Indicação - Sintonia Saint Germain
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Faça o que você tem de fazer. Enquanto isso, aceite o que é. Como mente e resistência significam a<br />
mesma coisa para nós, aceitar aquilo que acontece nos liberta na mesma hora do domínio da mente e restabelece<br />
a nossa conexão com o Ser. Como resultado, as costumeiras motivações do ego para “agir”, como o medo, a<br />
cobiça, o controle, a defesa ou a alimentação do falso sentido do ego, não vão mais funcionar. Uma inteligência<br />
muito maior do que a mente passa a dominar tudo e, com isso, uma diferente qualidade de consciência vai<br />
influenciar as nossas ações.<br />
“Aceite o que quer que venha para você nas tramas do destino, pois o que se ajustaria mais<br />
adequadamente às suas necessidades?” Isso foi escrito há dois mil anos por Marco Aurélio, um homem<br />
extraordinário que, além de poderoso, tinha uma grande sabedoria.<br />
Parece que a maioria das pessoas precisa vivenciar uma grande carga de sofrimento antes de abandonar a<br />
resistência e aceitar, isto é, antes de perdoar. Com o perdão, acontece o milagre do despertar da consciência do<br />
Ser, através do que aparenta ser o mal: a transformação do sofrimento em paz interior. Todo o mal e todo o<br />
sofrimento do mundo vão nos forçar a descobrir quem somos realmente. Assim, aquilo que, de uma perspectiva<br />
limitada, percebemos como o mal é, na verdade, parte de um bem maior que não tem opositores. Entretanto, isso<br />
só se torna uma verdade através do perdão. Sem ele, o mal permanece como mal.<br />
Através do perdão – que significa reconhecer a falta de consistência do passado e permitir que o momento<br />
presente seja como é –, acontece o milagre da transformação, não só no lado de dentro, mas também do lado de<br />
fora. Um espaço silencioso de uma presença intensa surge dentro de nós e à nossa volta. Quem quer e o que for<br />
que penetre no campo da consciência será afetado, algumas vezes de forma clara e imediata, outras em níveis<br />
mais profundos, com mudanças só notadas algum tempo depois. Você dissolve a discórdia, cura o sofrimento,<br />
desfaz a inconsciência, sem fazer nada, simplesmente sendo e sustentando essa freqüência de presença intensa.<br />
O fim dos dramas em sua vida<br />
Nesse estado de aceitação e paz interior, pode aparecer alguma coisa na vida para ser chamada de<br />
“má”, da perspectiva da consciência comum?<br />
Muitas das assim chamadas coisas más que nos acontecem na vida são devidas à inconsciência. Elas são<br />
criadas por nós, ou melhor, são criadas pelo ego. Refiro-me a isso, às vezes, como “drama”. Quando<br />
restabelecemos a conexão com o Ser e não deixamos mais a mente governar, paramos de criar essas coisas.<br />
Mas há muitas pessoas que se apaixonam pelos seus dramas particulares de vida. Identificam-se com suas<br />
histórias. O ego governa a vida delas. Investiram nele todo o sentido de eu interior. Até mesmo a busca de uma<br />
resposta, de uma solução, ou de uma cura se torna parte dele. O que mais temem é que seus dramas tenham um<br />
fim. Enquanto essas pessoas forem a mente, seu maior medo será o próprio despertar.<br />
Quando vivemos em uma completa aceitação do que é, todos os dramas da nossa vida chegam ao fim.<br />
Ninguém consegue ter a mais leve discussão conosco, não importa quanto tente. Não se pode discutir com<br />
alguém completamente consciente. Uma discussão implica uma identificação com a mente e uma determinada<br />
posição mental, tal como resistência e reação às posições da outra pessoa. O resultado é que as polaridades<br />
opostas ficam mutuamente energizadas. Esses são os mecanismos da inconsciência. Ainda podemos estabelecer<br />
o nosso ponto de vista de modo claro e firme, mas não haverá nenhuma força reagindo ao fundo, nenhuma<br />
defesa e nenhuma agressão. Assim, não se transformará em um drama. Quando estamos completamente<br />
conscientes, deixamos de estar em conflito. “Ninguém que esteja em unidade consigo mesmo consegue pensar<br />
em conflito”, diz o livro A Course in Miracles (Um curso em milagres). O livro se refere não só ao conflito com<br />
outras pessoas, mas, fundamentalmente, ao conflito dentro de nós, que deixa de existir quando não há mais<br />
nenhum desacordo entre as buscas e expectativas da nossa mente e aquilo que é.<br />
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