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injectado debaixo da pelle, altera-se logo nesse ponto,não passando
d'ahi nem por absorpção,nem porembebição ou diffusão
(como directamente provou Vulpian, e entre nós o Dr. C-uly
em trabalhos de collaboração com o Dr Lacerda), não po­
dendo portanto exercer acção chimica sobre o veneno que se
achar n'um ponto próximo, mesmo que não absorvido, que
ahi tenha chegado por simples embebição ou diffusão.
Onde não comprehendemos o nosso illustre experimen-
tador,é quando elle atlribue o desapparecimento de symptomas
geraes da intoxicação, ou melhor, as curas de casos em que
houve phenomenos patentes de absorpção geral do veneno, a
injecções hypodermicas de permanganato. Não comprehendemos
como depois de aflirmar que a garantia do successo está
tia applicação immediata do permanganato, que quando a injecção
é praticada tardiamente os sois effeitos antídotos não se
podem realizar; como depois de dizer que o permanganato
allera-se logo que é injectado debaixo da pelle, e não se
absorve; depois de leconbecer estes fados indiscutíveis,
venha nos apresentar casos de cura em que os individuos
soffreram a absorpção do veneno, aítribuindo taes curas a
injecções hypodermicas de permanganato !
Não seria mais natural que o Dr Lacerda dissesse que o
veneno se absorve lentamente e algumas vezes soffre como
(pie um enkistamento e que, portanto, sobre essa parle não
absorvida, pode acíuar o permanganato, sendo assim co-
he rente com sigo mesmo ?
Mas elle vai mais longe, e manda que, se as injecções hypodermicas
não bastarem ou se o medico,chegando farde,en­
contrar signaes de que o veneno já passou á torrente circulatória,
façam-se injecções intravenosas. Vejamos qual seja o