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Arquivo em PDF - Dom Bosco

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Psico<strong>Dom</strong>, v.2, n.2, jun. 2008____________________________________________<br />

privado (aquele que somente eu tenho acesso: os meus sentimentos, os meus<br />

pensamentos, os meus sonhos). Tudo isso é comportamento e vai fazer parte de uma<br />

ciência chamada Análise do Comportamento.<br />

Skinner, já <strong>em</strong> 1953, coloca que o pensamento e tudo o que ocorre privadamente são<br />

fenômenos propriamente comportamentais, que se caracterizam por uma relação do<br />

indivíduo com o seu ambiente. E nisto está um ponto b<strong>em</strong> interessante para pensarmos<br />

a consciência. Há toda uma inter-relação do indivíduo com o seu ambiente, porque os<br />

sentimentos, pensamentos a respeito de mim e do mundo que eu avalio, também são<br />

construídos na minha história com a minha comunidade, com a minha cultura, com a<br />

minha sociedade. Não me ocorre, isoladamente como algo mental, apenas. Ou seja, o<br />

próprio sentimento ocorre nessa relação. Como sentimos, por ex<strong>em</strong>plo? O sentimento<br />

ocorre paralelamente ao nosso comportamento ou um pouco antes dele. Nós tend<strong>em</strong>os<br />

a pegar esse sentimento, ou o pensamento, como a causa do comportamento. Mas por<br />

quê? É uma questão t<strong>em</strong>poral, um ocorre um próximo ao outro. Quando falamos <strong>em</strong><br />

Behaviorismo Radical, o “radical” não é de extr<strong>em</strong>ista, é de raiz, ou seja, buscar a raiz<br />

do comportamento. Não se trata de negar a existência de uma vontade ou de<br />

sentimento de raiva, eles não só exist<strong>em</strong> como todo mundo pode observar esse<br />

sentimento, esse pensamento. Porém, por outro lado, trata-se de calcificar, ter relação<br />

com o nosso ambiente, com a nossa comunidade, da nossa cultura, a orig<strong>em</strong> tanto do<br />

sentimento quanto do comportamento. Assim, no caso da raiva trata-se de perguntar por<br />

que a pessoa sente raiva e porque age agressivamente. Talvez alguém o tenha<br />

agredido, talvez alguém tenha sido injusto, talvez alguém tenha xingado, brigado, feito<br />

qualquer coisa... Esta relação com o ambiente, essa contingência ambiental, é o<br />

antecedente.<br />

Nós t<strong>em</strong>os tanto respostas encobertas quanto públicas. Quando eu estou com raiva,<br />

quando brigo com alguém isso pode não ter conseqüências maiores. Por outro lado, se<br />

brigo com alguém e sou xingada, esta conseqüência que o meu comportamento sofreu,<br />

a conseqüência no futuro vai agir sobre a probabilidade de respostas novamente numa<br />

situação s<strong>em</strong>elhante. O que pensamos está s<strong>em</strong>pre relacionado ao nosso ambiente,<br />

tanto enquanto contexto como enquanto conseqüências. Assim, o indivíduo aprende a<br />

conhecer o seu mundo privado, que existe s<strong>em</strong> a menor dúvida, e é necessário que ele<br />

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