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Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão

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139 ALTERAÇÕES NA MICROCIRCULAÇÃO MESENTÉRI- 140<br />

CA INDUZIDAS POR DROGAS ANTI-HIPERTENSIVAS DE AÇÃO<br />

CENTRAL (CLONIDINA E RILMENIDINA) EM RATOS ESPONTA-<br />

NEAMENTE HIPERTENSOS<br />

1 1 1 2 1 V Estato, AP Gonzalez, CV Araújo, P Bousquet, E Tibiriçá<br />

1Departamento <strong>de</strong> Fisiololgia e Farmacodinâmica, IOC/FIOCRUZ, Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Brasil, 2LNPCV, ULP, Strasbourg, France<br />

Introdução: O sistema nervoso simpático é <strong>de</strong> fundamental importância no controle do tônus vascular.<br />

Estudos em microcirculação <strong>de</strong>monstraram que o aumento da pressão arterial na hipertensão<br />

primária ocorre essencialmente em vasos microscópicos, com diâmetros inferiores a 100 µm. No<br />

presente trabalho, investigamos os efeitos da administração central <strong>de</strong> clonidina e rilmenidina, drogas<br />

anti-hipertensivas simpato-inibitórias <strong>de</strong> ação central, na microcirculação <strong>de</strong> ratos hipertensos.<br />

Métodos: Ratos machos SHR (200–250 g, n = 21) foram anestesiados com pentobarbital (75 mg/kg<br />

i.p.), traqueostomizados e cateterizados para medidas da pressão arterial média (PAM) e frequência<br />

cardíaca (FC). Em aparelho estereotáxico uma cânula foi introduzida e fixada para a administração<br />

intracisternal (i.c.) <strong>de</strong> drogas (10 µl). O mesentério foi exposto e com a técnica <strong>de</strong> microscopia<br />

intravital, arteríolas terminais (< 30 µm) foram observadas e gravadas durante 90 min para análise<br />

posterior.<br />

Resultados: A administração i.c. <strong>de</strong> clonidina (1 µg/kg) e rilmenidina (30 µg/kg), induziu uma<br />

queda significativa da PAM <strong>de</strong> 158 ± 7 à 74 ± 7 mmHg e <strong>de</strong> 144 ± 8 à 78 ± 15 mmHg (P < 0,05),<br />

respectivamente. Na microcirculação, clonidina e rilmenidina induziram aumento do diâmetro das<br />

arteríolas <strong>de</strong> 11 ± 1% e 20 ± 10% (P < 0,05), respectivamente. Resultados semelhantes foram observados<br />

com infusão contínua <strong>de</strong> clonidina i.v. por 15 min (10 µg/kg). Por outro lado, a ativação<br />

simpática central com L-glutamato (0,5 mg/kg, i.c.), um aminoácido excitatório do sistema nervoso<br />

central, induziu aumento da PAM <strong>de</strong> 159 ± 10 à 198 ± 8 mmHg (P < 0,05), e redução do diâmetro<br />

das arteríolas mesentéricas em 26 ± 6% (P < 0,05). Seguindo o mesmo protocolo <strong>de</strong> estereotaxia<br />

citado a cima, em um outro grupo <strong>de</strong> animais, foram analisados os parâmetros <strong>de</strong> débito cardíaco e<br />

resistência vascular sistêmica. A administração aguda (i.c.) <strong>de</strong> clonidina induziu queda significativa<br />

do débito cardíaco em 43 ± 6 % e não induziu alterações significativas na RVS. Por outro lado, a<br />

administração <strong>de</strong> rilmenidina, induziu queda do débito cardíaco <strong>de</strong> 36 ± 4 % porém, acompanhada<br />

<strong>de</strong> queda significativa da RVS em 27 ± 10 % (P < 0,05).<br />

Conclusões: Nossos resultados preliminares sugerem que a queda da pressão arterial <strong>de</strong>corrente da<br />

redução da ativida<strong>de</strong> simpática central, pela clonidina e a rilmenidina, po<strong>de</strong> estar relacionada à<br />

vasodilatação <strong>de</strong> arteríolas terminais na microcirculação.<br />

Apoio: CNPq<br />

141 RESPOSTA PRESSORA À OCLUSÃO BILATERAL DAS 142<br />

CARÓTIDAS NO DIABETES AGUDO EXPERIMENTAL INDUZI-<br />

DO POR ESTREPTOZOTOCINA: EFEITO DO TRATAMENTO<br />

INSULÍNICO<br />

RS Parra*, LAF Men<strong>de</strong>s**, R Fazan Jr, HC Salgado<br />

Departamento <strong>de</strong> Fisiologia , Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, USP<br />

Objetivo:. A resposta hipertensora à oclusão bilateral das carótidas (OBC) é atribuída a uma hiperativida<strong>de</strong><br />

simpática promovendo, em ratos acordados, um aumento da pressão arterial caracterizado<br />

por um pico pressórico, <strong>de</strong> origem reflexa, seguido <strong>de</strong> uma resposta pressora mantida, <strong>de</strong> menor<br />

intensida<strong>de</strong>, provavelmente <strong>de</strong> origem isquêmica central. Neste trabalho, foi avaliada em ratos diabéticos<br />

