Indicação - Sintonia Saint Germain
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Retomar a um nível de consciência abaixo da mente, que é o nível pré-pensamento dos nossos ancestrais<br />
distantes e também dos animais e das plantas, não é uma opção válida para nós. Não há como retomar. Se a raça<br />
humana tiver de sobreviver, terá de passar para o estágio seguinte. A consciência está se desenvolvendo por<br />
todo o universo através de bilhões de formas. Portanto, mesmo se não conseguirmos, não terá a menor<br />
importância numa escala cósmica. Nunca se perde um avanço na consciência cósmica, ele simplesmente vai se<br />
expressar através de uma outra forma. Mas o simples fato de eu estar falando aqui e de você estar me ouvindo,<br />
ou lendo, é um sinal claro que uma nova consciência está ganhando espaço no planeta.<br />
Não há nada de pessoal nisso: não estou ensinando nada a você. Você está consciente e está prestando<br />
atenção. Há um ditado oriental que diz: “O mestre e o ensinamento juntos criam o ensino”. Em qualquer caso,<br />
as palavras em si não são importantes. Elas não são a Verdade, só apontam para ela. Falo num momento de<br />
presença e, enquanto falo, você pode querer se juntar a mim nesse estado. Embora cada palavra que eu<br />
empregue tenha uma história, e, é claro, venha do passado, assim como todas as línguas, as palavras deste<br />
momento são condutoras de uma alta freqüência de energia de presença, bem diferente do significado que elas<br />
transmitem como simples palavras.<br />
O silêncio é um condutor até mais potente de presença, portanto, quando você ler estas palavras ou me<br />
ouvir dizê-las, perceba o silêncio entre e sob as palavras. Perceba os espaços. Ouvir o silêncio, onde quer que<br />
você esteja, é um caminho fácil e direto de tornar-se presente. Mesmo quando há barulho, há sempre um pouco<br />
de silêncio sob e entre os sons. Ouvir o silêncio cria imediatamente uma serenidade dentro de nós. Só a<br />
serenidade dentro de nós percebe o silêncio lá fora. E o que é serenidade senão a presença, a consciência livre<br />
das formas de pensamento? Eis aqui a realização exata do que venho falando.<br />
Cristo: a realidade da sua divina presença<br />
Não se apegue a uma única palavra. Você pode substituir “Cristo” por presença, se achar mais<br />
significativo. Cristo é a essência de Deus dentro de nós ou o nosso Eu interior, como às vezes é chamado no<br />
Oriente. A única diferença entre Cristo e presença é que Cristo remete à nossa existência divina sem se importar<br />
se estamos ou não conscientes dela, ao passo que a presença significa a nossa divindade vigilante ou a essência<br />
de Deus.<br />
Se admitirmos que não há passado nem futuro em Cristo, poderemos esclarecer muitos mal-entendidos e<br />
falsas crenças sobre Ele. Dizer que Cristo foi ou será é uma contradição. Jesus foi. Foi um homem que viveu há<br />
dois mil anos e exerceu a sua divina presença, a sua verdadeira natureza. Suas palavras foram: “Antes que<br />
Abraão existisse, Eu sou”. Ele não disse: “Eu já existia antes de Abraão ter nascido”. Isso significaria que Ele<br />
ainda estaria dentro da dimensão do tempo e da identidade da forma. As palavras Eu sou utilizadas em uma<br />
frase que começa no tempo passado indicam uma mudança radical, uma descontinuidade na dimensão temporal.<br />
É uma afirmação, ao estilo zen, de grande profundidade. Jesus tentou transmitir diretamente, e não através de<br />
divagações, o significado de presença, de auto- realização. Ele foi além da dimensão da consciência governada<br />
pelo tempo e penetrou no domínio da eternidade. Foi assim que a dimensão de eternidade surgiu neste mundo.<br />
A eternidade não significa tempo sem fim, mas sim tempo nenhum. Assim, o homem Jesus se tornou o Cristo,<br />
um veículo de pura consciência. E qual é a própria definição de Deus na Bíblia? Será que Deus disse: “Eu fui e<br />
sempre serei?” Claro que não. Isso teria conferido realidade ao passado e ao futuro. Deus disse: “EU SOU O<br />
QUE SOU”. Aqui não existe o tempo, só a presença.<br />
A “segunda vinda” do Cristo é uma transformação da consciência humana, uma mudança do tempo para a<br />
presença, do pensamento para a consciência pura, e não a chegada de algum homem ou de alguma mulher. Se<br />
“Cristo” estivesse para chegar amanhã, revestido de alguma forma externa, o que ele ou ela poderia nos dizer<br />
além do seguinte: “Eu sou a Verdade. Eu sou a Divina Presença. Eu sou a Vida Eterna. Estou dentro de você.<br />
Estou aqui. Eu sou o Agora”.<br />
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