Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão
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<strong>Posters</strong><br />
203 CONSULTA DE ENFERMAGEM APLICADA A CLIENTES 204 EFEITOS DO ALHO FRESCO NO COMPORTAMENTO<br />
PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL: UTILIZAÇÃO DA<br />
TEORIA<br />
F Manzini, JP Simonetti<br />
Departamento <strong>de</strong> Enfermagem, Curso <strong>de</strong> graduação em Enfermagem, Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
escola, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, UNESP, Botucatu, SP<br />
Introdução: O interesse em <strong>de</strong>senvolver uma ativida<strong>de</strong> junto a indivíduos portadores <strong>de</strong> hipertensão arterial<br />
(HA) <strong>de</strong>u-se pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proporcionarmos um melhor atendimento e aumentar o índice da a<strong>de</strong>são ao<br />
tratamento, propondo uma modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência <strong>de</strong> enfermagem individualizada para <strong>de</strong>tectar os <strong>de</strong>svios <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> dos mesmos, baseando-se na realização <strong>de</strong> entrevista e exame físico, através da Consulta <strong>de</strong> Enfermagem.<br />
Outro aspecto que contribuiu para a realização <strong>de</strong> tal estudo foi o trabalho que o Conselho Regional <strong>de</strong> Enfermagem<br />
(COREn) do estado <strong>de</strong> São Paulo vem <strong>de</strong>senvolvendo para que os serviços <strong>de</strong> enfermagem sejam organizados,<br />
com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> da assistência prestada, através da implantação do Processo <strong>de</strong><br />
Enfermagem. Na população em geral, os riscos para a HA são menores para os adultos com pressão arterial (PA)<br />
sistólica menor que 120 mmHg e com PA diastólica menor que 80 mmHg. Vários estudos mostram que, apesar <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 90% dos portadores <strong>de</strong> HA estarem classificados <strong>de</strong>ntro da hipertensão primária ou essencial, <strong>de</strong> origem<br />
<strong>de</strong>sconhecida, existem diversos fatores, <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco, que po<strong>de</strong>m interferir no <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento<br />
e agravamento <strong>de</strong>sta doença, sendo eles: ida<strong>de</strong>, sexo, antece<strong>de</strong>ntes familiares, raça, obesida<strong>de</strong>, estresse,<br />
vida se<strong>de</strong>ntária, uso <strong>de</strong> álcool, uso <strong>de</strong> tabaco, uso <strong>de</strong> anticoncepcionais, alimentação rica <strong>de</strong> sódio e gorduras. Os<br />
objetivos <strong>de</strong>ste trabalho foram: avaliar a implantação <strong>de</strong> consulta <strong>de</strong> enfermagem ambulatorial aplicada a indivíduos<br />
portadores <strong>de</strong> HA, fazer um levantamento das dúvidas apresentadas pelos pacientes quanto à doença e ao<br />
tratamento, estimulá-los para o autocuidado e elaborar um plano assistencial <strong>de</strong> enfermagem para um maior<br />
controle dos níveis da PA e dos fatores <strong>de</strong> riscos.<br />
Métodos: esta pesquisa foi encaminhada ao Comitê da Ética em Pesquisa para ser apreciada, tendo recebido<br />
parecer favorável para a sua realização, em um centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-escola no trabalho para selecionar indivíduos<br />
portadores <strong>de</strong> HA para que esta clientela fosse atendida <strong>de</strong> forma mais organizada, buscando um maior<br />
controle da doença. De acordo com os encaminhamentos médicos, realizou-se a Consulta <strong>de</strong> Enfermagem<br />