<strong>de</strong> curta duração (1–2 semanas), acordados, a resposta pressórica à OBC como índice do<br />

grau <strong>de</strong> comprometimento do simpático, bem como o efeito do tratamento insulínico.<br />

Métodos: Diabetes experimental <strong>de</strong> curta duração (n = 8) foi induzido pela estreptozotocina (STZ,<br />

50mg/kg, iv) em ratos Wistar machos. Ratos controles (n = 7) receberam veículo (salina, 0,9%). A<br />

terapia insulínica consistiu <strong>de</strong> injeções diárias, subcutânea, <strong>de</strong> 9 UI/kg.A pressão arterial média<br />

(PAM em mmHg), foi registrada por cerca <strong>de</strong> 15 minutos, seguindo-se as OBCs durante 15, 30, 45<br />

e 60 segundos. Os níveis <strong>de</strong> glicose sangüínea foram monitorados três dias após a STZ e no dia do<br />

experimento.<br />

Resultados: A PAM basal (média ± EPM) mostrou-se reduzida nos ratos diabéticos (99 ± 2 vs. 107<br />

± 2 no controle), assim como a DPAM <strong>de</strong> pico (54 ± 5 vs. 69 ± 5 no controle) à OBC, enquanto a<br />

DPAM mantida (41 ± 3 vs. 44 ± 3 no controle) apresentou-se inalterada. A terapia insulínica preveniu<br />

a alteração na PAM basal (110 ± 1), assim como na DPAM <strong>de</strong> pico (61 ± 2). Os níveis plasmáticos<br />

<strong>de</strong> glicose apresentaram-se bastante elevados nos ratos diabéticos (445 ± 18 vs. 101 ± 5 mg/<br />

100 ml no controle), porém significativamente reduzidos (196 ± 34 mg/100 ml) naqueles tratados<br />

com insulina.<br />

Conclusões: 1) O tratamento insulínico preveniu as alterações observadas na PAM basal; 2) O diabetes<br />

agudo experimental promove um amortecimento da resposta hipertensora <strong>de</strong> pico à OBC,<br />

indicando um comprometimento do reflexo barorreceptor; 3) A resposta hipertensora mantida não<br />

foi afetada pelo diabetes, indicando que a isquemia cerebral induzida pela OBC foi capaz <strong>de</strong> ativar<br />

o simpático induzindo uma resposta pressórica semelhante aos ratos normais; 4) A prevenção <strong>de</strong><br />

uma hiperglicemia franca com a insulina impediu a atenuação da resposta pressora <strong>de</strong> pico provocada<br />

pela OBC, indicando que mesmo uma hiperglicemia aguda po<strong>de</strong> induzir a atenuação da resposta<br />

pressora reflexa dos animais diabéticos.<br />

Apoio Financeiro: FAPESP, PRONEX e PIBIC/CNPq.<br />

Sem título-32 43<br />

26/06/03, 15:12<br />

43<br />

<strong>Posters</strong><br />

PARTICIPAÇÃO DA VARIABILIDADE DA PRESSÃO<br />

ARTERIAL NA LESÃO DE ÓRGÃOS-ALVO<br />

1 2 1 V Berni, S Lacchini, MC Irigoyen.<br />

1 2 Laboratório <strong>de</strong> <strong>Hipertensão</strong> Experimental e Laboratório <strong>de</strong> Genética e Cardiologia<br />

Molecular, Instituto do Coração (InCor) – HC.FMUSP, São Paulo, SP<br />

Objetivo: Estudar o efeito da variabilida<strong>de</strong> da pressão arterial (PA) no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> lesões<br />

em órgãos-alvo.<br />

Material e Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em 3 grupos: 1) controle (cirurgia sham,<br />

n = 5), 2) <strong>de</strong>snervação sino-aórtica <strong>de</strong> 1 dia (DSA1, n = 6), e 3) DSA <strong>de</strong> 21 dias (DSA21, n = 6). A<br />

pressão intra-arterial foi registrada pela artéria femoral (30 min., CODAS) e os animais foram perfundidos<br />

com formol para análise histológica <strong>de</strong> rins, pulmões e coração. Os cortes (5 mm) foram<br />

corados (H-E e masson) para avaliação estrutural e da <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> colágeno.<br />

Resultados: A PA aumentou no grupo DSA1 em relação ao controle (129 ± 3,6 vs. 106 ± 10,9<br />

mmHg) e normalizou no DSA21 (114 ± 11,2 mmHg). A labilida<strong>de</strong> da PA manteve-se elevada 1 dia<br />

(9,5 ± 3,5 vs. 4,8 ± 1,6) e 21 dias (8,7 ± 2,6) após a DSA. A análise histológica não mostrou alteração<br />

no coração após a DSA. No rim, observou-se tumefação dos túbulos proximais e proteinúria 1<br />

dia após a DSA, não verificando-se alterações importantes após 21 dias. No pulmão, ocorreram<br />

pontos <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma e lesão alveolar nos ratos DSA1, enquanto nos ratos DSA21 ocorreu espessamento<br />

da pare<strong>de</strong> alveolar e ocorreu espessamento da pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> artérias.<br />

