Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão
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147 VARIABILIDADE DO INTERVALO CARDÍACO E DA 148<br />
PRESSÃO ARTERIAL EM CAMUNDONGOS COM DESVERVAÇÃO<br />
SINO-AÓRTICA: ESTUDO POR ANÁLISE ESPECTRAL<br />
R Fazan Jr. 1 , M Oliveira2 , VJ Dias da Silva1 , HC Salgado2 .<br />
Departamento <strong>de</strong> Ciências Biológicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Triângulo<br />
Mineiro, Uberaba, MG1 e Departamento <strong>de</strong> Fisiologia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />
Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP2 Introdução: A relativa facilida<strong>de</strong> em se conseguir manipulações genéticas em camundongos, faz<br />
<strong>de</strong>ssa espécie um gran<strong>de</strong> foco <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> pesquisadores. Entretanto, o pequeno tamanho dos<br />
camundongos requer uma adaptação das técnicas rotineiramente usadas em animais maiores. No<br />
presente estudo investigamos, por meio da <strong>de</strong>snervação sino aórtica, o papel dos barorreceptores no<br />
controle da pressão arterial (PA) e intervalo cardíaco (IC), em camundongos normais.<br />
Métodos e Resultados: Na véspera dos experimentos, sob anestesia do pentobarbital sódico (40 µg/<br />
g, ip), camundongos da linhagem C57Black foram implantados com cânulas <strong>de</strong> polietileno (PE10)<br />
na carótida e na jugular externa, e submetidos à <strong>de</strong>snervação sino-aórtica (DSA, N = 7), segundo a<br />
técnica <strong>de</strong>scrita por Krieger (1964), ou cirurgia fictícia (CON, N = 9). No dia seguinte, sem efeito da<br />
anestesia, a cânula arterial foi conectada a um transdutor <strong>de</strong> pressão e, após período <strong>de</strong> adaptação do<br />
animal ao ambiente experimental, 30 min <strong>de</strong> PA pulsátil basal foi registrada em um microcomputador<br />
(amostragem 2 kHz). Os valores, batimento a batimento da PA sistólica e diastólica foram <strong>de</strong>tectados<br />
e os intervalos entre valores sucessivos <strong>de</strong> PA diastólica foram medidos. Os valores basais da PA<br />
sistólica, diastólica e IC não foram diferentes entre animais CON (122 ± 3.6, 91 ± 5 mmHg e 121 ±<br />
13 ms) e DSA (126 ± 7, 96 ± 7 mmHg e 118 ± 5 ms). Análise espectral, por mo<strong>de</strong>lamento<br />
autorregressivo, das séries, batimento a batimento <strong>de</strong> IC e PA sistólica foi realizada, e os componentes<br />
oscilatórios encontrados em baixa (BF 0,1 a 1 Hz) e alta freqüência (AF 1 a 5 Hz) encontram-se<br />
na tabela abaixo, juntamente com a variância total das séries temporais (valores médios ± EPM):<br />
Intervalo Cardíaco (ms2 ) Pressão Sistólica (mmHg2 )<br />
var BF AF var BF AF<br />
CON 20,6 ± 5 1,85 ± 0,9 3,09 ± 1,1 19,2 ± 5 4,02 ± 1,0 1,74 ± 03<br />
DSA 8,5 ± 2* 0,22 ± 0,1* 1,83 ± 0,3 43,9 ± 11* 4,81 ± 2,3 6,75 ± 1,7<br />
*p < 0,05 comprado ao grupo CON.<br />
Conclusões: A análise espectral mostrou que os componentes oscilatórios (lento e rápido) <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong><br />
do IC e da PA camundongos, encontrados em outras espécies animais, também estão presentes<br />
em camundongos. Entretanto, a elucidação do significado funcional dos ritmos <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong><br />
encontrados requerem estudos complementares. Os resultados mostram que a DSA, apesar <strong>de</strong><br />
não alterar os níveis basais, aumenta a variabilida<strong>de</strong> total da PA e reduz da variabilida<strong>de</strong> do IC. Mais<br />
ainda, a maior variabilida<strong>de</strong> da PA nos animais com DSA não foi <strong>de</strong>vido ao aumento <strong>de</strong> suas variações<br />
rítmicas, mostrando que a falta dos barorreceptores reduz a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impedir variações<br />
randômicas da PA.<br />
149<br />
