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Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão

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115 FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCU- 116<br />

LARES EM UMA COORTE DE ADULTOS DA REGIÃO URBANA<br />

DE PORTO ALEGRE, RS<br />

RS Moraes, LB Moreira, G Pereira, M Wiehe, SC Fuchs, FD Fuchs<br />

Serviço <strong>de</strong> Cardiologia e Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmacologia Clínica, Hospital <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong><br />

Porto Alegre e Departamento <strong>de</strong> Medicina Social, UFRGS, Porto Alegre, RS<br />

Introdução: Os fatores <strong>de</strong> risco para doenças cardiovasculares foram <strong>de</strong>scritos em países <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Presume-se que atuem <strong>de</strong> forma similar em nosso meio, mas faltam estudos comprobatórios<br />

especificamente <strong>de</strong>senhados para este fim. O presente estudo visa i<strong>de</strong>ntificar fatores <strong>de</strong> risco para<br />

doença cardiovascular em uma coorte <strong>de</strong> adultos <strong>de</strong> Porto Alegre, RS.<br />

Métodos: Executou-se um estudo observacional, analítico, com <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> coorte e <strong>de</strong> base<br />

populacional. Entre 1990 e 1992, foram entrevistados no domicílio 1091 adultos, com 18 anos ou<br />

mais, para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> exposição ao álcool, fumo e outras características. Foram submetidos a<br />

avaliação antropométrica e tiveram a a pressão arterial aferida por duas vezes, sendo usada a média<br />

<strong>de</strong>stas nas análises. Entre 1996 e 1998 foram novamente visitados para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> ocorrências<br />

médicas e <strong>de</strong> óbitos caracterizados, quando possível, por dados hospitalares, entrevistas com familiares<br />

e certidões <strong>de</strong> óbito. Indivíduos com DCV na avaliação inicial foram excluídos das análises<br />

univariadas e multivariadas (Cox Proportional Mo<strong>de</strong>l), que i<strong>de</strong>ntificaram os fatores <strong>de</strong> risco para<br />

morbimortalida<strong>de</strong> cardiovascular. Os <strong>de</strong>sfechos <strong>de</strong> interesse foram aferidos a partir da informação<br />

do entrevistado. As DCV, fatais ou não, foram classificadas entre os itens I-00 a I-99 do CID-10,<br />

incluindo infarto do miocárdio, angina <strong>de</strong> peito, aci<strong>de</strong>nte vascular encefálico, episódio isquêmico<br />

transitório, insuficiência cardíaca.<br />

Resultados: O estado vital foi <strong>de</strong>terminado em 90,1% (n = 982) dos participantes. Após as exclusões<br />

a amostra analisada constitui-se <strong>de</strong> 857 indivíduos, seguidos em média por 6,0 ± 1,7 anos. A<br />

tabela apresenta o RR (IC 95%) dos principais fatores <strong>de</strong> risco aferidos na amostra. Para cada 10<br />

mm <strong>de</strong> Hg <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> pressão sistólica, por exemplo, há um aumento aproximado <strong>de</strong> 40% no<br />

risco <strong>de</strong> eventos cardiovasculares (RR = 1,42, IC 95% = 1,22 a 1,80).<br />

Fator <strong>de</strong> risco RR* (IC 95%) P RR**(IC 95%) P<br />

Gênero masculino 1,38 (0,65 a 2,94) 0,407 1,50 (0,63 a 3,57) 0,36<br />

Pressão diastólica (mmHg) 1,02 (1,00 a 1,04) 0,046 0,97 (0,94 a 1,00) 0,12<br />

Pressão sistólica 1,02 (1,01 a 1,03) < 0,001 1,04 (1,02 a 1,06 0,001<br />

Fumo prévio ou atual (mmHg) 1,41 (0,66 a 3,03) 0,379 1,29 (0,55a 3,04) 0,56<br />

Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (kg/m2 ) 1,08 (1,01 a 1,15) 0,024 1,07 (1,01 a 1,15) 0,034<br />

N=857; *RR ajustado para a ida<strong>de</strong>; **RR ajustado para ida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mais variáveis da tabela<br />

