16.05.2013 Views

Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão

Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão

Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

171 EFEITOS DO ORLISTAT SOBRE OS LÍPIDES PLASMÁTI-<br />

COS EM PACIENTES PORTADORES DE HIPERTRIGLICERIDEMIA<br />

VS Nunes, EC Faria, MQTS Neves, SK Alarcon, ER Nakandakare, LM Harada, DB<br />

Kaplan, MR Danelo, ECR Quintão<br />

Laboratório <strong>de</strong> Lípi<strong>de</strong>s (L1M10) da Disciplina <strong>de</strong> Endocrinologia do HC-FMUSP e<br />

Departamento <strong>de</strong> Patologia Clínica FCM-UNICAMP<br />

Avaliamos os efeitos do inibidor da lipase pancreática, Orlistat, sobre o perfil lipídico em hipertrigliceridêmicos,<br />

não diabéticos, mantidos em dieta pobre em gordura. Dezoito pacientes, 10 F e 8 M,<br />

com trigliceri<strong>de</strong>mia (TG) <strong>de</strong> 416 ± 142 mg/dL e colesterolemia (Col) <strong>de</strong> 215 ± 49 mg/dL receberam<br />

Orlistat 120 mg, 3 vezes/dia, por 12 semanas seguido <strong>de</strong> placebo pelo mesmo período <strong>de</strong> tempo. Os<br />

lípi<strong>de</strong>s e as lipoproteínas foram medidos por métodos enzimático-colorimétricos no início e ao final<br />

dos dois períodos <strong>de</strong> tratamento. Os dados foram analisados pelos testes <strong>de</strong> Wilcoxon e Sperman. A<br />

redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2,5% do peso após Orlistat foi altamente significativa (80 ± 16 x 78 ± 16 Kg) e<br />

mantida no período placebo (78 ± 16). A trigliceri<strong>de</strong>mia sofreu redução significativa <strong>de</strong> 20% com<br />

Orlistat que foi mantida no período placebo (416 ± 141 x 331 ± 191 x 323 ± 190 mg/dL). A colesterolemia<br />

e LDL-C apresentaram discreta redução com a droga, porém não atingiram significância<br />

inferior à 0,05. Não houve alteraçâo na concentração <strong>de</strong> HDL-c com tratamento.<br />

Concluímos que o Orlistat, reduzindo a absorção <strong>de</strong> gordura alimentar, provocou importante redução<br />

do TG e com isto promoveu uma maior eficiência da dieta hipogordurosa, apesar da redução do<br />

peso ter sido discreta.<br />

51<br />

172<br />

173 A PRESSÃO ARTERIAL EM FUNCIONÁRIOS DO HOS- 174<br />

PITAL REGIONAL DO NORTE DO PARANÁ: ASSOCIAÇÃO COM<br />

VARIÁVEIS BIOPSICOSSOCIAIS, HÁBITOS DE VIDA E CONHE-<br />

CIMENTO SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL<br />

BR Cor<strong>de</strong>iro, AMG Pierin, D Mion Jr.<br />

Escola <strong>de</strong> Enfermagem USP. São Paulo - SP<br />

Introdução: A <strong>Hipertensão</strong> arterial é uma doença com alta prevalência atingindo cerca <strong>de</strong> 15% a<br />

20% os adultos e influencia o perfil <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> cardiovascular. Os objetivos <strong>de</strong>ste<br />

estudo foram: caracterizar o nível da pressão arterial <strong>de</strong> funcionários do Hospital Universitário Regional<br />

do Norte do Paraná – Londrina e associar com variáveis estruturais, psicossociais, hábitos <strong>de</strong><br />

vida e o conhecimento sobre hipertensão arterial.<br />

Método: A amostra foi formada por 356 funcionários (41 ± 8 anos, 65% mulheres, 76% brancos,<br />