nos meses <strong>de</strong> agosto a novembro <strong>de</strong> 2000 e <strong>de</strong> fevereiro a abril <strong>de</strong> 2001, constituindo-se em um total <strong>de</strong> 36<br />
pacientes que foram encaminhados e que não faltaram às consultas <strong>de</strong> enfermagem previamente agendadas.<br />
O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados utilizado foi baseado na Teoria do Autocuidado <strong>de</strong> Orem.<br />
Resultados: A amostra foi constituída por 61,1% <strong>de</strong> mulheres, 61% na faixa etária <strong>de</strong> 50 a 70 anos, 72,2%<br />
casados, 44,4% donas <strong>de</strong> casa, 47,2% aposentados e 72,4% com primeiro grau incompleto. Quanto aos hábitos <strong>de</strong><br />
vida, obteve-se 11,1% <strong>de</strong> tabagismo, 11,4% <strong>de</strong> etilismo, 47,2% fazem ativida<strong>de</strong> física, 25% têm uma ingestão<br />
salina elevada, 69,4% ingerem alimentos gordurosos. Em relação aos antece<strong>de</strong>ntes familiares 66,6% dos indivíduos<br />
entrevistados referiram tê-los. O índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) em 33,3% dos casos foi < 25 kg/m2 e<br />
30,5% variou entre > 27 < 30 kg/m 2 . Os principais <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foram: 30,5% varizes, 27,7% e<strong>de</strong>ma e 11,1%<br />
constipação. A PA foi aferida nas posições sentado, em pé e <strong>de</strong>itado, sendo que a média dos níveis pressóricos<br />
para a PA sistólica foi < 140 mmHg e PA diastólica < 90 mmHg, em 49,2% dos pacientes.<br />
Conclusão: Notou-se que há uma dificulda<strong>de</strong> em relação ao encaminhamento dos pacientes para a realização<br />
da Consulta <strong>de</strong> Enfermagem, <strong>de</strong>vendo haver um trabalho <strong>de</strong> conscientização da equipe médica, <strong>de</strong>stacando-se<br />
a importância <strong>de</strong>sta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência <strong>de</strong> enfermagem. Mais <strong>de</strong> 50% dos pacientes não<br />
estavam com a PA controlada, inclusive boa parte <strong>de</strong>les referiu não seguir algumas das recomendações do<br />
tratamento não farmacológico, evi<strong>de</strong>nciando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um constante acompanhamento <strong>de</strong>sta clientela<br />
para estimulá-la a seguir tais recomendações, bem como orientá-la quanto às dúvidas que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem<br />
existir em relação à doença e ao tratamento.<br />
205 A SOBRECARGA SALINA REDUZ A VASODILATAÇÃO<br />
ENDOTÉLIO-DEPENDENTE DA ARTÉRIA BRAQUIAL DE PA-<br />
CIENTES DO SEXO FEMININO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL<br />
PRIMÁRIA<br />
E Bocanegra, M Saleh, C Amo<strong>de</strong>o, A Paes, J Assef, S Barretto, R Barretto, S Pontes<br />
Jr., W Nogueira<br />
Instituto Dante Pazzanese <strong>de</strong> Cardiologia, São Paulo, SP<br />
Objetivos: Consumo <strong>de</strong> dieta rica em sal po<strong>de</strong> representar um fator <strong>de</strong> risco cardiovascular. O objetivo<br />
<strong>de</strong>ste estudo foi o <strong>de</strong> explorar e comparar o efeito da ingestão da dieta rica em sal com o efeito da dieta<br />
pobre em sal na vasodilatação endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
Material e Métodos: Neste ensaio clínico paciente-controle, aleatorizado e uni (simples)-cego, foram estudadas<br />
14 pacientes hipertensas após variação <strong>de</strong> sal na dieta. A intervenção <strong>de</strong> controle consistiu em uma<br />
semana <strong>de</strong> dieta rica em sal monitorando o sódio na urina visando excreção menor do que 70 mEq <strong>de</strong> sódio<br />
em 24 horas. A intervenção experimental aleatorizada consistiu em uma semana <strong>de</strong> dieta rica em sal monitorando<br />
