Arquivo em PDF - Dom Bosco
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Psico<strong>Dom</strong>, v.2, n.2, jun. 2008____________________________________________<br />
Por que Práxis ao invés de teoria? Fica óbvia a diferença, pois práxis transpõe a teoria.<br />
Sendo a integração entre teoria e prática, e a escola russa, fonte da práxis sócio-<br />
histórica da atividade, t<strong>em</strong> base na concepção marxista de mundo, como ver<strong>em</strong>os logo<br />
adiante.<br />
Restam agora os conceitos sócio-histórico e da atividade, que você consegue deduzir<br />
naturalmente.<br />
É sócio por quê? Porque as ações humanas acontec<strong>em</strong> de forma coletiva e é isso que<br />
permite o aparecimento, ou a <strong>em</strong>ergência, das funções cognitivas e afetivas <strong>em</strong> cada<br />
indivíduo. E não é isso que estamos fazendo agora, discutindo coletivamente, no social,<br />
a consciência?<br />
É histórico por quê? Porque as ações da humanidade avançam, evolu<strong>em</strong><br />
progressivamente com a passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po. Basta um olhar de relance na evolução<br />
da humanidade, numa concepção macroscópica. Da mesma forma, como ver<strong>em</strong>os<br />
numa concepção microcóspica (do início desta mesa ao seu final), ter<strong>em</strong>os evoluído<br />
historicamente nossa concepção sobre consciência. Um ex<strong>em</strong>plo é esta caneta (pega<br />
uma caneta). Há quanto t<strong>em</strong>po ela existe? E há quinhentos anos ela era assim? E há<br />
mil anos? E daqui a quinhentos ou mil anos? Então, se você consegue ver esse<br />
processo na caneta, poderá entendê-lo no aparecimento e na evolução das funções<br />
cognitivas e afetivas de cada indivíduo. Esse conceito vai ser fundamental para<br />
aceitarmos as duas primeiras pr<strong>em</strong>issas que abr<strong>em</strong> esta fala, ou seja, t<strong>em</strong>os<br />
consciência, mas não t<strong>em</strong>os, pois o processo evolutivo a transforma permanent<strong>em</strong>ente.<br />
Mas já voltamos a isso, basta, por ora, entender o que é o processo histórico (ele é<br />
evolutivo).<br />
O terceiro conceito, o da atividade, tão importante quanto os dois anteriores, mas<br />
muitas vezes ignorado, esquecido ou omitido, faz a distinção entre o hom<strong>em</strong> e os<br />
animais. Atividade r<strong>em</strong>ete ao processo intencional e interno de cada indivíduo para<br />
apropriação ativa das ferramentas e conceitos construídos pela coletividade e que sofre<br />
uma evolução permanente.<br />
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