40% com segundo grau e 26% com nível superior, 74% com mais <strong>de</strong> 5 salários mínimos, 74% com<br />

companheiro, 64% com função manual não especializada ou semi-especializada, Índice <strong>de</strong> massa<br />

corporal = 26 ± 4, 17% fumantes, 23% referiram ingestão <strong>de</strong> bebida alcoólica e 30% realizar ativida<strong>de</strong><br />

física). A pressão arterial foi medida com aparelho semi automático (OMRON 705) na posição<br />

sentada, após 5 min <strong>de</strong> repouso, com manguito a<strong>de</strong>quado à circunferência do braço.<br />

Resultados: A prevalência da hipertensão arterial foi <strong>de</strong> 20%. A análise univariada mostrou que as<br />

variáveis como sexo masculino, ida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 50 anos, função <strong>de</strong> escritório e manual não especializada,<br />

pertencer à diretoria clínica, baixa escolarida<strong>de</strong>, ser responsável pelo sustento da família,<br />

ingestão <strong>de</strong> bebida alcoólica, consumo freqüente <strong>de</strong> carnes e peso elevado se associaram significativamente<br />

(p < 0,05) com elevação da pressão arterial. A análise multivariada mostrou que o sexo,<br />

ocupação, consumo <strong>de</strong> carnes e a obesida<strong>de</strong> confirmaram a elevação significativa da pressão arterial.<br />

Mais <strong>de</strong> 90% dos funcionários tinham conhecimento sobre o que é a hipertensão arterial e tratamento<br />

não farmacológico. A maioria apresentou médio estado e traço <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> (77% e 87%,<br />

respectivamente).<br />

Conclusão: O presente estudo mostrou que funcionários <strong>de</strong> um hospital apresentam prevalência <strong>de</strong><br />

hipertensão semelhante à <strong>de</strong> outras populações e que a pressão arterial foi influenciada por variáveis<br />

biossociais e hábitos <strong>de</strong> vida.<br />

Sem título-32 51<br />

26/06/03, 15:13<br />

<strong>Posters</strong><br />

HIPERALDOSTERONISMO IDIOPÁTICO COM DIAG-<br />

NÓSTICO TARDIO E EXCELENTE RESPOSTA À ESPIRONOLAC-<br />

TONA<br />

JV Oliveira, PR Guimarães, JB Ferreira, LAS Câmara, MM Abi-Ackel, MAA Reis.<br />

Hospital Socor – Belo Horizonte – MG<br />

Introdução: O hiperaldosteronismo primário produz uma síndrome constituída por hipertensão arterial<br />

sistêmica(HAS), supressão da ativida<strong>de</strong> plasmática <strong>de</strong> renina(APR), retenção <strong>de</strong> sódio e aumento da secreção<br />

tubular <strong>de</strong> potássio, o que provoca habitualmente hipocalemia. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cura e ou uma abordagem medicamentosa<br />

mais racional, associada a uma relativa baixa prevalência e às manifestações clínicas inespecíficas<br />

tornam o seu diagnóstico um <strong>de</strong>safio para todos os clínicos que lidam com pacientes hipertensos.<br />

Relato <strong>de</strong> Caso: ALAA, 61 anos, sexo feminino, leucodérmica, encaminhada com história <strong>de</strong> HAS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 23 anos<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Relatava que já havia usado vários antihipertensivos e não conseguia precisar há quanto tempo tinha HAS<br />

<strong>de</strong> difícil controle, com história <strong>de</strong> cifras <strong>de</strong> até 300/150 mmHg e 02 episódios <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma agudo <strong>de</strong> pulmão no<br />

último ano, associados a crise hipertensiva. Estava usando nifedipina retard 20 mg BID, losartan 50 mg MID,<br />

atenolol 50 mg, BID, hidroclorotizida 50 mg/amilorida 5 mg MID. Queixava tosse produtiva com expectoração<br />

clara há 04 dias, dispnéia e sibilos principalmente à noite. Dieta habitual hipossódica. Sem outro passado mórbido<br />

relevante. Peso: 62 kg, Altura: 1,50 m, IMC: 28. Ectoscopia: paciente obesa e sem outras alterações significativas<br />