Conclusões: Confirmou-se a importância <strong>de</strong> alguns fatores <strong>de</strong> risco tradicionais em uma população<br />

brasileira, com <strong>de</strong>staque para pressão sistólica e índice <strong>de</strong> massa corporal. A pressão diastólica não<br />

se associou com a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventos cardiovasculares após controle <strong>de</strong> vieses <strong>de</strong> confusão,<br />

<strong>de</strong>monstrando a supremacia da sistólica na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> risco cardiovascular.<br />

117 HIPERTENSÃO ARTERIAL E DOENÇA ARTERIAL CO- 118<br />

RONARIANA (DAC)- SUA INCIDÊNCIA NOS DIVERSOS GRUPOS<br />

ETÁRIOS, E SUA RELAÇÃO COM OUTROS FATORES DE RISCO<br />

Arbache CA, Cavalcanti DO, Sanchez WG, Vassallo FS, Silva NC, Santos RMP,<br />

Magalhães HP, Egito EST, Piegas LS, Souza LCB, Jatene AD<br />

Hospital do Coração da Associação Do Sanatório Sírio - SP<br />

Objetivo: Estudar o percentil <strong>de</strong> hipertensão em pacientes com reconhecida DAC, em diferentes<br />

ida<strong>de</strong>s.<br />

Material e Métodos: Entre janeiro <strong>de</strong> 1996 a janeiro <strong>de</strong> 2001, 3068 pacientes(p) foram submetidos<br />

a revascularização do miocárdio, procedimento puro, e foram subdivididos em 4 grupos <strong>de</strong> faixa<br />

etária: GRUPO I; ida<strong>de</strong> abaixo <strong>de</strong> 40 anos, GRUPO II; entre 41 até 60 anos, GRUPO III; entre 61 até<br />

80 anos, e GRUPO IV; acima <strong>de</strong> 81 anos. Analisamos a incidência global <strong>de</strong> hipertensão e sua<br />

distribuição etária.<br />

Resultados: A taxa global foi <strong>de</strong> 63,3%, (1.942 p). No grupo I a taxa foi <strong>de</strong> 37% (28 p), grupo II foi<br />

<strong>de</strong> 74,7% (751 p), grupo III 65% (1.123 p), grupo IV 74,7% (35 p). No grupo I prepon<strong>de</strong>rou como<br />

fator <strong>de</strong> risco mutável o tabagismo. No grupo II prepon<strong>de</strong>rou a hipertensão, seguida <strong>de</strong> dislipemia ,e<br />

diabetes mellitus, o grupo III e IV teve comportamento semelhante.<br />

Conclusões: 1-Neste grupo a hipertensão incidiu com significância estatística acima da taxa populacional<br />

habitual.2- A hipertensão teve aumento significante e linear com a ida<strong>de</strong>. 3- A hipertensão<br />

submete ao risco <strong>de</strong> DAC, com o aumento da ida<strong>de</strong>, mais que outros fatores <strong>de</strong> risco(dislipemia,<br />

diabetes mellitus e tabagismo).<br />

Sem título-32 37<br />

26/06/03, 15:12<br />

37<br />

<strong>Posters</strong><br />

O EFEITO E A HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO<br />

E A MEDIDA DE PRESSÃO DE CONSULTÓRIO REALIZADA PELO<br />

PACIENTE, ENFERMEIRA, MÉDICO E MEDIDA DE ROTINA<br />

VF Souza, GMP Mano, AMG Pierin, JC Lima, K Ortega, EC Ignês, HE Salomão, JL<br />

Nishiura, CA Segre, D Mion Jr.<br />

Liga <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong> Arterial, HC FM USP – Escola <strong>de</strong> Enfermagem USP. São Paulo - SP<br />

