Letra Viva: práticas de leitura e escrita - TV Brasil
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centros culturais, fábricas, laboratórios, entre muitos outros que reúnem acervos diferenciados<br />
e encerram os saberes produzidos e acumulados pela humanida<strong>de</strong>.<br />
A título <strong>de</strong> ilustração, pensemos no quanto seria importante e enriquecedor, para uma turma<br />
<strong>de</strong> alunos que estivesse estudando a História do <strong>Brasil</strong> Colônia, e freqüentasse uma escola no<br />
município do Rio <strong>de</strong> Janeiro, ou em outro município relativamente próximo, fazer um passeio<br />
por certos logradouros do Centro do Rio <strong>de</strong> Janeiro, a fim <strong>de</strong> observar os prédios em seus<br />
diferentes estilos – o conjunto arquitetônico do Paço Imperial, do prédio da Santa Casa <strong>de</strong><br />
Misericórdia, das igrejas como Nossa Senhora <strong>de</strong> Bonsucesso e do Mosteiro <strong>de</strong> São Bento, do<br />
Arco do Teles – reveladores <strong>de</strong> todo um processo histórico, artístico e urbanístico. Lugares<br />
por meio dos quais é possível ler a história cultural, política, social, religiosa, <strong>de</strong> um tempo<br />
passado que se perpetua no presente.<br />
Assim, a História do <strong>Brasil</strong>, lida e ouvida pelos alunos em sala <strong>de</strong> aula, ganha o espaço da<br />
cida<strong>de</strong> em suas múltiplas linguagens, ensejando a <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> mundo aliada à <strong>leitura</strong> da palavra.<br />
Imaginemos uma outra situação. Uma professora, que havia contado a história da Galinha<br />
Ruiva 6 a seus alunos – história em que a galinha chama vários animais, um <strong>de</strong> cada vez, para<br />
plantar e colher o trigo, <strong>de</strong>bulhar a espiga, moer os grãos, cozer o pão. A cada pedido,<br />
nenhum <strong>de</strong>les quer ajudar, e ela prossegue sozinha, até o momento em que – pronto o pão –<br />
todos aparecem para comer (Lacerda, 2005, p. 126) –, conversa com eles sobre o narrado,<br />
ouve-os e provoca-os para o <strong>de</strong>bate. A partir <strong>de</strong>sse diálogo, a professora apresenta outra<br />
questão à turma: como homens e mulheres produzem seu próprio alimento? Os alunos<br />
manifestam-se dando exemplos, levantando hipóteses, lendo textos sobre a classificação dos<br />
alimentos, criando cardápios a partir do estudo sobre os diferentes tipos <strong>de</strong> alimentos. Por fim,<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m realizar uma pesquisa com profissionais que trabalham na padaria <strong>de</strong> seu bairro.<br />
Acompanhados e orientados pela professora, fazem uma visita a essa padaria para que possam<br />
realizar as entrevistas, bem como compreen<strong>de</strong>r e registrar como se produzem os diferentes<br />
gêneros alimentícios ali comercializados, como eles são acondicionados, qual é seu prazo <strong>de</strong><br />
valida<strong>de</strong>, como se dá a divisão das diferentes tarefas entre os empregados.<br />
LETRA VIVA: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA 52 .