O TREINAMENTO FÍSICO E A REGULAÇÃO DA PRES-<br />
SÃO ARTERIAL EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTEN-<br />
SOS (SHR)<br />
1 1 1 3 2 1 Zamo FS**, Berni V*, De La Fuente R*, Coelho MA, Oliveira EM, Irigoyen MC<br />
1 Lab. <strong>Hipertensão</strong> Experimental, 2 Lab. Genética e Cardiologia Molecular, InCor –<br />
FMUSP, 3 EEEFE-USP, São Paulo<br />
Objetivos: Estudar os efeitos do treinamento físico (TF) sobre o perfil hemodinâmico em ratos<br />
espontaneamente hipertensos (SHR) antes e após o estabelecimento da hipertensão.<br />
Material e Métodos: Ratos machos SHR se<strong>de</strong>ntários (SED, n = 6) foram comparados com ratos<br />
machos SHR jovens (1 mês) e adultos (3 meses) treinados sob baixa (JOTB, n = 4;e ADTB, n = 10,<br />
respectivamente) e alta intensida<strong>de</strong>s (JOTA, n = 4;e ADTA, n = 8). O protocolo <strong>de</strong> TF foi <strong>de</strong> 12<br />
semanas, 1h/dia, 5 vezes/semana a 50% e a 70%, baixa e alta intensida<strong>de</strong>s respectivamente. Foram<br />
feitos registros <strong>de</strong> pressão arterial (PA, mmHg) e freqüência cardíaca (FC).<br />
Resultados: O TF reduziu significativamente a PA diastólica do grupo JOTB quando relacionado<br />
com os grupos ADTB (135 ± 1 vs. 151 ± 2; p < 0,05), ADTA (135 ± 1 vs. 156 ± 1; p < 0,01) e JOTA<br />
(135 ± 1 vs. 158 ± 7; p < 0,01). Essa redução significativa também foi verificada na PA sistólica<br />
quando comparado o grupo JOTB com ADTB e JOTA (191 ± 3 vs. 217 ± 3 e vs. 222 ± 9; p < 0,01).<br />
Quanto à PA média verificou-se atenuação significante no grupo JOTB ao relacioná-lo com o ADTB<br />
(163 ± 2 vs. 180 ± 2; p < 0,01) e também quando relacionamos JOTB com ADTA e JOTA (163 ± 2<br />
vs. 185 ± 2 e vs. 188 ± 7 respectivamente, com p < 0,001). Não se verificou diferenças na FC em<br />
nenhum dos grupos analisados.<br />
Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que o TF <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> reduz a PA <strong>de</strong> SHR<br />
apenas quando realizado precocemente, antes do estabelecimento da hipertensão. O TF <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong><br />
não modifica a PA em animais com a hipertensão estabelecida nem em animais jovens,<br />
antes do estabelecimento da hipertensão. O TF em esteira parece não modificar a FC em ratos<br />
espontaneamente hipertensos.<br />
Sem título-32 45<br />
26/06/03, 15:13<br />
45<br />
<strong>Posters</strong><br />
PARTICIPAÇÃO DE RECEPTORES AT NA INVERSÃO<br />
1<br />
DA VARIAÇÃO CIRCADIANA DA PRESSÃO ARTERIAL PRODU-<br />
ZIDA POR INFUSÃO CRÔNICA DE ANGIOTENSINA II EM RA-<br />
TOS<br />
ANG Braga, MS Lemos, RAS Santos<br />
Laboratório <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong>, ICB - UFMG – Belo Horizonte<br />
Objetivo: Neste estudo foi avaliada a contribuição dos receptores AT 1 no efeito da infusão crônica<br />
<strong>de</strong> angiotensina II (Ang II) sobre a variação circadiana da pressão arterial e freqüência cardíaca e a<br />
resposta ao estresse <strong>de</strong> contenção em ratos.<br />
Métodos e Resultados: A pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) <strong>de</strong> ratos Wistar<br />
machos foram registradas por telemetria, por um período <strong>de</strong> 33 dias, com coletas a cada 10 minutos<br />
por 10 segundos durante 24 horas. Animais tratados ou não com losartan (10 mg/Kg na água <strong>de</strong><br />
beber) receberam infusão sub-cutânea (mini bombas osmóticas) <strong>de</strong> Ang II (6 µg/h) ou veículo (NaCl<br />
0,9%) por sete dias. O tratamento com losartan, iniciado três dias antes da implantação das minibombas,<br />
foi suspenso ao final da infusão. Estresse <strong>de</strong> contenção foi realizado antes, durante e após<br />
a infusão, com sete dias <strong>de</strong> intervalo. A infusão <strong>de</strong> Ang II produziu aumento significante nos níveis<br />
