Posters - Sociedade Brasileira de Hipertensão
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195<br />
FATORES DE RISCO PARA DOENÇA HIPERTENSIVA:<br />
ESTUDO ENTRE TRABALHADORES DA CULTURA DE CAFÉ DO<br />
MUNICÍPIO DE CACONDE-SP<br />
EM Sordi, LE kakushi, DCM Barbosa, MEE Guanilo, M Simão, EV Veiga, EC Cárnio,<br />
MS Nogueira Departamento <strong>de</strong> Enfermagem Geral e Especializada da Escola <strong>de</strong><br />
Enfermagem <strong>de</strong> Ribeirão Preto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
Introdução: Por ser a hipertensão arterial (HA) importante fator <strong>de</strong> risco para as doenças cardiovasculares<br />
e representar a principal causa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> no país optamos por <strong>de</strong>senvolver estudo com o objetivo <strong>de</strong>:<br />
i<strong>de</strong>ntificar a exposição dos trabalhadores da cultura <strong>de</strong> café e seus familiares aos fatores <strong>de</strong> risco para a<br />
doença hipertensiva, bem como valores alterados <strong>de</strong> pressão arterial (PA).<br />
Método: participaram do estudo 61 indivíduos selecionados aleatoriamente e que manifestaram o interesse<br />
através da assinatura do termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido, conforme resolução 196/96 do<br />
CNS. Os dados foram obtidos na própria residência dos trabalhadores por meio <strong>de</strong> entrevista estruturada<br />
com preenchimento <strong>de</strong> formulário específico e aferição dos valores <strong>de</strong> PA com o uso <strong>de</strong> esfigmomanômetro<br />
anerói<strong>de</strong> <strong>de</strong>vidamente calibrado e bolsa <strong>de</strong> borracha com largura compatível à circunferência braquial.<br />
Resultados: da amostra estudada 31 (50,8%) eram homens, 60 (98,4%) eram brancos, 32 (52,4%) apresentavam<br />
ida<strong>de</strong> entre 19 e 39 anos e 50 (81,9%) tinham escolarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1º grau incompleto. Em relação à<br />
ocupação 29 (47,5%) são agricultores, <strong>de</strong>stes 24 (82,7%) exercem suas ativida<strong>de</strong>s na carpinação e colheita<br />
<strong>de</strong> café, com jornada <strong>de</strong> trabalho diária que varia <strong>de</strong> 8à 10 horas. Quanto aos fatores <strong>de</strong> risco, 31 (50,8%)<br />
apresentaram IMC ≥ 25 kg/m 2 , apenas 5 (8,2%) indicaram realizar alguma ativida<strong>de</strong> física como: caminhada<br />
e futebol; 16 (26,2%) estão fumando atualmente, dos quais 13 (81,2%) tem o hábito há mais <strong>de</strong> 10<br />
anos, a maioria 8 (50%) fuma dois tipos <strong>de</strong> cigarro: papel e palha, 6 (37,5%) indicaram fumar <strong>de</strong> 2 à 4<br />
cigarros <strong>de</strong> palha/dia e 9 (56,25%) fumam menos <strong>de</strong> 20 cigarros <strong>de</strong> papel/dia. Em relação à bebida alcoólica<br />
20 (32,8%) indicaram o uso <strong>de</strong> algum tipo, sendo que 16 (80%) <strong>de</strong>stes tem o hábito há mais <strong>de</strong> 10 anos<br />
e o tipo <strong>de</strong> bebida que consomem com maior freqüência é a cerveja indicada por 12 (60%) indivíduos, 11<br />
(90,2%) relataram fazer uso <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> bebida alcoólica somente aos finais <strong>de</strong> semana. Quanto ao hábito<br />
alimentar 55(85.2%) indivíduos indicaram o uso <strong>de</strong> carne vermelha, 52(85.2%) usam carne branca, 56<br />
(91,8%) fazem uso diário <strong>de</strong> ovo e/ou suas preparações, 55 (90,1%) consomem alimentos fritos e <strong>de</strong>stes 41<br />
(67,2%) o fazem diariamente. A maioria dos entrevistados referiu fazer uso <strong>de</strong> verduras, legumes e frutas.<br />
O uso <strong>de</strong> café foi citado por 54 (88,5%) indivíduos, dos quais 36 (59%) consomem mais <strong>de</strong> 3 xícaras/dia,<br />
13 (21,3%) referiram uso <strong>de</strong> gordura animal para o preparo dos alimentos e 16 (26,2%) o uso <strong>de</strong> gordura<br />