Introdução: A medida da pressão arterial sofre influência do observador e do ambiente <strong>de</strong> consultório<br />

po<strong>de</strong>ndo, apresentar valores mais elevados do que a medida resi<strong>de</strong>ncial (MRPA) ou pela monitorização<br />

ambulatorial (MAPA), caracterizando o efeito ou hipertensão do avental branco. Portanto,<br />

o presente estudo tem como objetivos: a) i<strong>de</strong>ntificar a prevalência da hipertensão e efeito do avental<br />

branco em relação à medida realizada pelo paciente, enfermeira, médico e medida <strong>de</strong> rotina; b)<br />

i<strong>de</strong>ntificar as variáveis que interferem na hipertensão e efeito do avental branco; e c) comparar as<br />

medidas da pressão arterial realizadas no consultório pelo paciente, médico, enfermeira e <strong>de</strong> rotina,<br />

com a MAPA e MRPA.<br />

Métodos: Foram estudados 413 pacientes (52 + 13 anos, 72% mulheres, 62% brancos, 53% com 1 0<br />

grau, 50% com renda salarial até 5 salários mínimos, 52% com até 10 anos <strong>de</strong> hipertensão, 37% com<br />

droga anti-hipertensiva e os <strong>de</strong>mais placebo). A pressão foi medida nas seguintes condições: a) no<br />

consultório em or<strong>de</strong>m aleatória pelo médico, enfermeira ou paciente sozinho na sala, 3 vezes com<br />

aparelho automático oscilométrico (DIXTAL DX 720), paciente na posição sentada após 5 min <strong>de</strong><br />

repouso, precedida da medida <strong>de</strong> rotina (pelo menos 5 medidas ou até que a diferença entre as duas<br />

últimas fosse <strong>de</strong> 5 mmHg); b) em casa com aparelho automático (OMRON 705 CP), 3 vezes consecutivas,<br />

na posição sentada e após 5 min <strong>de</strong> repouso, em diferentes períodos (manhã, tar<strong>de</strong> e noite)<br />

e em sete dias consecutivos; e c) MAPA com aparelho oscilométrico (Spacelabs 90207), medidas a<br />

cada 10 min durante o dia e 15 min durante a noite e manguito <strong>de</strong> tamanho a<strong>de</strong>quado ao braço do<br />

paciente colocado no membro superior não dominante.<br />

Resultados: 1) Não houve diferença significativa (p < 0,05) na prevalência da hipertensão do avental<br />

branco ou do efeito consi<strong>de</strong>rando a medida <strong>de</strong> consultório pela enfermeira (20% e 37%), médico<br />

(24% e 41%), com o paciente sozinho na sala (21% e 38%) ou medida <strong>de</strong> rotina (23% e 35%),<br />

respectivamente. 2) A hipertensão do avental branco foi influenciada pelo sexo (mais prevalente nas<br />

mulheres, p < 0,05), ida<strong>de</strong> (similar aos normotensos e menor que os hipertensos, p < 0,05) e tempo<br />

<strong>de</strong> conhecimento da doença (menor prevalência para até um ano <strong>de</strong> conhecimento, p < 0,05). 3) O<br />

efeito do avental branco se associou (p < 0,05) com etnia (maior nos não brancos), escolarida<strong>de</strong><br />

(menor em pessoas com nível superior) e renda salarial. 4) MAPA e MRPA foram similares para a<br />

pressão sistólica, e diastólica da MRPA foi significativamente menor (p < 0,05). As medidas realizadas<br />

pela enfermeira, paciente e <strong>de</strong> rotina foram muito próximas, porém as medidas realizadas pelo<br />

médico foram superiores (p < 0,05) às realizadas pelos outros observadores, medida <strong>de</strong> rotina, MAPA<br />

e MRPA. A pressão diastólica <strong>de</strong> rotina foi inclusive similar à da MAPA.<br />

Conclusão A hipertensão e efeito do avental branco apresentaram prevalência semelhante às da<br />

literatura e foi in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do observador que realizou a medida <strong>de</strong> consultório.<br />

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO DESENCADEADO<br />

POR CRISES DE FEOCROMOCITOMA, RELATO DE UM CASO<br />

JN Praxe<strong>de</strong>s, JL Santello, EMV Macedo, AM OLiveira, LRM Carvalho, CB Dias, FM Sá<br />

Serviço <strong>de</strong> Nefrologia do Hospital das Clínicas da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, SP<br />

