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Indicação - Sintonia Saint Germain

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ápida visão da realidade para a qual a palavra aponta? Ela não passa de um apego obsessivo a um letreiro no<br />

poste, um ídolo mental.<br />

O contrário também acontece. Se, por alguma razão, não gostamos da palavra mel, pode ser que jamais o<br />

experimentemos. Se você tem uma forte aversão à palavra Deus, o que é uma forma negativa de apego, pode<br />

estar negando não só a palavra como também a realidade para a qual ela aponta. Você estará se privando da<br />

possibilidade de vivenciar essa realidade. Tudo isso tem, naturalmente, uma relação direta com o fato de<br />

estarmos identificados com as nossas mentes.<br />

Portanto, se uma palavra não significa mais nada para você, jogue-a fora e use outra que signifique. Se<br />

você não gosta da palavra pecado, chame-a então de inconsciência ou insanidade. Essa atitude talvez lhe<br />

aproxime mais da verdade – a realidade que está além da palavra – do que um longo uso equivocado da palavra<br />

pecado, deixando pouco espaço para a culpa.<br />

Essas palavras também não me agradam. Elas pressupõem que existe alguma coisa errada comigo. É<br />

como se estivessem me julgando.<br />

Claro que existe alguma coisa errada com você e ninguém está julgando nada.<br />

Sem querer ofender, mas você não pertence à raça humana que matou mais de cem milhões de membros<br />

da própria espécie, somente no século vinte?<br />

Você quer dizer que existe culpa por associação?<br />

Não é uma questão de culpa. Mas, enquanto a mente nos governar, fazemos parte da insanidade coletiva.<br />

Talvez você não tenha olhado profundamente para dentro da condição humana sob o domínio da mente. Abra os<br />

olhos e veja o medo, o desespero, a inveja e a violência que penetra em tudo. Atente para a crueldade e o<br />

sofrimento abomináveis, em uma escala jamais imaginada, que os homens infligiram e continuam a infligir a<br />

outros homens, assim como a outras formas de vida. Você não precisa condenar, apenas observe. Isso é pecado.<br />

Isso é insanidade. Isso é inconsciência. Acima de tudo, não esqueça de observar a sua própria mente. Busque<br />

nela a raiz da insanidade.<br />

Encontre a sua realidade invisível e indestrutível<br />

Você disse que a identificação com a forma física faz parte da ilusão. Então como é que o corpo pode<br />

nos levar à realização do Ser?<br />

O corpo que podemos ver e tocar não consegue nos conduzir para dentro do Ser. Mas esse corpo visível e<br />

palpável é só uma casca, ou melhor, uma percepção limitada e distorcida de uma realidade mais profunda. Em<br />

nosso estado natural de conexão com o Ser, essa realidade mais profunda pode ser sentida, a cada momento,<br />

como o corpo interior invisível, que é a presença viva dentro de nós. Portanto “habitar o corpo” é sentir o corpo<br />

bem lá no fundo, de modo a sentir a vida dentro dele e, assim, realizar que somos algo mais além da forma<br />

exterior.<br />

Mas isso é só o começo de uma jornada interior, que nos levará ainda mais fundo para uma região de<br />

grande serenidade e paz, embora também de grande poder e de vida palpitante. No início, talvez você só consiga<br />

ter rápidas visões dessa região, mas, através delas, começará a perceber que você não é apenas um fragmento<br />

sem sentido em um universo estranho, levemente suspenso entre o nascimento e a morte, com poucos momentos<br />

prazerosos de curta duração seguidos de dor e, no final, de devastação. Por baixo da forma exterior, estamos em<br />

conexão com algo tão grande, tão incomensurável, tão sagrado, que não pode ser concebido, nem compreendido<br />

através de palavras, embora eu esteja falando sobre ele agora. Estou falando não para dar a você alguma coisa<br />

em que acreditar, mas para mostrar de que modo você pode conhecê-lo.<br />

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