o sódio na urina visando excreção maior do que 160 mEq <strong>de</strong> sódio em 24 horas no mesmo grupo <strong>de</strong><br />
pacientes. O tratamento medicamentoso foi suspenso, previamente, um mês antes do exame (fase placebo).<br />
No estudo foram incluídas as pacientes com pressão arterial diastólica menor ou igual a 110 mmHg. As<br />
pacientes, com ida<strong>de</strong>s entre 44 e 55 anos (50,57 ± 3,20; média ± DP) não possuíam antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tabagismo,<br />
dislipi<strong>de</strong>mia, diabete melito, insuficiência coronariana, obesida<strong>de</strong> ou doença vascular cerebral. Os exames<br />
realizados utilizando ultra-sonografia modo B (8 MHZ), após 5 minutos <strong>de</strong> repouso, pelo mesmo observador<br />
(cego para as informações sobre dieta). A artéria braquial esquerda foi examinada entre 2 e 15 cm<br />
acima da fossa antecubital. O diâmetro foi medido três vezes em três locais diferentes da artéria no mesmo<br />
ciclo cardíaco concomitantemente ao início da onda R do eletrocardiograma, na fase <strong>de</strong> repouso, 90 segundos<br />
após induzir vasodilatação fluxo-mediada (endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte) pelo garroteamento durante 5 minutos do<br />
braço esquerdo e também 5 minutos após provocar vasodilatação pela administração <strong>de</strong> 5 mg <strong>de</strong> dinitrato <strong>de</strong><br />
isossorbida sublingual (endotélio-in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte).<br />
Resultados: Os resultados, em relação ao estudo da artéria braquial, foram:<br />
N Média ± DP P<br />
% <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte – Dieta média em sal 14 15,51 ± 6,11 0,004*<br />
% <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte – Dieta pobre em sal 14 9,97 ± 5,26<br />
% <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte – Dieta média em sal 14 14,72 ± 7,81 0,75**<br />
% <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte – Dieta pobre em sal 14 15,56 ± 8,06<br />
*Significância do teste t pareado bicaudal ao comparar % <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte pós dietas pobre em sal e rica em sal. **Significância<br />
do teste t pareado bicaudal ao comparar % <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte pós dietas pobre em sal e rica em sal. Média ± DP, média ± <strong>de</strong>svio<br />
padrão.<br />
A dosagem <strong>de</strong> sódio na urina <strong>de</strong> 24 horas, no dia do exame <strong>de</strong> ultra-sonografia da artéria braquial foi <strong>de</strong><br />
44,49 ± 21,34 (média ± <strong>de</strong>svio padrão) mEq em 24 horas pós dieta rica em sal.<br />
Conclusões: Houve redução significante do percentual <strong>de</strong> vasodilatação endotélio-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte após uma<br />
semana <strong>de</strong> dieta rica em sal, sendo que não houve diferença no percentual <strong>de</strong> vasodilatação endotélioin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
em pacientes hipertensas, quando comparado aos percentuais <strong>de</strong> vasodilatação pós dieta<br />
pobre em sal.<br />
Sem título-32 59<br />
26/06/03, 15:14<br />
DA PRESSÃO ARTERIAL OBSERVADA ATRAVÉS DA MONITORI-<br />
ZAÇÃO AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL.<br />
E Abib, LC Silva, F Koizume, R Pereira, JL Donato, G De Nucci<br />
Depto <strong>de</strong> Farmacologia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas, SP<br />
Objetivo: Consumo <strong>de</strong> alho provou ser capaz <strong>de</strong> reduzir os riscos <strong>de</strong> doenças cardiovasculares.<br />
Efeitos no comportamento da pressão arterial foram <strong>de</strong>monstrados em muitos estudos. Este estudo<br />
examinou os efeitos sob a pressão arterial utilizando o Monitor Ambulatorial <strong>de</strong> Pressão arterial<br />