à ectoscopia. ACV: Pulsos periféricos normais, BNR B2 hiperfonética, SSE pico precoce BEEM, PA 210/105 mm<br />

Hg(ambos membros superiores – manguito padrão), FC 60bpm. AR: Eupneica, FR 15 ipm, discretos sibilos basais.<br />

Abdome:NDN. Exames complementares: Hemograma: nada digno <strong>de</strong> nota (NDN); uréia: 45 mg%; creatinina: 0,9<br />

mg%; ácido úrico: 4,9 mg%; glicemia: 101 mg%; sódio sérico: 143 mEq/l; potássio sérico: 2,5 mEq/l; exame <strong>de</strong><br />

urina rotina: NDN; gasometria arterial: pH: 7,520; pCO 2 : 47,7 mmHg; pO 2 : 56 mm Hg; Bic: 36,6 mEq/l; BE:<br />

+12,2; SaO 2 : 90,6%. ECG: Ritmo sinusal- alterações difusas repolarização ventricular. Ecocardiograma: Ventrículo<br />

esquerdo com aumento mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> seus diâmetros e hipertrofia mo<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> suas pare<strong>de</strong>s. Função sistólica<br />

diminuída em grau mo<strong>de</strong>rado. Paciente foi internada. Suspen<strong>de</strong>mos betabloqueador, diurético e losartan. Iniciamos<br />

amlodipina, prazosin e suplemento oral <strong>de</strong> potássio. Recebeu alta 07 dias após, com PA 160/100mmHg,<br />

assintomática, sem suplementação oral <strong>de</strong> potássio, com reinternação programada para 03 semanas. Potássio sérico<br />

à alta: 3,2 mEq/l. Medicamentos à alta: amlodipina 10mg MID, prazosin slow-release(SR) 2mg TID. Reinternouse<br />

após 28 dias com PA 130/90 mmHg e com queixas <strong>de</strong> palpitações taquicárdicas e fugazes. Estava orientada a<br />

ingerir dieta livre em sódio. Sódio urinário 24 h: 142 mEq. Potássio urinário 24 h: 30,6 mEq; Potássio sérico:<br />

2,6mEq/l; sódio sérico: 138 mEq/l. Após 8h <strong>de</strong> jejum foram obtidos os seguintes exames em repouso e 2h após<br />

<strong>de</strong>ambulação: aldosterona sérica repouso: 14 ng%; aldosterona sérica 2h após <strong>de</strong>ambulação: 40,2 ng%; cortisol<br />

sérico repouso: 10,9 mcg%; cortisol sérico 2h após <strong>de</strong>ambulação: 5,7 mcg%; APR em repouso: 0,7 ng/ml/h; APR<br />

2h após <strong>de</strong>ambulação: 0,6 ng/ml/h; Relação aldosterona sérica/APR em repouso: 20; Relação aldosterona sérica/<br />

APR 2 h após <strong>de</strong>ambulação: 67. Tomografia <strong>de</strong> abdome: NDN. Suspen<strong>de</strong>mos prazosin e amlodipina e iniciamos<br />

espironolactona 200mg/dia e verapamil <strong>de</strong> ação prolongada 180 mg/dia. Após retornar em 30 dias a paciente<br />

encontrava-se assintomática, PA 130/80 mmHg; Potássio sérico: 5 mEq/l; creatinina 1mg%. Após 01 ano <strong>de</strong> controle<br />

clínico, a paciente continuava assintomática, PA 120/80 mmHg, uréia: 32 mg%; creatinina 1 mg%; potássio<br />

sérico: 4,8 mEq/l; APR: 3,7 ng/ml/h; aldosterona em urina 24 h: 31 mcg/24h. Medicamentos em uso: espironolactona<br />