animal e vegetal. Nenhum entrevistado referiu usar sal adicional nos alimentos. Em relação ao estresse 37<br />
(60,6%) indicaram exposição e os motivos alegados pela maioria 31 (50,8%) foram problemas econômicos,<br />
familiares e <strong>de</strong> trabalho. Quanto aos antece<strong>de</strong>ntes familiares 47 (77,0%) possuíam história familiar <strong>de</strong><br />
HÁ, 35 (57,4%) <strong>de</strong> infarto, 32 (52,1%) <strong>de</strong> diabetes, 21 (44,3%) <strong>de</strong> AVC, 4 (6,5%) <strong>de</strong> morte súbita e 3<br />
(4,9%) <strong>de</strong> angina. Da população estudada 9 (14,7%) apresentaram PA ≥ 140 x 90 mmHg dos quais 5<br />
(55,5%) já sabiam ser hipertensos e faziam tratamento medicamentoso e não medicamentoso, 4 (44,4%)<br />
não faziam tratamento, <strong>de</strong>stes 2 (22,2%) ignoravam o valor <strong>de</strong> sua PA; 2 (3,27%) apresentaram PAS ³ 140<br />
mmHg e ignoravam esta condição; 1 (1,63%) apresentou PAD ≥ 90 mmHg e estava em tratamento medicamentoso.<br />
Dos 11 (18,0%) indivíduos que referiram saber ter a doença e fazer algum tipo <strong>de</strong> tratamento, 7<br />
(63,6%) apresentaram valores <strong>de</strong> PA acima dos níveis <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>.<br />
Conclusão: Estes achados indicam a exposição <strong>de</strong>sta população a vários fatores <strong>de</strong> riscos que contribuem<br />
para o aparecimento da doença, além <strong>de</strong> possuírem antece<strong>de</strong>ntes familiares que aumentam esta possibilida<strong>de</strong>.<br />
Neste sentido é <strong>de</strong> fundamental importância a implementação <strong>de</strong> programa educativo junto a esta<br />
comunida<strong>de</strong> com vistas a prevenção e controle da doença hipertensiva.<br />
197 CONSUMO DE SAL, REATIVIDADE PRESSÓRICA E 198<br />
COMPLACÊNCIA VASCULAR NA POPULAÇÃO DE VITÓRIA-ES<br />
MPC Pereira, MDCB Molina, RS Cunha, JG Mill, FL Herkenhoff<br />
Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Ciências Fisiológicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />
Espírito Santo- Vitória - ES<br />
Introdução: A reativida<strong>de</strong> vascular é um fator discriminativo e prognóstico da hipertensão arterial<br />
(HA). Alguns fatores dietéticos, como o consumo <strong>de</strong> sal, também estão relacionados à origem da<br />
HA, pois favorecem a elevação da resistência vascular periférica. Estímulos laboratoriais como o<br />
teste pressórico do frio (TPF), eleva o tonus vascular mediante a liberação reflexa <strong>de</strong> catecolaminas<br />
pelo sistema nervoso simpático, po<strong>de</strong>ndo ser empregado para <strong>de</strong>terminar a reativida<strong>de</strong> pressórica.<br />
Este estudo propõe-se a avaliar a associação entre o consumo <strong>de</strong> sal e a reativida<strong>de</strong> vascular no TPF<br />
e as alterações da complacência vascular.<br />
Metodologia: Estudo transversal em uma amostra aleatória <strong>de</strong> 1649 indivíduos <strong>de</strong> ambos os sexos,<br />
com ida<strong>de</strong> entre 25-64 anos, representativa da população <strong>de</strong> Vitória - ES. Os participantes foram<br />
selecionados através <strong>de</strong> entrevista domiciliares, na qual eram convidados a participarem <strong>de</strong> exames<br />
e testes laboratoriais. No dia do exame os indivíduos levavam a urina coletada durante por 12h<br />
noturnas anteriores. O consumo <strong>de</strong> sal foi medido indiretamente através da excreção urinária Na + <strong>de</strong><br />
24hs calculada por um protocolo validado e adaptado em nosso laboratório (Na + 24h = 1,7Na + 12h +<br />
49,8). A complacência vascular foi avaliada através da velocida<strong>de</strong> da onda <strong>de</strong> pulso (VOP) carótidafemoral<br />
medida <strong>de</strong> forma não invasiva. A reativida<strong>de</strong> da pressão arterial (DPAM) foi avaliada através<br />
