A PODA EM CAFEZAIS - Fundação Procafé

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nos cafeeiros.
O corte pode ser feito manualmente, com
foice ou com roçadeira costal motorizada, ou
mecanicamente, com esqueletadeira tratorizada
(ver item 10)
O corte dos ramos deve ficar oblíquo em
relação ao tronco, a parte inferior mais longe e a
superior mais perto, na forma de cone, para evitar
sombreamento.
Nas plantas esqueletadas ou despontadas,
cada ramo lateral cortado dá origem a vários
outros, que se desenvolvem mais longos e
vigorosos. Ocorre que quanto mais longo for o
desponte, maior é a área de brotação e,
consequentemente, maior será a quantidade de
ramos formados, o que pode tornar a planta
“embatumada” no futuro.
No 2° ciclo de poda lateral deve-se aplicar o
corte dos ramos em região mais junto ao tronco,
com isso eliminando o embatumado de ramos da
poda anterior.
c) Condução/desbrota
Para a condução normal do desponte, deve-se
retirar todos os brotos ladrões que saem nas hastes
do cafeeiro, deixando, apenas, 1-2 no ponteiro.
Pode-se manter alguns brotos ladrões para
RECOMENDANDO
preencher a falta de ramos
laterais. No caso de aplicação do
sistema safra zero, com
esqueletamento a cada 2 anos, a
desbrota fica muito onerosa e,
assim, não vem sendo feita em
muitas lavouras , não se
conhecendo o seu efeito no longo
prazo.
Plantas esqueletadas/
despontadas, com brotações
novas em toda sua extensão,
ficam muito sujeitas a
Phoma/Ascochyta e
Pseudomonas, além de sua maior
exposição a ventos frios e
granizo. Pelo embatumado de
ramos, em seguida, tornam-se
susceptíveis à ferrugem, o que exige controle
diferenciado, especialmente quando o
esqueletamento estiver sendo usado para o sistema
safra-zero.
d) Vantagens e desvantagens
A principal vantagem do esqueletamento ou
desponte está na característica desse tipo de poda
que, mesmo drástica, permite renovar
praticamente toda a copa do cafeeiro e abrir a
lavoura, com perda de somente uma produção,
havendo possibilidade de compensar parte dessa
perda por acréscimo na safra seguinte.
Outra vantagem é que o esqueletamento
dispensa o trabalho de retirada de material podado
para fora da área, pois a poda mantém a parte
grossa do tronco das plantas o que não ocorre com a
recepa.
As desvantagens estão relacionadas com o
maior trabalho na execução da poda, quando feita
manualmente, e, também, é muito trabalhosa a
desbrota . Quando comparada ao decote a poda de
desponte apresenta as desvantagens da perda da
produção do ano e a abertura da área que, assim, vai
dar mais mato.