50mg BID e verapamil <strong>de</strong> ação prolongada 180 mg MID.<br />

Conclusão: O hiperaldosteronismo primário é uma causa importante <strong>de</strong> hipertensão endócrina. Apresentamos um<br />

caso <strong>de</strong> hiperaldosteronismo primário cuja prova funcional e tomografia <strong>de</strong> abdome sugerem hiperaldosteronismo<br />

idiopático. Ressaltamos o grave comprometimento cardiovascular ocasionado pela HAS, o potássio sérico baixo<br />

que nos alertou para a possibilida<strong>de</strong> da pesquisa diagnóstica e a excelente resposta ao tratamento com espironolactona.<br />

Em todo paciente com HAS grave <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguma causa <strong>de</strong> HAS secundária.<br />

O potássio sérico baixo ou a relação aldosterona sérica/APR maior que 30, 2h após <strong>de</strong>ambulação são exames <strong>de</strong><br />

fáceis obtenção em pacientes hipertensos, mesmo em uso da maioria das drogas antihipertensivas, e extremamente<br />

úteis na pesquisa diagnóstica <strong>de</strong> hipertensão mineralocorticói<strong>de</strong>.<br />

VALIDAÇÃO DO APARELHO DE MEDIDA DE PRESSÃO<br />

ARTERIAL DIXTAL DX2710<br />

GMP Mano, VF Souza, AMG Pierin, JC Lima, K Ortega, EC Ignês, HE Salomão, JL<br />

Nishiura, CA Segre, D Mion Jr.<br />

Liga <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong> Arterial, HC FM USP – Escola <strong>de</strong> Enfermagem USP. São Paulo SP<br />

Introdução: Existe uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aparelhos automáticos <strong>de</strong> medida da pressão arterial no<br />

mercado, porém, para que possam ser utilizados com a <strong>de</strong>vida acurácia <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r às normas<br />

estabelecidas por entida<strong>de</strong>s internacionais como a Britsh Hypertension Society (BHS) e Association<br />

for the Advancement of Medical Instrumentation (AAMI). Para tanto, o objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi<br />

avaliar o aparelho automático tipo oscilométrico – Dixtal DX2710 utilizado na Liga <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong><br />

do Hospital das Clínicas da FM USP <strong>de</strong> acordo com o protocolo da BHS e AAMI.<br />

Método: Foram realizadas 3 medidas consecutivas em 93 pacientes (53 mulheres, nas faixa etárias<br />

15 a 30 anos-21, 30 a 45-21, 45 a 60-27 e 60 a 90 25) com intervalo <strong>de</strong> 2 min, em ambiente isolado,<br />

<strong>de</strong> forma aleatória por dois observadores <strong>de</strong>vidamente treinados para medir a pressão, com aparelho<br />

<strong>de</strong> coluna <strong>de</strong> mercúrio conectado em via Y com o aparelho automático. Para avaliar a acurácia a<br />

classificação do aparelho foi feita <strong>de</strong> acordo com as normas da BHS e AAMI consi<strong>de</strong>rando as diferenças<br />

entre a coluna <strong>de</strong> mercúrio e o aparelho automático.<br />

Resultados: As médias das pressões arteriais obtidas pelos observadores foram 148 ± 38/93 ± 25<br />

mm Hg e do aparelho 148 ± 37/89 ± 26 mmHg. Consi<strong>de</strong>rando as diferenças entre as medidas do<br />

observador e aparelho automático, <strong>de</strong> acordo com critérios da BHS, obteve-se classificação “A”<br />

para a pressão sistólica (69% das diferenças < 5, 90% < 10 e 97% < 15 mmHg) e “B” para a pressão<br />

diastólica (63% das diferenças < 5, 83% < 10 e 93% < 15 mmHg) O <strong>de</strong>svio padrão das diferenças foi<br />

4,13 mm Hg para a sistólica e 4,87 mmHg para a diastólica , portanto, <strong>de</strong>ntro do exigido pela AAMI<br />

(< 8 mm Hg).<br />

Conclusão: O aparelho automático tipo oscilométrico Dixtal DX2710 po<strong>de</strong> ser utilizado, pois foi<br />

aprovado <strong>de</strong> acordo com as recomendações internacionais.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!