da PAM diurnos (91 ± 0,3 mmHg - controle; 127 ± 0,8 mmHg – infusão) como noturnos (101 ± 0,4<br />
mmHg - controle; 121 ± 0,7 mmHg), invertendo a variação circadiana <strong>de</strong>sse parâmetro, bradicardia<br />
sem alteração <strong>de</strong> ritmo circadiano, e atenuou o aumento da PAM produzido pelo estresse <strong>de</strong> contenção.<br />
Os animais que receberam losartan seguido <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> salina apresentaram leve, mas significante,<br />
redução dos valores diurnos e noturnos da PAM e FC, sem alteração da variação circadiana.<br />
A elevação da pressão arterial, a atenuação do aumento da PAM em resposta ao estresse e a inversão<br />
da variação circadiana da PAM produzidas pela Ang II foram abolidas pelo tratamento com losartan.<br />
Em presença <strong>de</strong> losartan a infusão <strong>de</strong> Ang II produziu redução da FC especialmente à noite, reduzindo<br />
a variação circadiana <strong>de</strong>sse parâmetro.<br />
Conclusão: Estes dados mostram que os efeitos da Ang II sobre a PAM e sua variação circadiana<br />
são mediados por receptores AT 1 . Receptores AT 2 po<strong>de</strong>m estar envolvidos nas alterações <strong>de</strong> FC<br />
produzidas por esse pepti<strong>de</strong>o.<br />
Apoio financeiro: PRONEX, CAPES, CNPq e FAPEMIG<br />
150<br />
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO FÍSICO E DOS HOR-<br />
MÔNIOS OVARIANOS NA RESISTÊNCIA À INSULINA EM RATAS<br />
SHR<br />
1 1 2 2 3 1 Koo EN**, Lima MS**, Furukawa LNS, Heimann JC, Michelini LC, Carvalho MHC<br />
1 2 Departamento <strong>de</strong> Farmacologia - ICB/USP, Laboratório <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong><br />
Experimental – Fac. <strong>de</strong> Medicina / USP, 3Departamento <strong>de</strong> Fisiologia e Biofísica –<br />
ICB/USP<br />
Objetivos: Sabe-se que a sensibilida<strong>de</strong> à insulina está alterada na hipertensão e na menopausa. O<br />
objetivo do presente estudo é verificar o efeito do treinamento físico crônico na sensibilida<strong>de</strong> à<br />
insulina <strong>de</strong> ratas espontaneamente hipertensas (SHR), em estro fisiológico e castradas.<br />
Métodos: Foram utilizadas ratas SHR em estro fisiológico, se<strong>de</strong>ntárias (EFS) e treinadas (EFT) e<br />
ooforectomizadas, se<strong>de</strong>ntárias (OOFS) e treinadas (OOFT). A castração foi realizada com 13 semanas<br />
(fase <strong>de</strong> hipertensão estabelecida e maturida<strong>de</strong> sexual) e o treinamento físico <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong><br />
(40% TEM) foi iniciado para os dois grupos (EFT e OOFT) com 17 semanas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e duração<br />
<strong>de</strong> 13 semanas. Medidas <strong>de</strong> pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) foram realizadas<br />
em ratas acordadas; glicemia basal (GLI), sensibilida<strong>de</strong> à insulina (SENS-CLAMP), em animais<br />
anestesiados.<br />
Resultados (média ± EPM): A PAM (EFS = 182 ± 5 -n = 8, EFT = 183 ± 4 -n = 13, OOFS = 177<br />
± 5 – n = 11, OOFT = 176 ± 4 mmHg – n = 14) e a FC (EFS = 405 ± 14 – n = 8, EFT = 381 ± 14 –<br />
n = 13, OOFS = 358 ± 8 – n = 11, OOFT = 391 ± 11 bpm – n = 14) não foram diferentes nos quatro<br />
grupos. A GLI (mg/dL) foi maior (p < 0,05) nos grupos OOF vs. EF (OOF = 84,5 ± 2,45 – n = 18,<br />
EF = 76,0 ± 2,37 – n = 18). A SENS-CLAMP (mg.kg -1 .min -1 ) estava aumentada no grupo EFS (p <<br />
0,05) (EFS = 13,21 ± 1,82 – n = 7, EFT = 6,47 ± 1,82 – n = 7, OOFS = 7,42 ± 1,82 – n = 7, OOFT<br />
= 5,82 ± 1,71 – n = 8).<br />
Conclusões: O aumento da glicemia basal nos grupos OOF indica uma diminuição da sensibilida<strong>de</strong>,<br />
o que foi confirmado pelas medidas <strong>de</strong> clamp. Esta diminuição não é melhorada pelo exercício<br />
físico. Além disso o exercício não parece ser benéfico nos grupos EF.<br />
Apoio: CAPES, CNPq.