do TPF e seguiu o protocolo clássico <strong>de</strong> Hines e Brown. Ela foi expressa pela diferença entre a<br />
pressão arterial média basal (PAM) e a pressão arterial média máxima (PAMmax) registrada durante<br />
o teste. Foram excluídos da investigação os indivíduos que estivessem usando antihipertensivo e<br />
apresentassem algum problema neurológico (n = 311). Os resultados foram <strong>de</strong>scritos como média ±<br />
<strong>de</strong>svio padrão e avaliados através <strong>de</strong> ANOVA e correlação simples <strong>de</strong> Pearson.<br />
Resultados: A ida<strong>de</strong> média da população 43,24 ± 10,4 anos. A excreção urinária <strong>de</strong> Na + 24hs 214,5<br />
± 98 mmol/dia, equivalente ao consumo <strong>de</strong> 12,33 ± 5,6 g/dia <strong>de</strong> sal. A PAM basal 96 ± 13,7 mmHg,<br />
PAMmax 117 ± 19,8 mmHg e a DPAM 20,9 ± 15,4. A VOP 9,58 ± 1,98 m/s. Observou-se uma<br />
correlação significante e positiva entre a excreção urinária <strong>de</strong> Na + com a PAM basal (p < 0,001). Não<br />
se observou, todavia correlação entre a excreção urinária <strong>de</strong> Na + com a reativida<strong>de</strong> no TPF. Por outro<br />
lado, a VOP correlacionou-se fortemente com excreção urinária <strong>de</strong> Na + e com DPAM no TPF (p <<br />
0,001).<br />
Conclusão: O consumo <strong>de</strong> sal apresentou uma forte associação com um indicador da complacência<br />
vascular (VOP) e com os níveis basais <strong>de</strong> PA. Porém, não se correlacionou com a reativida<strong>de</strong> no<br />
TPF. Falkner e Kushner <strong>de</strong>monstraram que somente em indivíduos sensíveis ao sal a reativida<strong>de</strong><br />
elevada no TPF está condicionada ao consumo <strong>de</strong> sal. Nossos resultados sugerem, também que sal<br />
promove alterações estáveis na função vascular que reduziriam a complacência vascular e elevariam<br />
a resistência vascular periférica.<br />
Apoio financeiro: CNPQ e Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Vitória<br />
Sem título-32 57<br />
26/06/03, 15:13<br />
57<br />
<strong>Posters</strong><br />
196 ESTUDO COMPARATIVO DE ADERÊNCIA À MEDICA-<br />
ÇÃO EM PACIENTES HIPERTENSOS LEVES E MODERADOS<br />
ACOMPANHADOS EM DIFERENTES PROGRAMAS DE REDUÇÃO<br />
DE RISCO CARDIOVASCULAR<br />
Rita Pugliese<br />
Um dos <strong>de</strong>safios no tratamento da hipertensão tem sido verificar que apesar <strong>de</strong> contarmos com uma<br />
diversificada e eficiente gama <strong>de</strong> drogas hipotensoras, o paciente hipertenso continua apresentando<br />
baixos índices <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência.<br />
Taylor e cols. mencionaram que a não a<strong>de</strong>rência é comum e substancial entre pacientes em regime<br />
<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças a longo-prazo. Várias são as razões que justificam os baixos índices, como:<br />
o fato do tratamento ser a longo-prazo e seus mais importantes benefícios repousarem em um futuro<br />
um tanto distante; este universo ser composta na sua maioria por pacientes assintomáticos; a complexida<strong>de</strong><br />
do regime <strong>de</strong> tratamento prescrito; fatores estreitamente relacionados com o paciente,<br />
muitas vezes não conhecidos; efeitos colaterais e problemas <strong>de</strong> relação médico-paciente.<br />
Assim sendo, realizamos um estudo que pu<strong>de</strong>sse comparar o impacto sob os índices <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />
medicamentosa <strong>de</strong> três programas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> risco cardiovascular com 43 pacientes hipertensos<br />
essenciais acompanhados durante onze meses <strong>de</strong> tratamento, sendo quatro meses e meio <strong>de</strong> fase<br />
ativa do estudo e seis meses e meio <strong>de</strong> seguimento. Usamos para esta finalida<strong>de</strong> um questionário<br />
com múltiplas alternativas e anônimo.<br />