(MAPA) em voluntários sadios.<br />
Métodos: O estudo clínico foi conduzido usando 18 voluntários masculinos sadios. Eles foram<br />
tratados a seguir: 1) Um pão <strong>de</strong> queijo sem alho (controle); 2) 3,5 g <strong>de</strong> alho fresco com um pão <strong>de</strong><br />
queijo (dose única); 3) 3,5 g <strong>de</strong> alho frescos administrados duas vezes ao dia por um período <strong>de</strong><br />
quatro dias (dose diária). Foi aplicado um período <strong>de</strong> “wash-out” como intervalo entre os grupos <strong>de</strong><br />
sete dias. A pressão arterial foi <strong>de</strong>terminada antes do início do tratamento com alho e seguido por 24<br />
hs. A medida da pressão arterial foi realizada utilizando o aparelho SpaceLabs Equipament, mo<strong>de</strong>l<br />
90207 - 30. Nós utilizamos como teste analítico Anova seguido do Teste <strong>de</strong> Tukey para analisar os<br />
dados e software foi “The SAS System for Windows (statistical Analyses System) version 6.12;<br />
SAS institute Inc. , 1989 – 1996, Cary, NC, USA”.<br />
Resultados: Nós comparamos grupo Placebo (n = 12), grupo Única dose (n = 18) e grupo dose<br />
Diária (n = 12) consi<strong>de</strong>rando a Pressão Arterial Sistólica (PA sist) e Diastólica (PA diast); Pressão<br />
Arterial Média (PAM) e Freqüência cardíaca (FC) <strong>de</strong> acordo com Vigília (6h-22h) e Sono (22h-6h).<br />
A PA sist. no grupo placebo foi 128,08 ± 12,27 mmHg contra grupo dose única que foi <strong>de</strong> 115,00 ±<br />
14,65 mmHg na 24 h (p < 0,05); A PA diast. no grupo placebo foi 79,42 ± 7,40 mmHg contra grupo<br />
dose única 68,83 ± 12,23 mmHg e contra grupo dose diária 78,25 ± 7,71 mmHg na 24 h; Grupo<br />
placebo foi 81,67 ± 6,21 mmHg contra grupo dose diária 74,17 ± 7,80 mmHg na 6h (p < 0.05); A<br />
PAM no grupo placebo foi 79,42 ± 7,40 mmHg, grupo dose única 68,83 ± 12,23 mmHg e grupo<br />
dose diária 78,25 ± 7,71 mmHg na 24 h; Grupo placebo foi 81,67 ± 6,21 mmHg e grupo dose diária<br />
74,17 ± 7,80 mmHg na 6 h (p < 0,05).<br />
Conclusão: Observou-se <strong>de</strong>créscimo na pressão arterial nos voluntários tratados com alho. Estes<br />
resultados suportam que baixas doses <strong>de</strong> alho fresco po<strong>de</strong>m promover alterações no comportamento<br />
da pressão arterial.<br />
Suporte financeiro: FAPESP and CAPES<br />
206<br />
FEIRA DE SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA ATIVIDADE<br />
EDUCATIVA COM VISTAS A PREVENÇÃO DE FATORES DE RIS-<br />
CO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL<br />
MES Guanilo, DCM Barbosa, EM Sordi, M Simão, RGV Palhares, S Godoy, EJ<br />
Cesarino, EV Veiga, EC Cárnio, MS Nogueira.<br />
Departamento <strong>de</strong> Enfermagem Geral e Especializada da Escola <strong>de</strong> Enfermagem <strong>de</strong><br />
Ribeirão Preto – USP; Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas <strong>de</strong> Ribeirão Preto - USP e<br />
Associação Ribeirãopretana <strong>de</strong> Ensino, Pesquisa e Assistência ao Hipertenso – AREPAH<br />
Introdução: Por ser a hipertensão arterial (HA) doença crônica, geralmente assintomática e <strong>de</strong> alta prevalência<br />
em nosso meio e, diferentes fatores <strong>de</strong> risco contribuírem para a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle e tratamento<br />
eficaz da doença, optamos por <strong>de</strong>senvolver estudo junto aos indivíduos que voluntariamente visitaram uma<br />
feira <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em praça pública, com objetivo <strong>de</strong>: i<strong>de</strong>ntificar fatores <strong>de</strong> risco para HA a que estavam expostos<br />
e posterior orientação quanto formas <strong>de</strong> modificação no estilo <strong>de</strong> vida.<br />
