05.06.2013 Views

Arquivo em PDF - Dom Bosco

Arquivo em PDF - Dom Bosco

Arquivo em PDF - Dom Bosco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Psico<strong>Dom</strong>, v.2, n.2, jun. 2008____________________________________________<br />

para si próprio e para os outros as relações de contingências do seu comportamento<br />

com o ambiente. A consciência só é possível se a comunidade verbal ensinar a<br />

discriminar o mundo externo e mundo privado, nomear estados privados, descrever a<br />

relação de comportamento e ambiente, identificar o comportamento e reforçadores <strong>em</strong><br />

relação a determinados antecedentes. Sendo assim, é um produto social e para Skinner<br />

é a consciência, é o autoconhecimento que nos dá liberdade. A única possibilidade do<br />

ser humano de ser livre é ter consciência, é conseguir entender como isso age sobre o<br />

seu comportamento e assim encontrar a melhor forma para que ele se controle e tenha<br />

conseqüências reforçadoras na sua vida. Se eu não tenho essa consciência é claro que<br />

eu me comporto, s<strong>em</strong> a menor dúvida, porém, eu não tenho liberdade.<br />

Fabio Thá<br />

Ouvindo as três colocações anteriores, extr<strong>em</strong>amente interessantes, l<strong>em</strong>brei de um<br />

sonho, sonho que eu acho factível, mas que certamente eu não vou assistir sua<br />

realização. Duvido mesmo que algum de nós que está nessa sala vá assistir, talvez os<br />

mais novos, qu<strong>em</strong> sabe. O sonho é o seguinte: um dia nós vamos passar por cima<br />

dessa segregação que está expressa no cartaz dessa mesa redonda, a consciência<br />

para a psicanálise, a consciência para o behaviorismo, a consciência para as<br />

neurociências, e vamos falar simplesmente a consciência para a psicologia. Ouvindo<br />

essas colocações pod<strong>em</strong>os ver que há muitos pontos de convergências, mas sab<strong>em</strong>os<br />

que divergimos porque adotamos certas posições teóricas e identificamo-nos com elas,<br />

e muitas vezes agimos mais como crentes do que como cientistas. Mas no dia <strong>em</strong> que a<br />

Psicologia virar uma ciência unificada, estas diferenças estarão superadas e poder<strong>em</strong>os<br />

perguntar <strong>em</strong> uníssono: afinal de contas, o que a psicologia entende por consciência?<br />

Eu estou incumbido de situar rapidamente para vocês a posição de Freud <strong>em</strong> relação a<br />

isso. Não a posição da psicanálise <strong>em</strong> geral – nela também há muitas divergências –<br />

mas a posição de Freud, que, a meu ver, é muito cont<strong>em</strong>porânea; a gente s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong><br />

muito que aprender com ele.<br />

Para situar a posição de Freud, rel<strong>em</strong>bro o que o Prof. Leandro colocou a pouco a<br />

respeito da consciência como uma experiência privada. Não dev<strong>em</strong>os esquecer de que<br />

a consciência é uma experiência subjetiva. Não é uma coisa, não é uma entidade, não é<br />

algo que existe como um objeto material, ela é uma experiência e permanece durante o<br />

01

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!