Possibilitando ao paciente ter sua privacida<strong>de</strong> protegida ao mesmo tempo que esperamos um maior<br />
número <strong>de</strong> respostas fi<strong>de</strong>dignas.<br />
No grupo I estavam alocados os pacientes que receberam tratamento usual da hipertensão. No grupo<br />
II os pacientes que receberam tratamento usual e participaram <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> orientação para o<br />
paciente hipertenso.<br />
No grupo III os pacientes que receberam tratamento usual e participaram <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> modificação<br />
<strong>de</strong> comportamento para redução <strong>de</strong> risco cardiovascular.<br />
Encontramos os seguintes índices <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência na primeira visita médica da fase ativa do estudo:<br />
29% no grupo I, 18% no grupo II e apenas 11% do grupo III.<br />
Comparando estes resultados com a última visita médica da fase <strong>de</strong> seguimento do estudo, ou seja,<br />
após onze meses, obtivemos: 12% <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência no grupo I, 18% <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência no grupo II e 22% <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>rência no grupo III.<br />
Constatamos que os diferentes programas <strong>de</strong> tratamento do hipertenso repercutem em sua a<strong>de</strong>rência<br />
medicamentosa. Uma vez que no grupo I houve uma redução estatística e clinicamente significante,<br />
o grupo II manteve seus índices e o grupo III duplicou seus índices <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência. Ao contrário do<br />
que parece ocorrer com o grupo I, o grupo II não vai paulatinamente abandonar o tratamento.<br />
Enquanto que o grupo III parece apontar para o início <strong>de</strong> uma mudança <strong>de</strong> postura do paciente frente<br />
à doença. On<strong>de</strong> os aspectos <strong>de</strong> negação da doença, <strong>de</strong> seu agravamento e suas complicações vão<br />
ce<strong>de</strong>ndo lugar para uma relação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e compromisso com seu tratamento e com seu<br />
prognóstico.<br />
HIPERTENSÃO ARTERIAL: PERCEPÇÃO DE IDOSOS<br />
EM RELAÇÃO À DOENÇA<br />
AM Faustino, CM Zamarioli, MY Miyazaki, MS Nogueira<br />
Departamento <strong>de</strong> Enfermagem Geral e Especializada da Escola <strong>de</strong> Enfermagem <strong>de</strong><br />
Ribeirão Preto Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
Introdução: o envelhecimento tem sido associado a uma prevalência aumentada <strong>de</strong> doenças crônicas,<br />
incapacida<strong>de</strong>s e morte; porém a adoção <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> vida que incluam: alimentação balanceada, redução<br />
da ingesta <strong>de</strong> álcool, prática regular <strong>de</strong> exercício físico e não a<strong>de</strong>são ao tabagismo são importantes <strong>de</strong>terminantes<br />
para um envelhecimento mais saudável. Entre as doenças <strong>de</strong>generativas que po<strong>de</strong>m acometer os<br />
idosos o <strong>de</strong>staque recai sobre a <strong>Hipertensão</strong> Arterial (HA), por constituir-se em doença assintomática o<br />
que dificulta a a<strong>de</strong>são ao tratamento. A prevalência <strong>de</strong> HA aumenta progressivamente com a ida<strong>de</strong>, mesmo<br />
porque está relacionada às alterações vasculares associadas ao envelhecimento e, diferentemente <strong>de</strong> hipertensos<br />
jovens, os idosos apresentam alta prevalência <strong>de</strong> hipertensão sistólica isolada, que segundo o IV<br />
Joint National Commitee (1997), são os indivíduos com níveis <strong>de</strong> pressão arterial sistólica acima <strong>de</strong><br />
140mmHg. Entretanto, a HA é pouco reconhecida e tratada nessa faixa etária. A falta <strong>de</strong> controle a<strong>de</strong>quado<br />
