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Arquivo em PDF - Dom Bosco

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Psico<strong>Dom</strong>, v.2, n.2, jun. 2008____________________________________________<br />

os outros, ou seja, analisando as contingências do seu comportamento com o ambiente,<br />

avaliando, compreendendo e entendendo as relações desse comportamento com o<br />

ambiente. Então a consciência envolve a capacidade de relatar a própria ação e os<br />

sentimentos que ocorr<strong>em</strong> juntos, que os anteced<strong>em</strong> e o nível mais elaborado de<br />

descrever as funções do próprio comportamento. Perante o conceito de comportamento<br />

operante, Skinner diz que ele primariamente é um comportamento intencional, que ele é<br />

voltado para o futuro. Se eu me comporto de determinada forma, eu me comporto<br />

visando algo, alguma conseqüência. Isso primariamente é o que se poderia chamar de<br />

intenção. Ah, mas t<strong>em</strong> toda uma história de aprendizag<strong>em</strong>, s<strong>em</strong> dúvida alguma, que<br />

determina <strong>em</strong> algum nível o que virá, a resposta que vai ocorrer. O ser humano pode,<br />

sim, escolher como se comportar. No entanto, na maioria das vezes <strong>em</strong> que nos<br />

comportamos o faz<strong>em</strong>os s<strong>em</strong> ter consciência do porquê de estarmos nos comportando<br />

ou s<strong>em</strong> ter consciência de todas as variáveis do ambiente. Se pedisse para vocês me<br />

relatar<strong>em</strong> agora sobre tudo o que aconteceu do caminho de casa até aqui, vocês vão<br />

conseguir? Provavelmente não. Então vocês estavam conscientes naquela hora?<br />

Provavelmente não. Tinham noção ou consciência, conseguiam avaliar alguns aspectos<br />

desse comportamento, mas não dele como um todo. E na maioria das vezes não é<br />

necessário estar consciente para se comportar, nós vamos agir na relação com o<br />

ambiente mesmo. Você não precisa parar e analisar o que está acontecendo. Mas<br />

quando eu consigo fazer isso e analisar as contingências então eu passo a ter<br />

consciência. Assim, Skinner sustenta que o ser humano, freqüent<strong>em</strong>ente, não t<strong>em</strong><br />

consciência da razão da sua conduta. Comumente ele usa razões distorcidas <strong>em</strong> virtude<br />

da repreensão e outras formas de controle que t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong> social, porque a nossa<br />

sociedade n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre consegue organizar contingências, organizar contingências.<br />

Assim a consciência primariamente dentro do behaviorismo não traduz o social, ela vai<br />

<strong>em</strong>ergir, ela vai ser possível a partir da relação do indivíduo com uma comunidade e,<br />

sendo assim, depende do tipo de comunidade ou cultura que ela t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong>. Algumas<br />

culturas vão frisar mais ou menos essa discriminação do privado, introspecção e<br />

autoconhecimento. Quando a comunidade estabelece conseqüências reforçadoras para<br />

as respostas do individuo aos estímulos provenientes do seu próprio comportamento, é<br />

possível o autoconhecimento. Para o behaviorismo, o autoconhecimento e a<br />

consciência serão possíveis na relação do indivíduo com a sua sociedade, com a sua<br />

comunidade. Assim, resumindo, a consciência é a capacidade do indivíduo de relatar<br />

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