Alma Africana no Brasil Os iorubás - Quilombo Ilha

More documents

Recommendations

Info

Nós somos filhos de Olumo Abe Olumo Embaixo da pedra Olumo Ibi a fi ori mo si onde nos escondemos (nas épocas de invasão) Xangô é denominado Oba Koso - O rei que não se enforcou; Ogiri ekun - Leopardo feroz; Alado - Aquele que racha o pilão; Oluaso - Dragão Faiscante; A san giri - Aquele que racha paredes; Alagiri - Aquele que abre paredes; Alafín Oyo - Rei de Oyo. Oya é denominada Oya oriri - O vendaval; Ti n dagi lokeloke - A que corta a copa das árvores; Oya arina bora bi aso - Oya vestida de fogo. Oxum é chamada Osun Yeye-nimo - Graciosa mãe Oxum, plena em sabedoria; O wa-yanri-wa-yanrin kowo si - A que cava e cava a areia para esconder dinheiro; Obá é O tori owu, O kola si gbogbo ara - A que por ciúme se cobriu de incisões ornamentais. Quando se pronuncia o oriki de um orixá, busca-se acesso mais fácil ao auxílio que pode advir de sua força. Alguns oriki, muito repetidos, constituem chaves para o entendimento do ser nomeado e para o apelo à manifestação de sua força e poder. 50
Capítulo 7 Noção de pessoa: concepção iorubá de natureza e destino humanos onde se apresentam dados a respeito de axé, da concepção de natureza e destino humanos e do papel do oráculo na definição de condutas A respeito do axé Para discorrer a respeito da natureza e destino humanos é interessante iniciar esclarecendo o significado de axé, nome dado pelos iorubás à força vital. Segundo Maupoil (citado por E. dos Santos, 1986) axé é a força invisível, a força mágico-sagrada de toda divindade, de todo ser animado, de toda coisa. Não aparece espontaneamente. Precisa ser transmitida. Qualquer chance de realização na existência depende do axé que, enquanto força, obedece a algumas leis: (1) é absorvível, desgastável, elaborável e acumulável; (2) é transmissível através de certos elementos materiais, de certas substâncias; (3) uma vez transferido por essas substâncias a seres e objetos, neles mantém e renova o poder de realização; (4) pode ser aplicado a diversas finalidades; (5) sua qualidade varia segundo a combinação de elementos que o constituem e que são, por sua vez, portadores de uma determinada carga, de uma particular energia e de um particular poder de realização. O axé dos orixás, por exemplo, é realimentado através de oferendas e de ação ritual, transmitido por intermédio da iniciação e ativado pela conduta individual e ritual; (6) pode diminuir ou aumentar. O axé encontra-se numa grande variedade de elementos do reino animal, vegetal e mineral. Encontra-se em elementos da água doce e salgada e da terra. Acha-se contido nas substâncias essenciais de seres animados ou não. Elbein dos Santos (1986) apresenta uma classificação do axé em categorias: sangue vermelho, sangue branco e sangue preto. No reino animal o sangue vermelho compreende o sangue propriamente dito, animal e humano, aí incluído o fluxo menstrual; no reino vegetal, inclui o epo, azeite de dendê, o osun, pó vermelho extraído de pterocarpus erinacesses e o mel, sangue das flores. Quanto ao sangue branco, incluem-se, no reino animal, o hálito, o plasma, o sêmen, a saliva, o suor e outras secreções; no reino vegetal, a seiva, o sumo, o álcool e as bebidas brancas extraídas de palmeiras e de alguns vegetais, o ori, manteiga vegetal e o iyerosun, pó esbranquiçado extraído do irosun; no reino mineral, os sais, o giz, a prata, o chumbo, etc. O sangue preto compreende, no reino animal, as cinzas de animais; no vegetal, o sumo escuro de certas plantas, o ilu, índigo 51
Page 1 and 2: Ronilda Iyakemi Ribeiro Alma Africa
Page 3 and 4: Sou grata a Olodumare e aos Senhore
Page 5 and 6: Índice Apresentação ............
