Indicação - Sintonia Saint Germain
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Entretanto, você não pode escapar do corpo, nem tem de fazer isso. O corpo é uma percepção<br />
incrivelmente distorcida da nossa verdadeira natureza. Mas a nossa verdadeira natureza está disfarçada em<br />
algum lugar dentro dessa ilusão, não do lado de fora, portanto o corpo ainda é o único ponto de acesso a ela.<br />
Se você vê um anjo, mas o confunde com uma estátua de pedra, tudo o que você precisa fazer é adaptar a<br />
sua visão e olhar mais de perto para a “estátua de pedra”, e não olhar para outro lado. Você então percebe que<br />
aquilo nunca foi uma estátua de pedra.<br />
Se a crença na morte cria o corpo, por que um animal tem corpo? Um animal não tem um ego e não<br />
acredita na morte...<br />
Mas ele morre, ou parece que morre.<br />
Lembre-se de que a nossa percepção do mundo é um reflexo do nosso estado de consciência. Não<br />
estamos separados dele e não há um mundo objetivo fora dele. A cada momento, a nossa consciência cria o<br />
mundo em que habitamos. Um dos maiores insights que a física moderna teve foi o da unidade entre o<br />
observador e o observado: a pessoa que conduz a experiência – a consciência observadora – não pode ser<br />
separada dos fenômenos observados, e uma nova maneira de olhar leva os fenômenos observados a se<br />
comportarem de maneira diferente. Se você acredita na separação e na luta pela sobrevivência, vê essa crença<br />
refletida à sua volta e as suas percepções acabam sendo governadas pelo medo. Você vive num mundo de<br />
morte, lutas, uns atacando e matando os outros.<br />
Nada é o que parece ser. O mundo que você criou e vê através da mente pode parecer um lugar bem<br />
imperfeito, até mesmo um vale de lágrimas. Mas o que quer que você perceba é somente uma espécie de<br />
símbolo, como uma imagem em um sonho. É o jeito pelo qual a sua consciência interpreta e interage com a<br />
dança de energia molecular do universo. Essa energia é o material bruto da assim chamada realidade física.<br />
Você a vê em termos de corpos e de nascimento e morte, ou como uma luta pela sobrevivência. Existe um<br />
número infinito de interpretações diferentes, de mundos completamente diferentes, tudo dependendo do que a<br />
consciência percebe. Cada ser é um ponto focal da consciência e cada ponto focal cria o seu próprio mundo,<br />
embora todos esses mundos se interliguem. Existe um mundo humano, um mundo das formigas, um mundo dos<br />
golfinhos, etc. Existem incontáveis seres cuja freqüência de consciência é tão diferente da nossa que<br />
provavelmente não temos consciência da existência deles, assim como eles não têm da nossa. Seres altamente<br />
conscientes da ligação que mantêm com a Fonte habitam um mundo que para nós pareceria com um domínio<br />
celeste. Mas ainda assim todos os mundos são basicamente um só.<br />
No momento em que a consciência humana coletiva tiver se transformado, a natureza e o reino animal<br />
irão refletir essa transformação. Aqui está a afirmação da Bíblia de que no futuro “o leão vai se deitar ao lado da<br />
ovelha”. Isso aponta para a possibilidade de um ordenamento da realidade completamente diferente.<br />
O mundo tal qual se apresenta para nós é em grande parte um reflexo da mente. Sendo o medo uma<br />
conseqüência inevitável da ilusão criada pelo ego, é um mundo dominado pelo medo. Assim como as imagens<br />
em um sonho são símbolos dos estados interiores e dos sentimentos, assim a nossa realidade coletiva é uma<br />
expressão simbólica do medo e das pesadas camadas de negatividade até agora acumuladas na psique coletiva<br />
humana. Não estamos separados do nosso mundo, então, quando a maioria dos humanos se tornar livre da ilusão<br />
egóica, essa mudança interior vai afetar toda a criação. Vamos, literalmente, viver em um novo mundo. É uma<br />
mudança na consciência do planeta. O estranho ensinamento budista que toda árvore e toda folha de grama irão<br />
finalmente se tornar iluminadas aponta para a mesma verdade. De acordo com São Paulo, toda a criação está à<br />
espera de que os homens obtenham a iluminação. É assim que interpreto suas palavras: “A criação aguarda, com<br />
impaciência, a revelação dos filhos de Deus”. São Paulo diz que todo o universo vai se redimir através disso, ao<br />
escrever: “Sabemos, com efeito, que a criação inteira geme, ainda agora, com as dores do parto”.<br />
O que está nascendo é uma nova consciência e, como um reflexo inevitável, um novo mundo. Isso<br />
também está relatado no Livro das Revelações do Novo Testamento: “Vi, então, um novo Céu e uma nova<br />
Terra, porque o primeiro Céu e a primeira Terra desapareceram...”<br />
Mas não confunda causa e efeito. Nossa primeira tarefa não é buscar a salvação através da criação de um<br />
mundo melhor, mas sim despertar da nossa identificação com a forma. Não estamos mais presos a este mundo, a<br />
este nível de realidade. Podemos sentir nossas raízes no Não Manifesto e assim estamos livres do apego ao<br />
mundo manifesto. Ainda podemos desfrutar os prazeres passageiros deste mundo, mas não somos mais escravos<br />
dessas experiências, não estamos mais em busca de satisfação através de uma gratificação psicológica, através<br />
da alimentação do ego. Não temos mais medo de perder alguma coisa, portanto não precisamos nos apegar a<br />
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