Conclusões: A DSA aguda provocou hipertensão e aumento <strong>de</strong> labilida<strong>de</strong> da PA, enquanto a DSA<br />

crônica apresenta normotensão com labilida<strong>de</strong> da PA aumentada. A análise histológica mostrou<br />

alterações teciduais compatíveis com hipertensão aguda tanto no rim como no pulmão. As alterações<br />

pulmonares 21 dias após a DAS, especialmente o espessamento da pare<strong>de</strong> arterial, po<strong>de</strong>m estar<br />

associadas à labilida<strong>de</strong> da PA verificada neste mo<strong>de</strong>lo.<br />

Apoio Financeiro: FAPESP, F.E. ZERBINI<br />

CONTROLE TÔNICO E REFLEXO CARDIOVASCULAR<br />

EM RATOS OBESOS PELO GLUTAMATO MONOSSÓDICO (MSG)<br />

E TRATADOS COM DIETA RICA EM SACAROSE POR 60 DIAS<br />

AB Oliveira, RR Campos, MS Dolnikoff.<br />

Depto. Fisiologia, UNIFESP-EPM, São Paulo<br />

Introdução: Trabalhos anteriores <strong>de</strong>monstraram que o tratamento neonatal com glutamato<br />

monossódico (MSG) promove, em ratos, obesida<strong>de</strong>, hiperinsulinemia e resistência à insulina. Verificou-se<br />

também que estas alterações metabólicas não estão associadas ao aumento da pressão arterial<br />

(PA). O presente trabalho investiga o controle tônico e a ativida<strong>de</strong> barorreflexa nos ratos normais<br />

(C) e obesos (MSG) e como estes parâmetros se comportam nos animais tratados, por 60 dias,<br />

com sobrecarga <strong>de</strong> sacarose (sac) na dieta.<br />

Métodos: Ratos Wistar machos foram injetados (s.c.), no período neonatal, com solução <strong>de</strong> glutamato<br />

monossódico (MSG, 4 g/kg, n = 12) e salina (C, n = 12). Aos 2 meses <strong>de</strong> vida 6 ratos normais<br />

(Csac) e 6 obesos (MSGsac) passaram a receber solução <strong>de</strong> sacarose (20%) no lugar da água <strong>de</strong><br />

beber. Ao completarem 4 meses os animais foram submetidos à cirurgia para cateterização da artéria<br />

e veia femoral para registro da PA, freqüência cardíaca (FC) e administração <strong>de</strong> drogas. A cirurgia<br />

foi realizada vinte quatro horas antes dos experimentos e os animais foram anestesiados com Ketamina/<br />

xilazina (20–40 mg/Kg) ou halotano. Os dados foram adquiridos “on line” por meio <strong>de</strong> uma placa<br />

analógico-digital MacLab (Power 800). O tono simpático foi avaliado pela administração i.v.<strong>de</strong><br />

Hexametônio (Hexa) (10 mg/Kg) e o componente parassimpático do barorreflexo por meio da administração<br />

<strong>de</strong> 100 mg/ml <strong>de</strong> fenilefrina (Fenil). O componente simpático do barorreflexo foi avaliado<br />

por meio da administração <strong>de</strong> 130 mg/ml <strong>de</strong> nitroprussiato <strong>de</strong> sódio (Nitro).<br />

Resultados (± EPM): A PA bem como a FC, na condição basal (C = 113,65 ± 3,44; 375,52 ± 12,98 e<br />

MSG= 115,50 ± 1.40 mmHg; 353,82 ± 8,12 bpm) não foram diferentes entre os grupos. O mesmo ocorreu<br />

na avaliação barorreflexa (ganho ao nitro, C = -3,93; MSG = -3,65 bpm/mmHg e ganho à fenil, C = -2,43;<br />

MSG = -2,60 bpm/mmHg) e na resposta ao hexa (C = 65,35 ± 8,81; 407,50 ± 20,09 e MSG = 57,51 ± 9,54<br />

mmHg; 406,13 ± 7,99 bpm) mostrando que tanto a PA, o controle barorreflexo e a inibição simpática e não<br />

se alteram nos ratos MSG quando comparado aos normais. Os ratos Csac e MSGsac mostraram aumento<br />

(p < 0.01) da PA basal (Csac = 128,15 ± 1,02 e MSGsac = 128,49 ± 1,28 mmHg). O componente<br />

simpático do barorreflexo diminuiu com a sobrecarga <strong>de</strong> sac (p < 0.01): ganho ao nitro, Csac = -1,16 e<br />

MSGsac = -1,92 bpm/mmHg). No componente parassimpático houve alteração (p < 0.01) apenas nos<br />

ratos Csac (ganho à fenil, Csac = -4.04 e MSGsac = -2,25 bpm/mmHg). Chama atenção a resposta ao<br />

hexa. Após a sobrecarga <strong>de</strong> sac, a inibição simpática, apesar <strong>de</strong> significativa (p

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