Page 7 and 8: Apresentação ....................
Page 9 and 10: Kabengele Munanga Centro de Estudos
Page 11 and 12: estéril. O segundo casamento, com
Page 13 and 14: PARTE I Concepção negro-africana
Page 15 and 16: Capítulo 1 Etnias africanas onde s
Page 17 and 18: participantes da Conferência de Be
Page 19 and 20: no qual introduziu os nove estados
Page 21 and 22: Os diversos componentes da pessoa e
Page 23 and 24: Capítulo 3 Tempo: Concepção negr
Page 25 and 26: de sasa para zamani. No pensamento
Page 27 and 28: epresenta e pode significar o todo;
Page 29 and 30: eu te saúdo! Tempo Social 5 Contag
Page 31 and 32: testamento vivo ilustra com eloquê
Page 33 and 34: Sobre a exploração externa Munang
Page 35 and 36: PARTE II os iorubás na áfrica Cap
Page 37 and 38: Capítulo 5 Contexto geográfico, o
Page 39 and 40: Detenhamo-nos um pouco na figura co
Page 41 and 42: Johnson (1921) afirma que os histor
Page 43 and 44: necessário ao consumo interno. Fer
Page 45 and 46: Capítulo 6 A palavra: ação e com
Page 47 and 48: equilibrado, senhor das forças que
Page 49: Oya); Oyadola - Oya me fez nascer m
Page 53 and 54: Orise, fonte da qual originam-se os
Page 55 and 56: deve exultar imensamente. Verdadeir
Page 57 and 58: Capítulo 8 Dimensão espiritual e
Page 59 and 60: homenageada com grandes festas que,
Page 61 and 62: Os quatrocentos irunmale do lado di
Page 63 and 64: são designados por muitos outros n
Page 65 and 66: descrevem como uma divindade simult
Page 67 and 68: Orumilá, ou Ifá, a divindade orac
Page 69 and 70: Obaluaiye 35 A-soro-'pe-l'erun Aque
Page 71 and 72: compromisso não seja cumprido ou h
Page 73 and 74: Há uma grande quantidade de mitos
Page 75 and 76: Oyá, a charmosa, que dispõe de co
Page 77 and 78: aquele que usa água fria, devem ba
Page 79 and 80: num rio - o odo Oba. O grande estro
Page 81 and 82: Ancestrais Quando Olorun procurava
Page 83 and 84: é a lama. Iku, conforme narra o mi
Page 85 and 86: Quando algo cai e quebra revela-se
Page 87 and 88: Capítulo 10 Poderes Extraordinári
Page 89 and 90: destes. Os encantamentos, utilizado
Page 91 and 92: Adudu-fori-soju é como chamamos o
Page 93 and 94: A lei da contrariedade tem por fund
Page 95 and 96: Capítulo 11 Poderes Extraordinári
Page 97 and 98: Fulaninho? Será que meu chefe vai
Page 99 and 100: dutos e lobos do fígado do animal
Page 101 and 102:
1. Eji Ogbe 2. Oyeku Meji 3. Iwori
Page 103 and 104:
egistra marcas durante o jogo. Esse
Page 105 and 106:
2. Consultando Ifá com o opele O s
Page 107 and 108:
Capítulo 12 Participação african
Page 109 and 110:
torna-se diretamente inteligível,
Page 111 and 112:
danças dramáticas com enredo e pe
Page 113 and 114:
próprias divindades ao prostrarem-
Page 115 and 116:
Onde os orixás, os atabaques e os
Page 117 and 118:
termos dados precisos: o contínuo
Page 119 and 120:
Walker (1990:63) narra uma situaç
Page 121 and 122:
Capítulo 14 Travessia Oceânica on
Page 123 and 124:
Embarcam-se, anualmente, cerca de 1
Page 125 and 126:
O solo, o ser, a planta, a raiz. Lo
Page 127 and 128:
Cenas da Bahia: nas ruas ... Mais n
Page 129 and 130:
Capítulo 15 Presença dos iorubás
Page 131 and 132:
Conforme mencionado anteriormente,
Page 133 and 134:
esse fato se dá no Maranhão, onde
Page 135 and 136:
A teia sempre lenta do tempo tece a
Page 137 and 138:
Alade seseefun - Literalmente, O se
Page 139 and 140:
Igbeniju - Epíteto de Ibeji. Ikin
Page 141 and 142:
Osoronga - forma respeitosa de refe
Page 143 and 144:
BEYIORU, A. F. - Ifá, its worship
Page 145 and 146:
HAMPATE BÂ, A. - "A tradição viv
Page 147 and 148:
SALAMI, S. - A Mitologia dos orixá
show all

Alma Africana no Brasil Os iorubás - Quilombo Ilha

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?