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Sistema multicanal para aquisiç˜ao de dados em um ... - CBPFIndex

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ia <strong>de</strong> aproximadamente 90 Mpc, enquanto que <strong>para</strong> energia 60 EeV seria <strong>em</strong> torno <strong>de</strong><br />

200 Mpc [26].<br />

Muitos experimentos observam eventos com energias acima <strong>de</strong> 10 20 eV <strong>para</strong> comprovar<br />

ou refutar a existência do corte GZK. Entretanto, os resultados não possu<strong>em</strong> <strong>um</strong> número<br />

significativo <strong>de</strong> <strong>dados</strong> <strong>de</strong>vido ao baixíssimo fluxo <strong>de</strong> raios cósmicos nessa faixa <strong>de</strong> energia<br />

(1 partícula/século/km 2 ). O Observatório Pierre Auger (OPA) [13], que será <strong>de</strong>scrito na<br />

secção 1.5, foi construído com o objetivo <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar essa estatística. Até 2010 foram<br />

<strong>de</strong>tectados três eventos acima <strong>de</strong> 10 20 eV [27].<br />

Os mecanismos <strong>de</strong> produção dos RCUAEs ainda não são b<strong>em</strong> conhecidos, mas alguns<br />

mo<strong>de</strong>los foram criados <strong>para</strong> tentar explicá-los. Basicamente, dois tipos <strong>de</strong> abordagens são<br />

propostas: bottom-up, on<strong>de</strong> as partículas são produzidas com baixa energia e <strong>de</strong>pois ace-<br />

leradas ou top-down, <strong>em</strong> que as partículas já são produzidas com energias ultra-altas [20].<br />

Mo<strong>de</strong>los bottom-up propõ<strong>em</strong> mecanismos <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> forma direta<br />

ou estatística. Para a aceleração direta, ass<strong>um</strong>e-se a existência <strong>de</strong> fortes campos ele-<br />

tromagnéticos que propulsionam as partículas rapidamente (pulsares seriam os melhores<br />

candidatos). Porém, <strong>para</strong> este tipo <strong>de</strong> aceleração, a lei <strong>de</strong> potência observada experi-<br />

mentalmente no fluxo <strong>de</strong> raios cósmicos não é facilmente obtida, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> das perdas<br />

<strong>de</strong> energia <strong>em</strong> regiões <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. Em contrapartida, o mecanismo <strong>de</strong> Fermi [28]<br />

fornece a base <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo estocástico <strong>de</strong> aceleração lenta e gradual sobre muitas or<strong>de</strong>ns<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za energética.<br />

De acordo com Fermi, as partículas são aceleradas ao se encontrar com nuvens <strong>de</strong><br />

plasma magnetizado, que também po<strong>de</strong> ser estendido <strong>para</strong> ondas <strong>de</strong> choque <strong>de</strong> super<br />

novas, núcleos galácticos ativos e rádio-galáxias. O t<strong>em</strong>po médio <strong>de</strong> permanência da<br />

partícula na região <strong>de</strong> aceleração e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regiões que ela atinge são fatores<br />

que <strong>de</strong>terminam a energia obtida [29]. Este t<strong>em</strong>po está relacionado com a probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que a partícula escape ou permaneça na região <strong>de</strong> aceleração. Assim, este mo<strong>de</strong>lo<br />

reproduz naturalmente a <strong>de</strong>pendência do fluxo <strong>de</strong> partículas com a energia <strong>de</strong> acordo com<br />

<strong>um</strong>a lei <strong>de</strong> potência.<br />

A energia máxima obtida por partículas aceleradas nesses campos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala é<br />

limitada pelo raio <strong>de</strong> giro que contém a partícula na região <strong>de</strong> aceleração, dada por [30]:<br />

Emax = ZeBL (1.5)<br />

on<strong>de</strong> Ze é a carga da partícula <strong>em</strong> aceleração, B é o campo magnético da região <strong>de</strong> choque<br />

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