e <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao tratamento po<strong>de</strong>m estar relacionadas ao déficit <strong>de</strong> conhecimento da própria doença, bem<br />
como <strong>de</strong> suas complicações. Pelo exposto, optamos por <strong>de</strong>senvolver o presente estudo que teve por objetivo<br />
i<strong>de</strong>ntificar dados relacionados ao nível <strong>de</strong> conhecimento sobre HA, estilo <strong>de</strong> vida e percepção da saú<strong>de</strong><br />
atual, entre os indivíduos que voluntariamente visitaram uma Feira <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Método: estudo <strong>de</strong> natureza <strong>de</strong>scritiva com perguntas semiestruturadas que enfatizaram aspectos <strong>de</strong> hábitos<br />
<strong>de</strong> vida, percepção da doença HA e da condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relacionada às pessoas da mesma ida<strong>de</strong>. A<br />
amostra estudada constituiu-se <strong>de</strong> indivíduos com ida<strong>de</strong> superior a 60 anos e que procuraram no recinto,<br />
local on<strong>de</strong> estavam sendo realizadas aferições da pressão arterial e testes <strong>de</strong> glicemia capilar por alunos <strong>de</strong><br />
graduação <strong>de</strong> enfermagem. Assim, os indivíduos foram consultados sobre o interesse em participar do<br />
estudo e a manifestação se <strong>de</strong>u por meio <strong>de</strong> assinatura <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre esclarecido segundo<br />
resolução 196/96 do CNS. A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada durante o período 6 horas <strong>de</strong> uma manhã.<br />
Resultados: a amostra foi composta por 55 indivíduos, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 68,07 anos; 45,45% (25)<br />
eram do sexo masculino e 54,54% (30) do feminino, e 39 (70,91%) com escolarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1°grau incompleto.<br />
Em relação aos fatores <strong>de</strong> riscos 34,55% (19) já haviam sido tabagistas e 04 (7,27%) fazem uso atual;<br />
14,54% (08) informaram consumir bebida alcoólica diariamente e 40,00% (22) não pratica nenhum tipo <strong>de</strong><br />
exercício físico. Em relação aos hábitos alimentares 45,46% (25) referiram não comer doces, enquanto<br />
que a carne vermelha é consumida diariamente por 47,27% (26). Quanto à prevalência <strong>de</strong> HA entre os<br />
entrevistados, 60,00% (33) não tinham HA diagnosticada, enquanto que 40,00% (22) sabidamente eram<br />
hipertensos, sendo que o tempo <strong>de</strong> diagnóstico encontra-se <strong>de</strong>ntro do intervalo <strong>de</strong> 6 à 11 anos,36,36% (08).<br />
Quando questionados a respeito <strong>de</strong> sua condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, comparadas à <strong>de</strong> outras pessoas da mesma<br />
ida<strong>de</strong>; 65,45% (36) referiram sentirem-se melhor; 9,10% (05) indicaram estar em piores condições, e<br />
25,45% (14) não i<strong>de</strong>ntificam diferenças. Contudo, os indivíduos que citaram piores condições eram todos<br />
hipertensos diagnosticados e com algum tipo <strong>de</strong> complicação <strong>de</strong>corrente da HA. Ao aborda-los acerca do<br />
significado da HA, fatores <strong>de</strong> riscos e possíveis complicações; 30,91 % (17) indicaram a falta <strong>de</strong> conhecimento<br />
sobre a doença; 27,27% (15) <strong>de</strong>monstraram conhecimento sobre a doença e relacionavam-na aos<br />
fatores <strong>de</strong> risco e complicações; 1,82% (01) conheciam os fatores <strong>de</strong> risco; 29,09% (16) indicaram apenas<br />
algumas complicações; 10,91% (06) <strong>de</strong>sconheciam a doença, a causa e as complicações<br />
Conclusão: estes resultados indicam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> programas educativos alternativos,<br />
veiculados através <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa e direcionadas especificamente à esta população.