Feocromocitoma é uma doenças caracterizada pelo hipertensão paroxística ou mantida <strong>de</strong>vida a um<br />

tumor localizado em uma ou ambas as adrenais ou em qualquer lugar ao longo da ca<strong>de</strong>ia simpática,<br />

e raramente em locais aberrantes como tórax, bexiga e cérebro.<br />

Os autores tem como objetivo relatar um caso que apresentou como particularida<strong>de</strong> infarto agudo do<br />

miocárdio (IAM) com artérias coronárias normais em pacientes do sexo feminino, <strong>de</strong> 41 anos. Paciente<br />

com história <strong>de</strong> hipertensão arterial sistêmica há 9 anos, em uso irregular <strong>de</strong> captopril, e<br />

vários atendimentos em pronto socorro por crises hipertensivas. Tinha diagnóstico <strong>de</strong> diabete melito<br />

tipo 2 há dois anos e fazia uso <strong>de</strong> metformina. Há 4 meses da internação apresentava episódios<br />

recorrentes <strong>de</strong> sudorese profusa, cefaléia, palpitação, associado a níveis elevados <strong>de</strong> pressão arterial.<br />

Há 15 dias da admissão apresentou dor precordial típica, sudorese e hipotensão. Os níveis<br />

plasmáticos das enzimas cardíacas encontravam-se elevados e o eletrocardiograma mostrou supra<strong>de</strong>snivelamento<br />

<strong>de</strong> V1 à V4. A paciente foi submetida a coronariografia que evi<strong>de</strong>nciou ausência <strong>de</strong><br />

lesão obstrutiva e ventrículo esquerdo com hipocinesia apical. Como a paciente não apresentava<br />

fatores <strong>de</strong> risco para ateromatose, foi suspeitado <strong>de</strong> IAM por liberação <strong>de</strong> catecolaminas. Na investigação,<br />

tomografia computadorizada e ressonância magnética <strong>de</strong> abdome evi<strong>de</strong>nciaram lesão sólida<br />

<strong>de</strong> 6,5 x 9,0 x 4,5 cm na adrenal direita <strong>de</strong> contornos regulares com presença <strong>de</strong> áreas hemorrágicas.<br />

Cintilografia <strong>de</strong> corpo inteiro com metaiodobenzilguanidina (MIBG) I-131, observou acúmulo<br />

anômalo focal do radioindicador em projeção da adrenal direita em grau acentuado. As dosagens <strong>de</strong><br />

catecolaminas séricas foram: norepinefrina (NE) = 1,737 pg/ml (VR: 40-268 pg/ml); epinefrina (E)<br />

= 517 pg/ml (VR: 0-75 pg/ml); dopamina (D): in<strong>de</strong>tectável (VR: 0-83 pg/ml); catecolaminas urinárias:<br />

NE = 297 mgc/urina 24h (VR: 14-80 mgc/urina 24h); E = 196 mgc/urina 24h (VR - 0,5-20<br />

mgc/urina 24h; dopamina = 77 mgc/urina 24h (VR - 65-400 mgc/urina 24h); metanefrina = 2,4 mg/<br />

volume 24h (VR: 0,3-0,9 mg/volume 24h); ácido vanil mandélico = 56,6 mg/urina 24h (VR: até 12<br />

mg/urina 24h), e testes <strong>de</strong> clonidina (pré- (NE = 2,607 pg/ml, E = 740 pg/ml, D = in<strong>de</strong>tectável) e<br />

pós-(NE = 2,617, E = 738, D = in<strong>de</strong>tectável)) e metoclopramida (pré-(NE = 2,450 pg/ml, E = 517<br />

pg/ml, D = in<strong>de</strong>tectável) e pós (NE = 3,196 pg/ml, E = 1,334 pg/ml, D = 370 pg/ml)); confirmaram<br />

o diagnóstico. Realizado adrenalectomia direita, a paciente evoluiu assintomática, sem uso <strong>de</strong> medicação<br />

hipotensora ou hipoglicemiante oral.<br />

Conclusão: O diagnóstico <strong>de</strong> feocromocitoma <strong>de</strong>ve ser suspeitado nos casos <strong>de</strong> hipertensão arterial<br />

paroxística e infarto agudo do miocárdio sem sinais <strong>de</strong> obstrução coronariana.

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