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teoria da literatura III.indd - Universidade Castelo Branco

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NARRATIVA DE SEMIOTIZAÇÃO DO PER-<br />

SONAGEM<br />

– O sentido é <strong>da</strong>do a partir do PERSONAGEM;<br />

– O raciocínio que dá sentido subjetivo ao personagem,<br />

aliado ao fi o narrativo, converte o personagem em força<br />

estruturante, para direcionar a proposta de reali<strong>da</strong>de<br />

fi ccional;<br />

– O personagem atinge a plenitude;<br />

– Valorização do aspecto pessoal;<br />

– O espaço faz o possível para sujeitar o PERSONAGEM<br />

(não consegue);<br />

– O acontecimento é uma ocorrência do espaço, tentando<br />

restaurar a identi<strong>da</strong>de perdi<strong>da</strong> (não consegue)<br />

Exemplos: Iracema, de José de Alencar, Amor de<br />

Salvação, de Camilo <strong>Castelo</strong> <strong>Branco</strong> e Ivanhoé, de<br />

Walter Scott.<br />

NARRATIVA DE SEMIOTIZAÇÃO DO ES-<br />

PAÇO<br />

– O sentido é <strong>da</strong>do a partir do ESPAÇO;<br />

– O raciocínio que dá o sentido objetivo do espaço,<br />

aliado ao fi o narrativo, converte o espaço em força<br />

estruturante, para direcionar a proposta de reali<strong>da</strong>de<br />

fi ccional;<br />

– O ESPAÇO submete o acontecimento e o personagem<br />

à sua lógica, ou seja, ao seu raciocínio;<br />

– O sentido do acontecimento é <strong>da</strong>do em função de<br />

valores objetivos, sujeitando o personagem;<br />

– A identi<strong>da</strong>de é restabeleci<strong>da</strong> com a punição do<br />

personagem;<br />

– O acontecimento é uma ação do personagem;<br />

– Por mais que o personagem tente projetar sua<br />

experiência por fora dos limites do espaço, não consegue.<br />

Exemplos: Dom Casmurro, de Machado de Assis;<br />

O primo Basílio, de Eça de Queirós e O Cortiço, de<br />

Aluísio de Azevedo<br />

NARRATIVA DE SEMIOTIZAÇÃO DO ACON-<br />

TECIMENTO<br />

– O raciocínio que dá sentido ao ACONTECIMENTO,<br />

aliado ao fi o narrativo, converte o ACONTECIMENTO<br />

em força estruturante, para direcionar a proposta de<br />

reali<strong>da</strong>de fi ccional;<br />

– O acontecimento submete o personagem e o<br />

espaço à sua lógica;<br />

– O personagem e o espaço se desarticulam e passam<br />

a se desconhecer;<br />

– Quebra<strong>da</strong> a identi<strong>da</strong>de, ela não é mais restabeleci<strong>da</strong>;<br />

– A Crítica tem batizado esta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de <strong>da</strong> narrativa<br />

com vários nomes: narrativa de acontecimento<br />

normal; narrativa do absurdo; narrativa fantástica;<br />

narrativa do realismo-mágico. To<strong>da</strong>s essas narrativas<br />

pertencem à narrativa de semiotização do<br />

acontecimento, apenas o insólito é realizado de<br />

maneira diferente.<br />

3.8 – Estrutura (Pós)Moderna <strong>da</strong> Narrativa em Prosa<br />

(As Inovações <strong>da</strong> Narrativa Ficcional no Século XX)<br />

As Narrativas de Acontecimento (Século XX): Romances e Contos<br />

Exemplos:<br />

No Brasil:<br />

NARRATIVA DE ESTRUTURA COMPLEXA (FORMA)<br />

• TEMPO DO RELÓGIO X TEMPO DO PENSAMENTO<br />

(SINTAGMÁTICO) (PARADIGMÁTICO)<br />

• PREDOMIÂNCIA DO TEMPO DO PENSAMENTO<br />

(COGITOS SUPERPOSTOS)<br />

• INTROSPECÇÃO DO NARRADOR<br />

• CAOS NARRATIVO<br />

A paixão segundo GH, de Clarice Lispector, que<br />

começa assim:<br />

“- - - - - - estou procurando, estou procurando.” e<br />

termina assim: “E então adoro. - - - - - -.” (exploração<br />

dos confl itos <strong>da</strong> consciência aliena<strong>da</strong> a poderosas<br />

forças sociais).<br />

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