Método: Participaram do estudo 88 indivíduos que voluntariamente procuraram o recinto e, se dirigiam ao<br />
local on<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação em enfermagem, previamente treinados, realizavam aferição dos valores <strong>de</strong><br />
pressão arterial; foram então consultados sobre o interesse em participar do estudo, e a manifestação se <strong>de</strong>u<br />
por meio <strong>de</strong> assinatura do termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido conforme Resolução 196/96 do CNS.<br />
Os dados foram obtidos por meio <strong>de</strong> entrevista estruturada com preenchimento <strong>de</strong> formulário específico e<br />
aferição dos valores da pressão arterial (PA), com o uso <strong>de</strong> esfigmomanômetro anerói<strong>de</strong> <strong>de</strong>vidamente calibrado<br />
e bolsa <strong>de</strong> borracha com largura compatível à circunferência braquial do indivíduo. De posse dos<br />
dados os mesmos foram analisados e a cada hora formava-se um grupo com os indivíduos atendidos e os<br />
mesmos eram orientados quanto aos fatores <strong>de</strong> risco para a doença e, o próprio grupo chegava a um consenso<br />
sobre como mudar o estilo <strong>de</strong> vida para a prevenção e controle da doença.<br />
Resultados: Do total <strong>de</strong> indivíduos da amostra 46 (52,3%) eram do sexo feminino, 70 (79,5%) possuíam<br />
ida<strong>de</strong> entre 30 e 69 anos e 27 (30, 7%) escolarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.º grau incompleto; 19 (22,3%) se ocupavam dos<br />
afazeres domésticos e 18 (21,2%) eram aposentados. Em relação aos fatores <strong>de</strong> risco 50 (56,8%) possuíam<br />
IMC = 25 kg/ m 2 , 32 (36,3%) não realizavam nenhum tipo <strong>de</strong> exercício físico, 22 (25%) informaram consumir<br />
bebida alcoólica, em sua maioria a cerveja e com maior freqüência nos finais <strong>de</strong> semana 17 (77,3%); 41<br />
(46,6%) indicaram fumar, dos quais 25 (96,1%) usavam cigarro <strong>de</strong> papel por período <strong>de</strong> 20 a 30 anos indicado<br />
por 7 (26,9%) indivíduos e, 20 (27,4%) convivem com pessoas que fumam; 14 (15,9%) eram diabéticos<br />
dos quais 11 (78,6%) faziam tratamento médico; 14 (15,9%) informaram possuir colesterol elevado e<br />
<strong>de</strong>stes, 6 (42,8%) faziam controle com dieta e exercícios físicos; 11(31,4%) indicaram que constantemente<br />
convivem com o estresse e a maioria 5 (29,4%) procura evitá-lo através <strong>de</strong> caminhada. Quanto à alimentação<br />
85 (96,6%) indicaram o uso <strong>de</strong> alimentos preparados com sal, dos quais 4 (4,5%) tem o hábito <strong>de</strong><br />
adicionar sal na alimentação após o preparo; 6 (6,8%) informaram que preparavam os alimentos com gordura<br />
saturada. Quanto aos antece<strong>de</strong>ntes familiares 51 (57,9%) indicaram a HA, 23 (26,1%) hipercolesterolemia,<br />
28 (31,8%) obesida<strong>de</strong>, 27 (30,7%) doenças cardíacas e 19 (21,6%) insuficiência renal. Em relação aos<br />
valores <strong>de</strong> PA, 4 (4,5%) apresentaram valores <strong>de</strong> pressão arterial sistólica = 140 mmHg e 9 (10,2%) valores<br />
<strong>de</strong> pressão arterial diastólica = 90 mmHg.<br />
Conclusão: Os resultados indicam que a população <strong>de</strong>sconhece que, muitos dos seus hábitos <strong>de</strong> vida, contribuem<br />
para o aparecimento da HA ou até mesmo <strong>de</strong> suas complicações, uma vez que muitos só procuram<br />
os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> quando apresentam sintomas indicativos <strong>de</strong> doença. Assim, é importante que profissionais<br />
e graduandos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> valorizem espaços públicos como forma <strong>de</strong> possibilitar a população<br />
acesso a informações sobre saú<strong>de</strong>.