11.05.2013 Views

Indicação - Sintonia Saint Germain

Indicação - Sintonia Saint Germain

Indicação - Sintonia Saint Germain

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

possam se agravar e se desenvolver. Aprenda a expressar os seus sentimentos sem culpar ninguém. Aprenda a<br />

ouvir o parceiro de um modo aberto, sem reservas. Dê ao parceiro espaço para se expressar. Esteja presente.<br />

Acusar, defender, atacar – todos esses padrões destinados a fortalecer ou proteger o ego ou a atender às<br />

necessidades dele irão se tornar supérfluos. Dar espaço aos outros – e a si mesmo – é fundamental. O amor não<br />

consegue florescer sem isso. Quando você tiver removido os dois fatores que destroem os relacionamentos e o<br />

seu parceiro tiver feito o mesmo, vocês vão sentir a alegria do desabrochar do relacionamento. Em vez de<br />

refletir o sofrimento e a inconsciência, em vez de satisfazer as necessidades mútuas viciadas do ego, vocês vão<br />

refletir para o outro o amor que sentem lá no fundo, que surge com a realização da unidade de cada ser com tudo<br />

o que existe. Esse é o amor que não tem opositores.<br />

Se o seu parceiro continua identificado com a mente e com o sofrimento, mas você já se libertou deles,<br />

vai ser um grande desafio. Não para você, mas sim para ele. Não é fácil conviver com uma pessoa iluminada, ou<br />

melhor, é tão fácil que o ego acha extremamente ameaçador. Lembre-se de que o ego precisa de problemas,<br />

disputas e “inimigos” para fortalecer o sentido de separação de onde tira a sua identidade. A mente do parceiro<br />

não iluminado ficará profundamente frustrada porque não encontrará resistência às suas posições rígidas, o que<br />

significa que ela vai se tornar insegura e enfraquecida, além do “perigo” de essas posições desabarem todas<br />

juntas, resultando na perda do eu interior. O sofrimento do corpo pedirá uma resposta, mas não irá obtê-la. Sua<br />

necessidade de discussões, dramas e disputas não será atendida. Mas atenção: algumas pessoas que são<br />

fechadas, retraídas, insensíveis, ou distanciadas dos sentimentos podem imaginar que são iluminadas e tentar<br />

convencer os outros disso. Elas podem sustentar que não existe “nada errado” com elas e que o erro está no<br />

parceiro. Os homens têm mais tendência a agir assim do que as mulheres. Talvez vejam suas mulheres como<br />

irracionais ou emocionais. Mas, se você consegue sentir suas emoções, não está muito distante do radiante eu<br />

interior que está logo ali sob elas. Se você age mais com a cabeça, a distância é muito maior e você vai precisar<br />

colocar emoção no corpo antes de poder alcançar o corpo interior.<br />

Se não houver uma emanação de amor e de alegria, uma presença completa e uma abertura na direção de<br />

todos os seres, então não é iluminação. Outro fator indicativo é o modo da pessoa se comportar em situações<br />

difíceis ou desafiadoras, ou quando as “coisas vão mal”. Se a sua “iluminação” é uma ilusão egóica do eu<br />

interior, a vida logo vai lhe aprontar um desafio, que fará aflorar a inconsciência sob qualquer forma – medo,<br />

raiva, defesa, julgamento, depressão, etc. Se você estiver em um relacionamento, muitos desses desafios vão se<br />

manifestar através do seu parceiro. Por exemplo, uma mulher pode ser desafiada por um homem indiferente, que<br />

vive quase exclusivamente em seu próprio mundo. O desafio está na inabilidade dele em ouvi-Ia, em não dar a<br />

ela atenção e espaço para ser alguém, decorrente da falta de presença dele. A ausência de amor no<br />

relacionamento, que normalmente é mais percebida pela mulher do que pelo homem, vai desencadear o<br />

sofrimento na mulher. Através dele, ela vai atacar o parceiro: culpando-o, criticando-o, atribuindo-lhe o erro,<br />

etc. Agora, o desafio passou a ser dele. Para se defender contra a agressão desencadeada pelo sofrimento dela,<br />

que considera totalmente sem razão, ele vai se aferrar, cada vez mais, às suas posições mentais, enquanto se<br />

justifica, se defende ou contra-ataca. Isso, no fim, pode até mesmo vir a ativar o sofrimento dele. Quando as<br />

duas partes foram dominadas, é sinal que atingiram um nível de profunda inconsciência. Isso não vai ceder até<br />

que as duas partes tenham se abastecido de muito sofrimento e entrado então no estágio de calmaria. Até que<br />

tudo volte a acontecer.<br />

Cada desafio como o que descrevi acima contém uma oportunidade disfarçada para atingirmos a<br />

salvação. Por exemplo, a hostilidade da mulher pode se tornar um sinal para o homem sair do seu estado<br />

identificado com a mente, despertar no Agora, estar presente – em vez de ficar cada vez mais inconsciente. Em<br />

vez de “ser” o sofrimento, a mulher poderia ser o saber que observa o sofrimento emocional em si mesma,<br />

acessar o poder do Agora e iniciar a transformação do sofrimento. Isso iria evitar a projeção compulsiva e<br />

automática do sofrimento para o mundo exterior. Poderia expressar seus sentimentos para o seu parceiro.<br />

Naturalmente, não há uma garantia de que ele vá escutar, mas é uma boa oportunidade para ele se tornar<br />

presente e quebrar o ciclo doentio de uma representação involuntária de seus velhos padrões mentais. Se a<br />

mulher perder essa oportunidade, o homem poderá observar a sua própria reação emocional e mental ao<br />

sofrimento dela, a maneira como ele se coloca na defensiva, em vez de ser a reação. Poderá então identificar o<br />

momento em que começa o seu próprio sofrimento e trazer consciência às suas emoções. Assim, um espaço de<br />

consciência pura, claro e sereno, passaria existir – o saber, a testemunha silenciosa, o observador. Essa<br />

consciência não nega o sofrimento e, mais que isso, está além dele. Permite que o sofrimento aconteça, ao<br />

mesmo tempo que o transforma. Ela tudo aceita e tudo transforma. A mulher poderia facilmente se juntar a ele<br />

nesse espaço, através da porta que acabou de ser aberta.<br />

– 73 –

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!