Download - Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais - USP
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Tr&tamnto especilc®<br />
— 86 —<br />
CAPITULO II<br />
§ I.—O que seja um antídoto um especifico.<br />
Para que as conclusões finaes d'esle capitulo sejam comprehendidas<br />
e não se prestem a interpretações <strong>de</strong> subterfúgio,<br />
faz-se mister que digamos com clareza quaes as signi<br />
ficações que em nosso enten<strong>de</strong>r têm as palavras — antidoto,<br />
antagonista, especifico, etc.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos antidoto toda a substancia que em contado<br />
com um veneno altera-o, tornando-o incapaz <strong>de</strong> produ<br />
zir effeitos tóxicos. Acção puramente chimica.<br />
Se estas duas substancias, veneno e antidoto, forem antecipadamente<br />
addicionadas uma á outra nas proporções convenientes,<br />
é obvio não dar-se envenenamento, porque em<br />
linguagem chimica rigorosa já não está ahi o primitivo corpo<br />
tóxico, embora a alteração tenha sido <strong>de</strong> simples passagem ao<br />
estado insoluvel. Quando o veneno porém já penetrou isolado<br />
no organismo, ainda o antidoto pô<strong>de</strong> impedir sua acção nos<br />
seguintes casos :Estando no tubo gastro-intestinal e ainda não<br />
absorvido ; em certas mucosas (vagina etc.) e também não<br />
absorvido; sob a pelle e nas mesmas condições, o que é já<br />
diflicil, visto a rapi<strong>de</strong>z com que as substancias passam<br />
por essa via á circulação geral, e estando um veneno<br />
no sangue elle vai ter immediatamente aos elementos <strong>de</strong><br />
elecção não <strong>de</strong>ixando ao antidoto (mesmo injectado no