Sistema multicanal para aquisiç˜ao de dados em um ... - CBPFIndex
Sistema multicanal para aquisiç˜ao de dados em um ... - CBPFIndex
Sistema multicanal para aquisiç˜ao de dados em um ... - CBPFIndex
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O primeiro experimento b<strong>em</strong> sucedido a utilizar <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong> fluorescência foi o Fly’s<br />
Eye [10], montado <strong>de</strong>ntro da área militar Dugway, no estado <strong>de</strong> Utah, Estados Unidos,<br />
<strong>em</strong> 1981. Operou até 1992 e <strong>de</strong>pois foi substituído pelo HiRes (High Resolution Fly’s<br />
Eye [11]) com o objetivo <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar a sensibilida<strong>de</strong> da coleta <strong>de</strong> eventos. Até 1986, o<br />
Fly’s Eye era composto por 67 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção, chamadas módulos, mostrados na<br />
Figura 1.8. Cada módulo possuía <strong>um</strong> espelho e 12 ou 14 PMTs. Em 1986, o experimento<br />
foi compl<strong>em</strong>entado com <strong>um</strong> segundo conjunto <strong>de</strong> 36 módulos posicionado a 3,4 km dos<br />
outros módulos já existentes, formando <strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção estéreo.<br />
(a) Módulos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção orientados <strong>para</strong> a<br />
aquisição <strong>de</strong> <strong>dados</strong>.<br />
(b) Espelho no interior <strong>de</strong> <strong>um</strong> módulo.<br />
Figura 1.8: Detectores <strong>de</strong> fluorescência do Experimento Flye’s Eye, <strong>em</strong> Utah [35].<br />
A <strong>de</strong>tecção do CAE ocorre com a captação da radiação atmosférica por tubos foto-<br />
multiplicadores geralmente instalados no plano focal <strong>de</strong> espelhos ou lentes, gerando sinais<br />
eletrônicos que são processados e/ou armazenados por computadores. As condições at-<br />
mosféricas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser constant<strong>em</strong>ente monitoradas, visto que no trajeto <strong>de</strong> propagação até<br />
o telescópio, o fóton po<strong>de</strong> ser espalhado pelas moléculas <strong>de</strong> ar (dispersão Rayleigh) e por<br />
partículas <strong>de</strong> aerossóis (dispersão Mie). A técnica <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> RCUE por fluorescência<br />
atmosférica permite a obtenção <strong>de</strong> informações como o <strong>de</strong>senvolvimento longitudinal, a<br />
composição e a energia da partícula primária.<br />
Adicionalmente à luz <strong>em</strong>itida pelo nitrogênio, os chuveiros po<strong>de</strong>m produzir números<br />
expressivos <strong>de</strong> fótons<br />
Čerenkov, que são principalmente irradiados na direção do seu<br />
eixo. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz Čerenkov n<strong>um</strong> dado ponto, ao longo da trajetória do chuveiro,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do seu <strong>de</strong>senvolvimento e não é proporcional ao tamanho do chuveiro local, como<br />
a luz <strong>em</strong>itida pelo nitrogênio. Porém, é necessário estimar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz Čerenkov<br />
a fim <strong>de</strong> subtrair sua contribuição do sinal observado.<br />
16