Edição 34 - Memorial da América Latina
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La Teta Asusta<strong>da</strong>,<br />
<strong>da</strong> peruana Claudia Llosa,<br />
com as atrizes Susi Sánchez e<br />
Magali Solier, filme vencedor do<br />
último Festival de Berlim.<br />
A quarta edição do Festival de Cinema<br />
Latino-Americano deixa claro que o<br />
evento “pegou”. Sessões disputa<strong>da</strong>s têm<br />
sido comuns durante os dias do festival.<br />
São Paulo oferece uma <strong>da</strong>s programações<br />
de cinema mais diversifica<strong>da</strong>s do<br />
mundo. Pode parecer pretensioso, mas<br />
poucas têm tantas salas destina<strong>da</strong>s ao cinema<br />
“de arte” ou o não de Hollywood,<br />
e quanti<strong>da</strong>de de títulos vindos de tantos<br />
locais diferentes. Qualquer filme que<br />
consiga um destaque num dos principais<br />
festivais internacionais, como Cannes<br />
ou Berlim, mesmo que demorando<br />
um pouco, às vezes, termina estreando<br />
nos cinemas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.<br />
De alguns anos para cá, o cinema<br />
argentino começou a aparecer mais,<br />
criando até uma legião de fãs. Além <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong>de dos filmes, ajudou a criação de<br />
um Programa <strong>da</strong> Ancine (Agência Nacional<br />
de Cinema) que apoiava com um<br />
pequeno recurso os distribuidores independentes<br />
para o lançamento de filmes<br />
argentinos no Brasil. Simultaneamente<br />
o órgão argentino equivalente faria<br />
o mesmo por lá. Foram três anos com<br />
esse apoio e a presença desse cinema<br />
passou de um filme por ano para uma<br />
média de cinco ou seis. Infelizmente lá<br />
na Argentina não aconteceu o mesmo, e<br />
o Programa não foi descontinuado, os<br />
filmes continuam estreando por aqui,<br />
com público e atenção <strong>da</strong> mídia.<br />
O mesmo não acontece com os<br />
filmes dos demais países <strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>.<br />
São raras as produções mexicanas,<br />
chilenas ou colombianas que estréiam em<br />
nossas salas. E essas são as cinematografias<br />
mais expressivas em quanti<strong>da</strong>de de<br />
títulos. Dos demais países então é quase<br />
impossível lembrar a última vez que estreou<br />
um título <strong>da</strong> Bolívia, do Equador<br />
ou de outro dos países <strong>da</strong> região.<br />
O Festival vem preencher essa<br />
lacuna. E formar público. Com certeza<br />
o sucesso que alcança a ca<strong>da</strong> ano<br />
pode vir a aju<strong>da</strong>r para que mais desses<br />
títulos estréiem no país.<br />
Esse ano a programação enriqueceu-se.<br />
As diversas sessões foram programa<strong>da</strong>s<br />
para permitir o contato com