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As “cartas” de Michel Tournier para o enigma da vida em

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Maria Cristina Bunn<br />

Notas:<br />

1 <strong>As</strong> citações textuais <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> <strong>Michel</strong> <strong>Tournier</strong> são indica<strong>da</strong>s aqui pela referi<strong>da</strong> página<br />

<strong>da</strong> edição utiliza<strong>da</strong> neste artigo, a saber: TOURNIER, M. Sexta-Feira ou os Limbos do<br />

Pacífico. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1991, 2ª edição.<br />

2 DELEUZE, G.& PARNET, C. Diálogos. São Paulo: Editora Escuta, 1998.<br />

3 DELEUZE, G. Posfácio. <strong>Michel</strong> <strong>Tournier</strong> e o Mundo s<strong>em</strong> Outr<strong>em</strong>. In: TOURNIER, M.<br />

Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1991, 2ª edição.<br />

4 <strong>Tournier</strong> <strong>de</strong>screve <strong>para</strong> o leitor o instrumento <strong>de</strong> controle do t<strong>em</strong>po construído por<br />

Robinson: “Tratava-se apenas <strong>de</strong> um garrafão <strong>de</strong> vidro transparente a que fizera um furo<br />

no fundo, por on<strong>de</strong> a água se vertia gota a gota, sendo recolhi<strong>da</strong> numa gamela pousa<strong>da</strong><br />

no chão. O garrafão levava exatamente vinte e quatro horas <strong>de</strong>spejando <strong>para</strong> a gamela, e<br />

Robinson traçara-lhe nos lados vinte e quatro círculos <strong>para</strong>lelos, ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les marcado<br />

com um número romano. O nível do líquido <strong>da</strong>va, pois, <strong>em</strong> qualquer ocasião, a hora do<br />

dia.” (p.58)<br />

5 Segundo <strong>Tournier</strong>, trata-se <strong>de</strong> “árvore africana, do gênero rosáceas, uma espécie <strong>da</strong>s<br />

quais dá a casca conheci<strong>da</strong> por pau-do-panamá” (p.107).<br />

6 Em seu romance, <strong>Tournier</strong> narra o surgimento <strong>da</strong>s mandrágoras (“lin<strong>da</strong>s flores brancas<br />

com pétalas lanceola<strong>da</strong>s, aroma a maresia, e bagas castanhas volumosas que caíam <strong>em</strong><br />

abundância do seu cálice”, p.121), como fruto <strong>da</strong> sêmentificação <strong>de</strong> Robinson no solo <strong>de</strong><br />

“Speranza” <strong>em</strong> local singular <strong>da</strong> Ilha – o Combo Rosa. <strong>Tournier</strong> informa ao leitor quanto<br />

à orig<strong>em</strong> espanhola <strong>da</strong> palavra “Combo” e <strong>de</strong> seu significado – “curva”. E acrescenta<br />

que, <strong>em</strong> Moçambique, “combo” significa infelici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Referências:<br />

DELEUZE, Gilles. <strong>Michel</strong> <strong>Tournier</strong> e o Mundo s<strong>em</strong> Outr<strong>em</strong>. Posfácio. In:<br />

TOURNIER, <strong>Michel</strong>. Sexta-Feira ou os limbos do Pacífico. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Bertrand Brasil, 1991.<br />

DELEUZE, G. & PARNET, C. Diálogos. São Paulo: Ed. Escuta, 1998.<br />

TOURNIER, <strong>Michel</strong>. Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Bertrand Brasil, 1991.<br />

198<br />

Ciências Humanas <strong>em</strong> Revista - São Luís, V. 4, n.2, <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro 2006

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