strong> indivíduo e/ou população.<br />
Para Milton Santos (1997),<br />
Tempo, espaço e mun<strong>do</strong> são reali<strong>da</strong>des históricas que devem ser<br />
mutuamente conversíveis, se a nossa preocupação epistemológica é<br />
totaliza<strong>do</strong>ra. Em qualquer momento, o ponto de parti<strong>da</strong> é a socie<strong>da</strong>de<br />
humana em processo, isto é, realizan<strong>do</strong>-se. Essa realização se dá sobre<br />
uma base material: o espaço e seu uso; o tempo e seu uso; a materiali<strong>da</strong>de<br />
e suas diversas formas; as ações e suas diversas feições.<br />
Para Czeresnia & Ribeiro (2000), a vertente <strong>da</strong> epidemiologia social, com base em<br />
abor<strong>da</strong>gem marxista, realizou estu<strong>do</strong>s que alcançaram identificar origens e<br />
condicionantes sociais e econô<strong>mico</strong>s <strong>do</strong>s processos epidê<strong>mico</strong>s. Considerou<br />
28