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Indicação - Sintonia Saint Germain

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Nossa reação condicionada vai ser então involuntária, automática e previsível, alimentada por uma emoção<br />

básica que está por baixo do estado identificado com a mente, que é o medo.<br />

Portanto, quando surgirem os desafios, como sempre surgem, adote o hábito de penetrar direto em seu eu<br />

interior e se concentrar o máximo que puder no campo da energia interna do seu corpo. Não leva muito tempo,<br />

só uns segundos. Mas isso tem de ser feito no exato momento em que o desafio acontece. Qualquer demora vai<br />

permitir que a reação condicionada mental e emocional apareça e domine você. Quando dirigimos o foco para o<br />

campo interno e sentimos o corpo interior, imediatamente ficamos serenos e presentes, porque estamos tirando a<br />

consciência do campo da mente. Se precisarmos de uma resposta durante essa situação, ela virá desse campo<br />

interior. Assim como o sol é infinitamente mais brilhante do que a chama de uma vela, há uma inteligência<br />

infinitamente maior no Ser do que em nossa mente.<br />

Enquanto mantivermos um contato consciente com o nosso corpo interior, somos como as árvores que<br />

estão enraizadas bem fundo na terra, ou como um edifício com fundações sólidas e profundas. Essa última<br />

analogia foi utilizada por Jesus na geralmente incompreendida parábola dos dois homens que construíram suas<br />

casas. Um deles construiu a sua na areia, sem fundações, e quando as tempestades e enchentes vieram,<br />

arrastaram a casa com elas. O outro homem cavou fundo até que alcançou a rocha, e só então construiu sua casa,<br />

que não foi arrastada pelas enchentes.<br />

Antes de penetrar no seu corpo, perdoe<br />

Tive dificuldades quando tentei concentrar minha atenção no corpo interior. Senti uma certa agitação e<br />

um pouco de náusea. Não fui capaz de vivenciar o que você está ensinando.<br />

O que você sentiu foi uma emoção retardada, da qual provavelmente não tinha consciência antes de<br />

passar a observar seu corpo. Se não der um pouco de atenção a essa emoção, ela vai impedir que você tenha<br />

acesso ao seu corpo interior, que está em um nível mais profundo. Dar atenção não significa pensar nela.<br />

Significa, apenas, observá-la, senti-la complemente, conhecê-la e aceitá-la do jeito que é. Algumas emoções são<br />

fáceis de identificar, como a raiva, o medo e o desgosto. Outras talvez sejam mais difíceis de rotular. Elas<br />

podem se manifestar como um leve desconforto, uma aflição ou um peso, um meio-termo entre uma emoção e<br />

uma sensação física. Em qualquer dos casos, o que importa não é se você pode dar um rótulo mental a essas<br />

emoções, mas sim se você pode tornar essa sensação consciente. A atenção é a chave para a transformação, e<br />

isso também envolve aceitação. A atenção é como um raio de luz: o poder concentrado da consciência que<br />

transforma tudo nela própria.<br />

Em um organismo que funcione perfeitamente, uma emoção tem vida curta. É como uma onda ocasional<br />

sobre a superfície do Ser. No entanto, se não estamos dentro do nosso corpo, uma emoção pode permanecer<br />

dentro de nós por dias ou semanas, ou se juntar a outras emoções de freqüência similar, ou se tornar um<br />

sofrimento, um parasita que pode viver dentro de nós durante anos, alimentar-se de nossa energia, nos deixar<br />

doentes e tornar nossa vida miserável. (Ver capítulo dois).<br />

Portanto, dirija sua atenção para a emoção e verifique se a sua mente está alimentando um padrão de<br />

mágoa, culpa, autopiedade ou ressentimento, que, por sua vez, está alimentando a emoção. Se esse for o caso,<br />

significa que você não perdoou. Quando se fala em perdoar, pensamos logo em perdoar alguém, mas o perdão<br />

também pode ser em relação a nós mesmos ou a uma situação do passado, presente ou futuro que a nossa mente<br />

se recusa a aceitar. Pois é, pode haver um não-perdoar até em relação ao futuro. É a recusa da mente em aceitar<br />

a incerteza, em aceitar que o futuro está além do nosso controle. Perdoar é abrir mão dos nossos ressentimentos<br />

e deixar que eles se desprendam de nós. Isso acontecerá naturalmente quando você perceber que os seus<br />

ressentimentos não têm outro objetivo, exceto o de fortalecer o falso sentido do eu interior. Perdoar é não<br />

oferecer resistência à vida, é permitir que a vida aconteça através de você. As alternativas são as dores e os<br />

sofrimentos, um fluxo de energia altamente limitado, e, em muitos casos, doenças físicas.<br />

No momento em que você perdoar, terá retomado o poder que estava na mente. O falso eu interior<br />

construído pela mente, o ego, não consegue sobreviver sem discórdias e conflitos. A mente não consegue<br />

perdoar. Só você consegue. Você se torna presente, penetra em seu corpo, sente a paz vibrante e a serenidade<br />

que emanam do Ser. Essa é a razão pela qual Jesus disse: “Antes de entrar no templo, perdoe”.<br />

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