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— 14 — completamente desprovidas de peçonha, a terceira raramente. perigosa, a quarta bastante e a quinta muitíssimo fatal em suas mordeduras. Para evitar prolixidade, apresentamos este quadro que faz bem conhecer a classificação a que nos referimos : faltando em um ou em outro maxillar Opoterodontes ) Í | Azemiophidios todos cheios e lisos Aglyphodontes ) existindo / dois n m S axil- L^OT^lmmVÍ^^-SP 1 ? 0 ^?^? 8 I Toxico P nidios lares " se col locados ( adiante Proteroglyphos ou ( Lse moveis!. Solenoglyphos ) Thanatophidios Os naturalistas allemães reúnem os Aglyphodontes e os Opistoglyphos em uma só sub-ordem a dos Colubriformes, o que apresenta o inconveniente de reunir serpentes completamente inoííensivas a outras cujas picadas são ás vezes fataes, tanto assim que elles, reconhecendo o defeito de tal classificação, subdividem os Colubriformes em C. aglyphos e C.opistoglygphos. Antes ficar, portanto, com Dumeril e Bibron. Estas cinco sub-ordens são subdivididas em muitas famílias, gêneros e espécies numerosíssimas, que, mencionar, seria tomar-nos um espaço enorme inutilmente. Fallemos apenas das duas ultimas sub-ordens que são as verdadeiramente perigosas. Aos Proteroglyphos, Dumeril e Bibron dividem em duas famílias: Conocercas (cauda conica), cujos principaes gêneros são os Elaps e os Najas, os quaes vivem nas regiões quentes do globo, no meio das pedras; Platycercas (cauda achatada), de que os principaes gêneros são os Platures e os Hydrophidios que vivem nos mares tropicaes. Os Soleno glyphos são também divididos em duas familias: Viperianos
— 15 — i Viperideos, que não têm depressão abaixo e atraz das rinas e cujos gêneros principaes são: Acanthophidios, iliadas, Viboras, Echidnéas, Cerastes, Echides, etc ; Cro- lianos, que têm, no bordo dos lábios e adiante dos olhos, pressões e fossetas cujo uso não é ainda bem conhecido; gêneros Crotal, Lachesis, Trigonocephalo, Leiolepido, )throps, Alrcpos, etc, são os principaes. Serpentes venenosas do Brazil.—Entre os Opistogly- íos encontramos a cobra-cipó — Coluber bicarinatus, Neuw., limpa-matto—Coluber ceuchria, Neuw , cujas mordeduras o quasi sempre sem máos accidentes. Entre os Proteroglytos temos a cobra-coral—Elaps corallinus. Infelizmente, nos denoglyphos contamos grande numero: urutu — Bothrops utú, Lacerda, a mais rara, porém a mais perigosa; jararaca )throps jararaca, extraordinariamente espalhado no Brazil; raracussú—Bothrops jararacussú, Lac. (B. atrox, Wagler); rucucú — Lachesis mutus—Daudin (Bothrops surucucu, r agler, Lachesis rombeata, Neuwied); surucutínga (que na igua indígena quer dizer surucucu branco), considerada :1o Dr. Lacerda como a fêmea do surucucu; cascavel— otalus horridus. Para maior detalhe destas espécies braziiras vejam-se os livros do Dr. Lacerda (1) e de E. Brehm (2). (1) Dr. J. B. de Lacerda— Leçons Sur \e venin des serpents du Brésil, Rio, 1884. ri) A. E. Brehm—Les reptiles et les batraciens, Paris, 1885.
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